sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz... Feliz, o que mesmo?





















Nesta semana que passou, o assunto que permeou o interesse geral das pessoas foi, sem dúvida alguma, sobre o Natal. Então, como não poderia ser diferente, eu resolvi ater-me neste fato para postar alguns comentários.

O dia 25 de Dezembro chegou. E com ele vem sempre a renovação das esperanças, o desejo de dias melhores, de mais amor, fraternidade e paz. É sempre assim. Ou pelo menos nos últimos (quase) dois mil anos tem sido desta forma.

OBS: NÃO QUERO SER ESTRAGA PRAZERES, MAS...
... Mas na realidade algo sempre me incomodou á respeito desta data.
É de concenso que Papai Noel não existe. Também é de comum acordo que Jesus não nasceu nesta data. Então o que comemora-se? Porque faz-se tanta festa, com bebidas, comidas e enfeites? Para que ou para quem é tudo isto? Porventura já pensaram á respeito?

A história revela que a origem do ícone de barba branca com vestimentas vermelhas, que voa em um trenó que é puxado por renas, remonta o século IV, e refere-se, na verdade, sobre a pessoa de NICOLAU TAUMATURGO, ARCEBISPO DE MIRA NA TURQUIA. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos "milagres" lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha, e daí correu o mundo inteiro.

Já sobre o ícone cristão a coisa também não difere muito. O Nascimento de Jesus, como é descrito no Novo Testamento, ocorreu em uma época onde o clima estava bom e claro, com estrelas nos céus, animais nos pastos, com pastores cuidando desses seus rebanhos nas vigílias da noite e relativo calor. Então é de se supor que não foi neste período do ano que ele nascera - já que lá em Israel nesta época do ano faz um frio danado, com neve e tudo...

Então porque a escolha desta data de 25 de Dezembro?
Bem, são três os reais motivos nesta data.

Para quem ainda não sabe o dia 25 de Dezembro servia de comemoração para uma das maiores divindades Romanas: O SOL INVICTUS. Este "deus" do Imperío havia sido extraído de religiões anteriores. Era praticamente um plágio de MITRA, um "deus" mitológico Persa, também conhecido como o "Sol Vencedor". Este tal Mitra era filho de uma "virgem", ARIHMAN; que por conseguinte era casada com OZMUD, mas que foi "fecundada" perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore também sagrada, á partir de uma rocha...

O segundo motivo para se "consagrar" o dia 25 era pelo fato da haver a SATURNÁLIA. Estas festividades Romanas davam-se desde o dia 17 até o dia 23, terminando bem próximo do Soltíscio de Inverno. As Saturnálias tinham início com grandes banquetes, sacrifícios e até orgias; os participantes tinham o hábito de saudar-se, acompanhado por doações simbólicas. Durante estes festejamentos via-se subvertida a ordem social: os escravos podiam considerar-se temporariamente homens livres, e como tal podiam comportar-se livremente entre os demais. Na verdade a conotação religiosa desta festa prevalecia quando uma pessoa (escolhida entre os próprios adeptos) adentrava o recinto usando geralmente um longo vestido, e trajando uma máscara engraçada com cores chamativas, dentre as quais prevalecia o vermelho. Era a personificação de uma divindade do mundo subterrâneo, identificada às vezes com Saturno e outras como Plutão. Deidades estas responsáveis pelas almas dos defuntos e protetoras das campanhas e das colheitas.

O SOLSTÍCIO - o terceiro motivo da personificação do dia 25 de Dezembro - dá-se por ser um fenômeno astronômico usado para marcar o início do inverno. Este evento natural ocorre normalmente por volta do dia 22 de dezembro no hemisfério norte, quando o sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Em outras palavras, a elipse solar baixa tanto na linha do horizonte que era como se o sol "morresse". Dai então, á partir do dia 25, cria-se como se fosse o "RENASCIMENTO DO SOL". Este episódio carregava forte representatividade religiosa no seio das populações místicas e politeístas, adoradoras de vários deuses.

OBS: A lista de festivais Romanos é extensiva. Para quem queira dar uma conferida, acesse este link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_festivais_da_Roma_Antiga

Em suma é isso. Então desejo á todos um ótimo dia do SOL INVICTUS, uma excelente SATURNÁLIA, e um feliz SOLSTÍCIO.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 19 de dezembro de 2010

BRASIL: O País da corrupção





















Houveram tantas notícias nesta última semana para serem tema de comentário aqui em meu blog, que fiquei até em dúvida sobre o que tratar.
A Dilma foi empossada pelo TSE; a Inter de Milão ganhou o mundial de clubes; o clima em alguns lugares do mundo causou transtornos; a crise do banco Pan-Americano se avolumou cada vez mais, etc...

É, mas algo em mim que ficou difícil de digerir, de engolir, após ter verificado o noticiário, foi sobre o escândalo, a corrupção que tem sido realizada pela Prefeitura de Leme - com participação do SUS - sobre a distribuição de remédios para a população menos assistida e carente.

Corrupção:
1. Depravação.
2. Suborno.
3. Alteração.
4. Sedução.

Para quem não sabe Leme fica á 188km da Capital, tem cerca de 90 mil habitantes, situa-se na bacia hidrográfica do rio Guaçu, e é, portanto uma cidadezinha de interior, pacata e tranquila.
Bem, era para ser...
Neste, digamos, vilarejo interiorano, explodiu a mais nova face da corrupção brasileira: o famoso BEIJA-A-MÃO para se obter remédios.

Fiquei triste e chocado com as reportagens que cobriram este episódio.

