sábado, 2 de maio de 2009

A vereda


Sempre quando nos propomos a fazer uma viagem uma das coisas que temos de ter em mente é o intinerário que devemos pegar. Qualquer que seja o local que quisermos ir, embora isso possa parecer bem óbvio, teremos que memorizar qual o caminho, qual a vereda certa a seguir. Para muitos isso é feito quase que inconscientemente. Por isso mesmo tratam este tema como uma coisa já assimilada, óbvia, sem mistérios e extremamente comum.
Mas será que esses mesmos sabem que cada viagem, cada passeio, cada mudança de endereço e cada novo lugar onde irão repousar os seus pés é um caminho diferente em suas vidas, repleto de mistérios e coisas desconhecidas? Será que já se deram conta que até mesmo nesta experiência, e principalmente nessa experiência, é que se pode tirar preciosas lições?
Novas pessoas, lugares, construções, ruas, modo de vida, costumes, roupas, clima, comida, bebida e idioma, entre tantas outras coisas, poderão se apresentar diante de você, fazendo-o sentir-se pequeno demais. Quem já teve a oportunidade de viajar para um outro País sabe bem o que quero dizer.
O ser humano vive em constante aprendizado. Uma escritora até chegou a dizer:"O dia em que pararmos de aprender algo é porque morremos."
Isso vale para tudo na nossa vida. Quer seja uma caminhada, uma refeição, um trabalho, uma amizade, enfim tudo em que nos relacionamos, nós, eu e você, temos de estar aptos e atentos para cada ensino. Por isso precisamos de uma direção certa. Precisamos visualizar algo novo á nossa frente. É o mesmo que ter um objetivo, um alvo, uma direção. Não tenha medo do diferente. O diferente pode ser belo e interessante.
Sair de um lugar fisico e chegar ao outro pode parecer bem simples e natural, mas sair de um estágio intelectual para ultrapassarmos a fronteira imaginária do saber é um passo e um caminho ainda maior. Apesar de que todo caminho central tem suas variantes, encruzilhadas, riscos e atalhos.
Portanto abra sua mente. Adquira conhecimento. A vereda está mais adiante e temos de prosseguir rumo ao encontro de...
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Atravessaram todo o Oeste dos Reinos e Condados Romanos em uma dura jornada até que chegaram aos limites do Reino Gaulês. Começaram então, passando pela Província do Ródano sem o menor incômodo. Esta era uma região muito bonita, também chamada de Alpes Franceses, lugar de gente cordial e pacífica. Seguiram descendo pelo caminho mais ao sul em meio á muita neve. As estradas eram tortuosas. Á princípio aquela vereda não parecia querer levar á lugar algum. Havia enormes desfiladeiros. A brancura que se fazia por sobre o cume das montanhas, incrementado pelo caminho repleto de árvores secas ao redor e uma vegetação rasteira e densa que resistia ao frio, compunha a encantadora paisagem.
Os cavalos trotavam devagar. Os viajantes admiravam a beleza do local. Ao atingirem a planície atravessaram a região da Sabóia e depois o Isére. O território do Drôme foi a outra escala a seguir, chegando por fim á Província de Ardéche.
- Afinal de contas, onde estamos indo Senhor? - Perguntou o Padre Giordano, da Paróquia de Virtebo, cavalgando do lado do Cardeal Frederico Fresi.
- Já ouviu falar no Languedoc? - Disse o Cardeal.
- Sim, algumas vezes.
- Então, é para lá que nós vamos.

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