O Prefeito desta cidadezinha só beneficia os pobres doentes, se estes se curvarem, se humilharem, forem até o seu encontro - no gabinete municipal - para pegarem uma "autorização", para assim conseguirem o medicamento.

OBS: Sem esta "autorizaçãozinha" nenhuma pessoa consegue remédio algum. Os atendentes já são treinados para dizerem que "não há remédio nas prateleiras". Mas basta que o indivíduo consiga tal aval e o mesmo atendente lhe sorri, diz que o produto farmacêutico chegou e prontamente lhe serve. Os demais ou ficam sem ou acabam pagando pelo produto que lhes era para ser de graça...

Como sempre diz Bóris Casoy: "ISSO... É... UMA... VERGONHA!"

Basta ver o recente exemplo das pessoas que entraram - literalmente pelo cano - no projeto do Governo intitulado MINHA CASA, MINHA VIDA. Paltadas em um sonho: o de terem sua casa própria, centenas de pessoas deram todas as suas economias como entrada para a compra de um imóvel. E por fim o que está acontecendo? As mesmas não estão conseguindo adquirir seu bem, só porque nas planfetagens, nos anúncios e nas propagandas não foi veiculado um tal "limite" para o financiamento (algo entre R$100,000 e R$115,000, dependendo da localidade). Os corretores, espertos que são, usaram muito bem sua "lábia" e compactuaram com a mentira governamental. Agora aqueles que se sentiram lesados estão tentando, através da justiça, recuperar o que deram...

O Brasil é mesmo o País da corrupção. Pobre nação. Tinha tudo para ser uma grande potência mundial. Tinha. Mas nunca será. São tantos roubos, tantos escândalos, tanta propina e vantagens daqui e acolá que fica difícil encontrar alguém honesto. Como se não bastassem os crimes do colarinho branco, ainda vem os da classe B e C (e até mesmo da classe D) e praticam pequenos delitos, pequenos truques e tramóias para se beneficiarem.

São péssimos líderes dando péssimos exemplos aos cidadãos comuns, e estes, por conseguinte, vão "galhofando" - enganando e sendo enganados, comprando e sendo comprados, corrompendo e sendo tremendamente corrompidos - obedecendo ao sistema do ganha quem tem mais ou do que é mais esperto e "malandro".

Ainda bem que ainda advém raros fatos como o que minha esposa presenciou recentemente. Quando uma mulher, ao ter contratado um rapaz para consertar sua máquina de lavar, este - diferente da grande maioria - foi HONESTO E VERDADEIRO, e disse que o conserto era simples, pois as tais peças "condenadas" por um terceiro nada tinham, e que ele não lhe cobraria por algo que estava em perfeito estado.

AH, SE TODOS FOSSEM IGUAIS Á ESTE HONRADO CIDADÃO. Dai o Brasil dos brasileiros não precisaria chorar por ver tanta corrupção.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Carro do princípe é alvejado


















Estava pensando sobre o que postar. Dai perguntei á minha esposa:
- Você viu os telejornais?
- Não. - Respondeu ela.
Como eu também pouco vi televisão nestes ultimos dias, então tornei a indagar:
- Qual teria sido a notícia de maior repercussão, para que eu possa postar e tecer alguns comentários no blog?
- Sei lá. Só logo mais, no fantástico, dará para sabermos.

Nesse ínterim um rápido boletim jornalístico deu as manchetes da última hora. E foi ai que me deparei com um provável tópico.
Sem muita convicção, assim mesmo, vim para o computador. Precisava pensar em alguma coisa para explanar. Afinal de contas este tem sido o objetivo das postagens: falar sobre coisas pertinentes á todos (ou quase todos), algo que realmente tenha chamado a atenção como "furo" jornalístico.

Que falta faz ver televisão, hein? Fiquei sem assunto, rs...

Vamos de fofoquinha básica? Fofoca é bom, e todo mundo gosta.
E, aproveitando o "gancho" deixado pelas novas da última hora...
Vocês, porventura, sabem quanto custará o casamento do filho do Princípe Charles?
Pensem.
Imagem a fortuna que que será o casório do herdeiro do trono, Princípe Willian, com a plebéia Kate Middleton. Hein? Algum palpite?

Pasmem. A cerimônia inteira, incluindo ai o vestido da noiva, custará a humilde quantia de 5,8 BILHÕES DE EUROS! Algo em torno de 15 BILHÕES DE REAIS!
Só de flores e arranjos o custo excederá os 120 milhões!!!

Com uma quantia dessas desperdiçada em um único evento não faltaram críticas. Até mesmo o Papa se manifestou. E não só ele. A população da Grã-Bretanha em peso está indignada. Já não basta os 2% de tudo o que é arrecadado, ser enviado para os cofres da coroa Britânica? E agora eles vem com essa - SUPERAR EM TUDO O CASAMENTO DA PRINCESA DIANA, mãe de Willian, e morta em um acidente de carro em Agosto de 1997 - gastando uma verdadeira fortuna de maneira desnecessária.
Vai ver que foi a maneira que encontram para ficarem nos holofotes da mídia...

Talvez seja por isso também que os manifestantes, revoltados, avançaram contra o carro do pai de Willian - Princípe Charles - e atiraram latas de tintas e outras coisinhas, quebrando o vidro laterial do veículo, e causando um tremendo alvoroço no centro da cidade Londrina. A polícia teve muito trabalho em conseguir liberar o trânsito, para fazer com que o casal Camila Parker e Charles seguissem seu rumo sem maiores prejuízos.

Bem feito para eles. Quem mandou ostentar tanto?

O desemprego na Europa atinge níveis alarmantes. O poder de compra dos cidadãos cai vertiginosamente. A previdência fala em cortes e aumento de contribuição. A unificação dos Países em torno de uma única moeda ainda não mostrou resultados efetivos. E os problemas vão se avolumando...
Enquanto isso os membros da coroa real ficam "brincando" de gastar dinheiro.

É, só pode dar merd# mesmo.

O consolo para que aqueles que estão fulos de raiva é que nem tudo será desperdício e gastos fúteis. O anel que Kate Middletonn usará na cerimônia será o mesmo que Diana usou a quase trinta anos atrás.
Viu, nem tudo está perdido. Nisso, pelo menos, eles economizaram! rsrsrs...

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Fifa decidiu quais serão as duas próximas sedes...















Enfim, saiu o resultado. A Fifa decidiu - se de forma imparcial ou não, isso eu ainda não sei - mas, decidiu quais serão as próximas sedes, aqueles que deterão o direito de sediar as Copas do Mundo de Futebol de 2018 e 2022: (na ordem) Rússia e Qatar.

Joseph Blatter, Presidente máximo da entidade, sob o olhar atento e ansioso de uma enorme multidão de convidados, além, é claro, da perspectiva dos outros candidatos e da mídia em geral - que transmitiu o evento ao vivo para quase todos os Páises do mundo (após ter sido gerado grande expectativa, inúmeras cogitações e apostas de quais seriam os laureados) - Blater, finalmente, eliminando o grande suspense que havia, abriu os envelopes que continham os nomes de duas nações, que até então nada tinham em comum com o mundo do futebol: a Rússia, do bilionário do petróleo Roman Abramovit (dono do Chelsea); e o Qatar, representado pelos Xeiques do ouro negro que escorre aos turbilhões no deserto.

Ao analisarmos essa escolha temos que invariavelmente apontarmos alguns pontos que permeiam, no mínimo, o interesse econômico mundial por detrás destas "inocentes" opções. Porque será que essas sedes foram escolhidas? Terá sido mera sorte, ou outros interesses foram levados em conta?

A Fifa á muito deixou de ser uma entidade confiável. Á muito também que o futebol deixou de ser um esporte lúdico e inocente para transformar-se numa máquina de fazer dinheiro. É hoje um grande "Business" (negócio), como dizem os comentaristas entendidos do assunto. O futebol não é hoje visto e encarado como nos tempos do meu avô ou do meu pai, onde jogadores se doavam por amor ao clube. O amor agora é outro. Gera e movimenta-se bilhões de dólares por causa deste jogo. Disto todos sabem ou teem alguma idéia. Basta ver o salário que é pago para alguns ilustres atletas nas equipes de ponta.

Haviam outras fortes concorrentes que buscavam uma oportunidade. Inglaterra (que desde 1966 não sedia uma Copa), Portugal (que nunca sediou) e Espanha (a atual campeã, e que já teve essa sorte em 1982) - todas estas, sem sombra de dúvida, com muito mais tradição no esporte que as eleitas - pleiteavam, com justiça, por uma chance.

Mas porque não obtiveram êxito? Ora, não são nesses Países que estão as melhores ligas e os melhores jogadores? Sim. Mas a ganância falou mais alto.

Talvez a melhor resposta para essa questão seja a que foi dada pelo PVC (Paulo Vinícius Coelho, comentarista da ESPN) dias atrás. Dizia ele:"Não é pelo fato destes Países terem sido preteridos por outros de menor expressão que deixarão de gostar de futebol. Eles já são um MERCADO CONSOLIDADO! O que a Fifa quer é abrir novos mercados, novas portas, novos horizontes para seu produto. Basta ver o que a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) já faz hoje, expandindo e expondo seu "artigo de luxo" (Fórmula I) no Oriente Médio".

Baseado nisto, também fica claro que o que mandou na eleição da Fifa foi a quantidade de dólares que foram despejados pelos Países eleitos. Ora, esses novos compradores cosmopolitas, novos barões do petróleo, púberes consumidores e ávidos e sorrateiros negociantes pelo poder, viram e veem nisso tudo uma ótima oportunidade, uma excelente chance de multiplicarem suas fortunas.

As cifras pagas ainda não foram divulgadas. Talvez nunca nem sejem.

O fato é que tanto a Europa Oriental quanto o Oriente Médio, com seus devidos representantes, fizeram "das tripas coração" para merecerem a glória de comandar o maior evento esportivo da terra. Nenhum deles ainda havia tido esse "mérito". E agora - se olharmos apenas com os olhos da inocência - estas duas nações, por possuirem uma economia crescente e promissora, receberam esta gloriosa dádiva das mãos da dona Fifa.

A África do Sul (sede da Copa anterior), que nada de concreto absorveu para o seu povo, passou a "bola" para o Brasil (que sediará a próxima). Só por esse motivo já corre por aqui, na boca pequena (maldita talvez, rs), sobre escândalos e excusos interesses políticos, envolvendo possíveis desvios de recursos públicos e privados, que ainda serão injetados na construção de estádios e outras obras.
Pode isso?
Então, se analisarmos friamente, veremos que em ambos os casos (África e Brasil) o resultado será o mesmo. Houveram e haverão sérias denuncias e escândalos sobre superfaturamento em obras, sobre os famosos elefantes brancos, e diversos desmandos do poder público, como desvios de verbas daquilo que realmente seria essencial para a infra-estrutura das cidades onde a população de cada um destes pobres Países vive.
Aquilo que um dia fora apregoado como a grande vantagem de se ser uma sede, ou seja, O TAL LEGADO... - caiu e cairá por terra, nada restando...
Após a última Copa, por exemplo, depois das decepcionantes promessas de melhoria da condição social do povo Africano, através do futebol, a pergunta que ficou foi: ONDE ESTÁ O LEGADO DA COPA?

Triste e real constatação.

O que a África do Sul herdou? O que o Brasil herdará com isso? Seriam apenas essa esdrúxula e provisória limpeza dos morros, através da polícia pacificadora? Virão mais coisas por ai, ou será mesmo um filme repetido de tantas outras Copas? Não bastou vermos o que vimos no PAN?

Ainda assim, a despeito disso tudo, contrariando todos os fatos, a Fifa mantém a máxima de que todos os Continentes, sem exceção, terão o direito de receber este grandioso evento por ela patrocinado, como se fosse um ótimo negócio para a sociedade como um todo. Então, quem sabe, um dia tenhamos uma Copa do Mundo de futebol no Cazaquistão, outra no Zaire, no Belize e até no Haiti, hein, que tal?

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 27 de novembro de 2010

A cidade maravilhosa virou um inferno

























Após novos problemas de conecção eu voltei para postar, e infelizmente para postar sobre o caos que se instalou no Rio de Janeiro nestes últimos dias.

A guerra civil ganhou as páginas televisivas, mostrando ao mundo inteiro o enfrentamento dos policiais contra os traficantes. Coisas que normalmente só vemos em filmes, agora puderam ser vistas na realidade das ruas da cidade maravilhosa, que de maravilhosa ficou só o nome, pois transformou-se em um verdadeiro inferno.

A polícia, que já havia instalado cerca de 12 UPP (unidade de polícia pacificadora) em várias favelas, apontara para a instalação de mais uma, num dos maiores focos do tráfico de drogas do Rio: a Vila Cruzeiro. Aquela mesma, onde Adriano e Wagner Love (ex-jogadores do Flamengo) frequentavam para dar as suas "festinhas".

Os narco-terroristas (nova nomenclatura da bandidagem), por sua vez, tiveram extrema ousadia e sairam atiando fogo em carros, vãs e ônibus, provocando um total pandemônio na sociedade carioca. Essa "operação" de revolta teve relativo êxito graças a colaboração de ínumeros menores infratores (os aviõeszinhos do tráfico) que, munidos de galões de gasolina, e sem hesitar, provocaram milhares de incêndios nos veículos que passavam pelas estradas, ruas e avenidas da cidade,e principalmente naqueles que estavam estacionados.

O caldeirão ferveu de vez...

O que era para ser apenas um enfrentamento entre polícia e bandido virou um problema de todos. O cidadão comum correu altos riscos só de transitar pela cidade, quer para ir á escola ou ao trabalho. Os homens da lei, então, tiveram que se reforçar. E contaram com a ajuda dos Fuzileiros Navais, da Marinha, Exército e até de guarda-municipais, numa verdadeira operação de guerra, algo jamais visto por estas bandas.

Enfim, creio que todos viram os jornais, e acompanharam e acompanham, ainda apreensivos, o desenrolar dos fatos.

Agora não há como voltar atrás. Se a polícia decidiu por um fim nessa bandidagem, então que executem seu plano de ação com toda a boa sorte do mundo. Que realmente eles invadam e dominem também outros morros e favelas, tais como o Morro do Alemão, etc, e implantem a retomada desses territórios. A sociedade, o cidadão de bem, todos de uma maneira em geral estão do lado do Estado - pelo menos nesse caso, rs...

O que eu ainda não entendo, ou entendo pouco, é porque - com tantos soldados, tanto armamento, tantos carros de combate e tanques, o poder público só resolveu agir agora. Por que será, hein? Seria, porventura, por causa da proximidade das Olimpíadas e da Copa do Mundo de Futebol? Ou há outras "coisinhas" por detrás dos panos que nós não sabemos e nem nunca saberemos?

Bem, apesar dos pesares, pelo menos vimos uma grande compactuação de forças - com a retirada dos pelotões do famoso come-dorme dos quartéis - para pô-los nas ruas e em ação, a fim de defender a população trabalhadora e produtiva. Quiça, com isso, possamos ter um bom desfecho desse terrível conflito. E que daqui para frente todas aquelas lamentáveis cenas que assistimos se tornem coisas de um passado bem distante e longinquo, para que o Rio de Janeiro possa voltar a ser o orgulho de todos nós Brasileiros.

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 13 de novembro de 2010

Olha o G20 ai gente!





















Boa noite aos leitores, enfim voltei!
Eu havia dito que provavelmente retornaria no dia 20 de Novembro, mas como algumas coisas anteciparam-se, então consegui voltar hoje, dia 13.
Lógico que ainda não estou com "aquela" sonhada conecção. Utilizo-me agora da conecção discada. Não é uma brastemp, mas fazer o quê, né? Vai com o que tem...

Então vamos lá.
Esta semana que passou o assunto que "bombou" foi a tal reunião do G20 (grupo das dezenove maiores economias do mundo e mais a União Européia) na Coréia do Sul.

Este grupo foi criado em 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa a favorecer a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em conta o peso econômico crescente de alguns países, que juntos compreendem 85% do produto nacional bruto mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.
O G-20 é um fórum de cooperação e de consulta sobre assuntos do sistema financeiro internacional. Trata sobre estudos, opiniões, e promove a discussão entre os principais países emergentes no mercado industrial e de questões de política relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional. Pretende abordar questões que vão além das responsabilidades de qualquer organização.
O objetivo primário do G20 é reunir sistemicamente importantes economias industrializadas e em desenvolvimento para discutir questões-chave na economia global. Entre suas principais ações, estão:
* A eliminação de restrições no movimento de capital internacional;
* Desregulação;
* Condições de mercado de trabalho flexíveis;
* Privatização;
* Garantia de direitos de propriedade intelectual e de outros direitos de propriedade privados;
* Criação de um clima de negócios que favoreça a realização de investimentos estrangeiros diretos;
* Liberalização do comércio global (pela OMC e por acordos bilaterais de comércio).

Fonte: Wikipédia

Ok. Visto isso, através da imprescindível ajuda do Google, pensei: "Onde está essa tal estabilidade internacional, já que sempre e sempre só ouço falar sobre crises e mais crises finaceiras ao redor do mundo?"
Você, leitor, porventura sabe, para me dar uma ajuda?
Reune-se a tanto tempo, com tanta gente, em vários lugares, com tanta pauta, e nada de estabilidade?

Desta vez a reunião do G20 ganhou ares até mesmo cômicos. A questão da hora é sobre A GUERRA DAS MOEDAS. Guerra sim. Guerra de nervos, de interesses, de poder, de quem vende e de quem compra mais. A China, por exemplo, está sendo acusada de não consumir, e só querer vender. Já os EUA consomem demais. Com isso o dólar perde "peso" nas negociações. Cai seu valor como principal moeda no comércio global. E dai vem os demais Países querendo pôr suas "moedinhas" no jogo também. Até mesmo o Brasil, pasmem vocês, através do economista Guido Mantega, ventila a possibilidade de colocar o nosso pobre REAL como umas das moedas para negócio...

O fato é que agora prontamente se fala sobre a criação de uma nova moeda para transações internacionais (Isso evitaria a tal guerra das moedas). Enfim, criariam uma moeda única, com valor relativamente flutuante, mas estável, sem as supostas "fraquezas" encontradas nas já existentes. Mas isso resolveria os problemas? Traria a tal estabilidade? Acabaria com a desigualdade, acarretando com isso maior prosperidade? Todos seriam beneficiados, ou só uns poucos afortunados?
Isso também não poderia ser considerada uma MANOBRA POLÍTICA para manter as coisas como estão: ricos como ricos e pobres como pobres, sem alterar nada? Nenhuma novidade no poderio econômico mundial, nenhum Tigre Asiático surgindo lá longe, nenhuma China Imperialista querendo tomar o lugar do Tio Sam...

Talvez seja por isso que nunca cheguem a uma conclusão. Há muito interesse...
Hoje reunem-se na Coréia, amanhã talvez será na Tailândia, depois poderá ser no Cazaquistão, ou mais tarde no Uruguai, e depois em Dubai, ou em Miami, e até mesmo no Rio... Quem sabe, novos encontros, e reuniões, e viagens, com belas paisagens, com os cartões postais do mundo curvando-se aos pés dos engravatados líderes... Algo contínuo, sem fim, para tudo, tudo continuar devidamente como está...

SHALOM ALEICHEM.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma satisfação...

Devo, sim, uma satisfação aos leitores deste blog. As últimas semanas tem sido extremamente corridas para mim, com muito trabalho e compromissos inadiáveis. Mas não foi nada disso que me impediu de postar.
O fato é que estou sem conecção com a internet - este texto está sendo digitado direto de uma lan house.
Então, assim que eu conseguir reestabelecer a normalidade entre meu PC e o navegador, coisa que deverá acontecer em breve, mais provavelmente no dia 20 de Novembro próximo, dai eu voltarei a blogar.
Portanto apenas peço-vos compreensão e calma (caso, lógico, você esteja "nervoso" pela minha ausência), pois afinal de contas logo, logo estarei de volta.

OBS: Quem aqui deve estar "tenso e ansioso" para escrever algo, esse alguém deve ser eu mesmo. Pois foram tantos os assuntos palpitantes que tivemos nas semanas recentes que lamentei não ter podido dar os meus impagáveis "pitacos", rs... Mas não me faltará oportunidades.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 24 de outubro de 2010

As paralizações na França continuam...



























Quando deparo-me com as atuais notícias da França, e seu problema em lidar com os aposentados e com as contas do INSS de lá, até parece que estou vendo a realidade brasileira. Mas não, é na França mesmo, na Europa moderna e conceituada que está havendo esta dificuldade...
Sarkozy, o Presidente Françês, resolveu encarar de frente a falta de verba, a quebradeira geral das contas públicas, e propor mudanças já.
Mesmo sem eu ter lido muito sobre esse assunto, tal fato me parece bem familiar, pois enfrentamos os mesmos obstáculos aqui em nosso País Tupiniquim, e por isso me atrevo a tecer alguns comentários.

É claro que do jeito que as coisas vão logo, logo o "barco vai quebrar". Não há no mundo nenhum orçamento, nenhuma estrutura econômica, que suporte tal disparate. A cada dia mais e mais pessoas estão trabalhando de forma informal, ou seja, sem carteira assinada, e por conseguinte, sem contribuir com os órgãos de recolhimento de pensão ou de aposentadoria de seus respectivos Países. A cada dia aumenta também o número de desempregados. Enfim, a cada instante um cem número de pais e mães de família estão ficando sem sustento - muitos talvez até estejam ficando abaixo da linha da pobreza - e dai não estão conseguindo dar de comer aos seus, nem estão pagando as contas em dia, e muito menos ainda conseguem contribuir para o sistema previdenciário, a fim de que um dia possam usufruir de algum benefício. E para piorar esse quadro, a cada dia que se passa mais e mais pessoas dependem de algum tipo de aposentadoria ou pensão.

TRADUZINDO, ESTE QUE NÃO É SÓ PROBLEMA DA FRANÇA, MAS DE TODOS EM GERAL:
Há menos pessoas contribuindo. Há mais pessoas recebendo (E estes que recebem estão recebendo por mais tempo, pois "demoram" mais a morrer). Há também muita roubalheira e desvio de altos montantes. Há verbas sendo mal empregadas. E se não fosse bastante há, porque não dizer, escassez de recursos, devido a crise mundial.
RESULTADO DISSO:
Fim do INSS!!! Fim do sistema previdenciário!!! Fim das aposentadorias e dos aposentados!!! TODOS DEVERÃO TER QUE TRABALHAR ATÉ MORRER!!!

- Será???
- Não há uma outra saída?
- E meu avô, meu pai, minha mãe, que já estão velhos demais e não conseguem trabalhar, o que farão, morrerão de fome?

Tudo o que tem sido tentado, o que tem sido feito é para, digamos, "salvar" este falido sistema previdenciário. Por pior que sejam essas medidas - pois quem está na ativa deverá ter que trabalhar mais alguns anos e contribuir com uma porcentagem maior -, estas ainda são a "tábua da beirada", ou o último suspiro para tentar manter este sistema de pé.
E é isso que Sarkozy e o Senado Françês estão se propondo fazer.

É óbvio que o povo não concorda com isso. O povo quer manter seus direitos adquiridos. Por isso o povo está nas ruas, lutando, protestando, brigando, exibindo faixas e cartazes, na ânsia de impedir tais medidas.
Mas, sem ser pessimista, não há jeito... É UMA TENDÊNCIA MUNDIAL.

O fator primordial de preocupação é: Se um dia extinguirem todas as aposentadorias, o que será de todos nós? (Afinal de contas quase todos nós temos um ou mais parentes que são dependentes de algum tipo de benefício).

E dai olho para minha situação atual e pergunto:
Quando eu irei me aposentar? Sinceramente, não sei... Até lá muita coisa irá mudar. E se pensarmos bem, já mudou. Hoje em dia contribui-se mais tempo do que a dez ou vinte anos atrás.

Então questões perturbadoras insistem em nos dominar:
- Quantos anos mais teremos de contribuir para a previdência?
- Será que esse sistema permanecerá?
- Se não, o que de fato irá mudar?

Por hora viva seu momento, sem esquentar demais com isso, pois quando "pisarem no nosso calo" nós rapidamente sentiremos a dor. Que os franceses tenham sorte e força para lidar bem com este delicado tema.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 17 de outubro de 2010

Enfim, retiraram os mineiros do buraco


















Finalmente, para alegria geral da nação (Chile, no caso), e obviamente de todos os demais povos que acompanhavam o sofrimento daqueles trabalhadores, enfim, os mineiros foram retirados da mina San José.
Desde o dia 5 de agosto que este drama transcorria sem haver qualquer possibilidade de desfecho feliz. Eram 33 homens, que estavam presos á uma profundiade de quase 700 metros. Longe de suas famílias, mal alimentados e sujos, tinham quase nenhuma esperança de retomarem suas vidas.
A mídia, como sempre, "rasgou" em cima. Nesta terça-feira última eles cobriram o evento de forma integral, contínua e ao vivo. O mais desavisado tele-espectador poderia pensar que eram imagens do homem chegando a marte, ou de algum ídolo pop sendo recepcionado em algum aeroporto, ou coisa do tipo. Mas não, ao invés disso o que se via eram homens comuns, trabalhadores (na acepção da palavra), virando atração em tudo quanto era tipo de canal.
A cada novo içamento - na tal capsula que a NASA ajudou a desenvolver - a emoção e a alegria era nitidamente percebida, tanto na face daqueles que apareciam como sendo participantes da equipe de salvamento, quanto na fala dos locutores e até mesmo dos jornalistas (quase uns 200 no total) que cobriam tudo direto do local.

E a alegria foi geral...

Sebastián Piñera, o atual Presidente Chileno, como não poderia deixar de ser - aproveitando o "gancho" e a popularidade que este evento provocou, logo após ter recebido parabelizações de vários chefes de Estado, inclusive no "nosso" Lula - veio a público e fez um discurso acalorado. Neste pronunciamento ele aproveitou para enfatizar a coragem e a bravura dos trabalhadores, além de ressaltar a solidariedade do seu povo.
Só que não parou por ai.
Em seguida ele desembestou a falar, como todo político gosta, com promessas sobre um futuro melhor, sobre os próximos desafios, e que o País está preparado para crescer, e que isso, e que aquilo... Por fim, após a essa tradicional encheção de linguiça, ele convocou os tais mineiros para uma partida de futebol contra a equipe de salvamento... (putz! Coitados, que prêmio de Grego receberam).

Alguém deve estar mesmo ficando louco. Jogar futebol, depois de terem ficado presos no sub-solo, como uma forma de interação e comemoração pela vida? Só pode ser sacanagem!
E pior que eles ficaram felizes com a insana proposta do Presidente e jogaram! Ainda bem que nem fiquei sabendo o placar final. Para mim o resultado dessa "pelada" tinha que ser ZERO! Não zero a zero, como um desses jogos ruins de doer. Mas zero pela falta de humanismo, zero pela falta de condições de trabalho, zero pela demora do resgate, zero pela exposição e exploração da imagem dos trabalhadores, e zero para o Presidente!
Sim!
Pois se havia alguma coisa em que ele, como líder que é, poderia ter feito por essa classe tão sofrida - a dos mineiros - essa alguma coisa deveria ter sido feita do ato do salvamento. E não com promessas falsas, mas sim com comprometimento fidedigno e real, observando onde e em que melhorar o atual quadro destes profissionais, que em muito vivem e se parecem como ratos no esgoto.

SHALOM ALEICHEM.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E os bancários continuam em greve...



















E os bancários continuam em greve, hein? Passa-se dias e nada. Parece que não há negociação em andamento. Aliás, parece que não há nada... Simplesmente largaram a população de lado, sem conseguir sacar seu mísero dinheirinho, para com ele poder pagar as contas e as despesas do lar.
Diariamente ouço pessoas reclamando, e com razão, dessa abusiva greve. Abusiva no sentido de tempo, de demora, de falta de acordo, enfim, da inoperância de todos em quererem retomar o trabalho e assim fazerem com que a vida volte ao seu fluxo natural.
Não está sendo fácil viver sem bancos! A vida moderna, nesse mundo capitalista, exige que tenhamos agências bancárias funcionando 24 horas, e não o contrário!

Mas essa paralização, pelo ótica dos funcionários, no sentido de faturamento, de perda salarial, tem muito fundamento. Então vejamos:
Estima-se que mais de 3.864 agências bancárias, em todo o território nacional, simplesmente deixaram de atender o público. A adesão foi quase total. A reclamação dos trabalhadores baseia-se que os bancos cresceram em média 32% no último semestre, enquanto que o repasse foi apenas de 4,29%, ou seja, somente o índice da inflação. Em suma, os trabalhores deste setor não obtiveram aumento algum!!!!! Dai o impasse.

Então o que reivindicam?
São "poquitas" coisas, rs... Caso os banqueiros queiram ter seus trabalhadores de volta o mais rápido possível basta seguirem esta "humilde" cartilha:
● 11% de reajuste salarial.
● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
● Previdência complementar em todos os bancos.
● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
Fonte: Contraf-CUT

É... Como vemos não será nada fácil haver acordo. A defasagem é grande, a insatisfação também, e em contrapartida a má vontade empresarial teima em imperar.

E dai ficamos nós, pobres mortais, nós que somos dependentes de pequenos saques, de retiradas, de fundos de garantia, de INSS, de PIS, de aposentadoria ou de outros serviços bancários que proporcionam a nossa sobrevivência, enfim, ficamos imóveis, em intermináveis filas de agências lotéricas, sem o mesmo luxo e qualidade de atendimento, ansiosos que essa greve acabe...

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 2 de outubro de 2010

AS ELEIÇÕES ESTÃO AI... (Uff, grande coisa...)





















Bem, como CHANUCÁ (Festa das Luzes) ainda está longe, então vamos falar de coisas triviais, do cotidiano, do nosso cotidiano...

Nesta semana última, á meu ver, nada sobressaiu nos telejornais e noticiários, para que merecesse algum enfoque ou destaque aqui no meu blog. É... De minha parte, refletindo bem, nada mesmo saltou aos olhos como "a notícia" da semana. Então quase nem ia postar, mas...

Talvez o que tenha permeado a expectativa das pessoas, da coletividade, do povão em geral, foi a proximidade das eleições para Presidente da República, e outros cargos (Senador, Governador, Deputado Federal e Deputado Estadual). É, isso deve ter causado algum reboliço entre os eleitores comuns. Pelo menos percebi algum alvoroço nesse sentido entre pessoas próximas a mim...
Como 3 de Outubro é amanhã, e amanhã somos obrigados a votar, então penso que muitos, muitos mesmo, passaram esses últimos dias checando possíveis candidatos, revendo suas promessas de campanha, assitindo á debates na TV e consultando-se mutuamente, a fim de certificarem-se melhor em quem irão votar. Ou seja, muitos devem ter tentado se "agarrar" em algo, adquirindo confiança, para assim optar pela melhor escolha, daquele que irá receber o seu "precioso" voto.

Deve ser uma tarefa muito difícil mesmo, a de escolher um candidato para votar, não? Um candidato não, alguns candidatos, cinco ou seis no total, já que acho que serão dois Senadores que cada eleitor deverá ter que escolher... E como honestidade anda em baixa, então desejo boa sorte para aqueles que ainda teem dúvidas.

Graças a D'us eu não tenho dúvida nenhuma. Não perdi meu tempo com exatamente nada no que tange a política, e já sei em quem vou votar, rs... Obviamente que, como todo cidadão, eu também fui bombardeado pelos carros de anúncio, pelos panfletos, pelos "santinhos", pelos pedidos de votos nas ruas, e pela massiva, exaustiva, chata, entediante, nociva, abusiva, nojenta e malfadada propaganda eleitoral gratuita. Em quase todos os canais lá estavam eles, os famigerados políticos. Fosse durante a programação ou nos comerciais, sempre - mesmo a contragosto - podia-se ver a cara destes vagabundos da desordem pública na televisão. Mas não me abati com nada disso, pois minha decisão já havia sido tomada á muito tempo.
Sabe em quem eu vou votar?
EM NINGUÉM!
Você conheçe esse candidato?
Ninguém é bom pra caramba! Ninguém é gente boa! Ninguém é honesto! E ninguém vai dar um jeito nessa situação!
POR ISSO, NESSA E NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, EU IREI SEMPRE VOTAR EM NINGUÉM!(Brincadeira antiga, mas sempre atual)...

Que passe logo esse esdrúxulo dia de eleições para que a vida volte ao ritmo normal, sem a cara desses palhaços nas esquinas - visto que poluiram nossas cidades com seus outdors de quinta categoria - e sem essa maldita "pregação" que eles promoveram nas mesmas ruas com seus carros, e até, pasmem, com suas bicicletas de som...

Como diz um famoso apresentador: PAREI!

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 25 de setembro de 2010

SUCOT, a Festa das Cabanas




















Prosseguindo nas festividades estipuladas pelo Eterno, descritas na Torá, e por conseguinte, no calendário Hebraico, nós temos a celebração de Sucot, a festa das cabanas.
Nas leituras especiais para este período, está assim escrito: "FALA AOS FILHOS DE ISRAEL, DIZENDO: AOS 15 DIAS DESTE SÉTIMO MÊS SERÁ A FESTA DE SUCOT, POR SETE DIAS, AO ETERNO. NO PRIMEIRO DIA HAVERÁ SANTA CONVOCAÇÃO, NENHUMA OBRA SERVIL FAREIS. SETE DIAS OFERECEREIS OFERTAS QUEIMADAS AO ETERNO; NO OITAVO DIA HAVERÁ SANTA CONVOCAÇÃO PARA VÓS, E OFERECEREIS OFERTAS QUEIMADAS AO ETERNO; É DIAS FESTIVO NO QUAL D'US VOS RETÉM, NENHUMA OBRA SERVIL FAREIS." Vayicrá 23:33-36.

Este ano, no calendário Ocidental, esta festividade ocorre entre os dias 23 a 29 de Setembro, terminando com SHEMINI ATSÊRET (o oitavo dia descrito acima) no dia 30, quinta-feira próxima.

Sucot foi instituída por D'us por causa da peregrinação que o povo Hebreu teria de enfrentar no deserto logo que deixaram o Egito. Durante longos e extenuantes 40 anos de dura jornada pelas terras inóspitas do Neguev, este mesmo povo habitou em tendas (cabanas); montando e desmontando, assentando-se em um arraial, e em seguida aprontando-se para partir, deslocando-se com lentidão e dificuldade - devido ao enorme grupo de pessoas (cerca de 3 milhões de pessoas) que seguiam seu líder espiritual, Moshê Rabeinu - rumo a Terra Prometida: CANAÃ.

Por isso Sucot é considerada o símbolo da proteção de D'us sobre Israel.

Atualmente, após a conquista da terra descrita por D'us ter sido consumada, o povo Judeu - descendentes diretos dos antigos Hebreus - realizam a peregrinação na direção de Jerusalém, mais precisamente na direção do Kotel, o Muro das Lamentações, local onde foi, por duas vezes, erguido o BEIT HAMICDASH, o Templo Sagrado.

Então, peregrinos e moradores da Cidade Santa, juntos, em total espírito de solienidade e santidade, montam a Sucá (uma espécie de tenda), do lado de fora de suas casas, munidos do fruto da árvore formosa(etrog), de palmas de tamareiras, ramos de murta e salgueiros de ribeiras, para assim, durante todos os dias festivos, relembrarem os antigos tempos de seus Patriarcas; comendo, bebendo e se alegrando, observando esta importante Mitzvot ao Eterno.

Sucot, portanto, é umas das grandes festas do povo Judeu. Juntamente com as outras duas, Shavut e Pêssach, formam aquilo que os Judeus chamam de SHALOSH REGALIM, ou as três grandes festas de peregrinação.

HAG SAMÊACH!
SHALOM ALEICHEM.

domingo, 19 de setembro de 2010

YOM KIPPUR, o dia do perdão













O que é Yom Kippur, você, porventura, sabe?
Para início de conversa, este é um dos dias mais sagrados do calendário Hebraico.
Mas isso ainda não responde a minha pergunta. Então vamos lá.
Em resumo, esse dia foi instituido pelo Eterno, Bendito Seja, logo assim que Moshe Rabeinu (Moisés) desceu do Monte Sinai e se deparou com o povo Hebreu adorando um bezerro de ouro. Moshe então pediu perdão a D'us pelo povo, e o Altíssimo concedeu assim o Yom Kippur para expiar os pecados do povo.
Desde então, uma vez no ano, é realizada esta importante festividade, em forma de cerimônia religiosa, para que o povo Judeu possa receber perdão das práticas ilícitas que porventura cometeu no ano anterior.
Era também nesse dia único que o COHEN GADOL (Sumo Sacerdote) entrava então no lugar santíssimo do Tabernáculo - mais tarde no Beit Hamicdash (Templo Sagrado, erguido por salomão) - e oferecia incenso ao único, verdadeiro e indivísivel D'us em penitência pelo povo.
Se Pêssach foi instituido para lembrar a saída do Egito, se Sucot foi instituído para lembrar a peregrinação no deserto, se Shavuot foi instituído para celebração da outorga da Torá no Sinai; YOM KIPPUR foi instituído pelo Eterno, separando o DIA DEZ DE TISHREI DE CADA ANO, para PERDOAR O POVO JUDEU de qualquer tipo de transgressão ou culpa derivada de pecado.
E como lei eterna que é, citada em detalhes na santa Torá, YOM KIPPUR por si só, com seu peso de solenidade e distinção, vem ao longo dos séculos libertando, aliviando e eximindo cada Judeu do terrível fardo de viver separado de D'us, através da EXPIAÇÃO realizada neste santo dia, unindo-os em um só.
Sim, Cabalísticamente falando, é nesse dia que os Judeus e D'us se tornam atrelados e ligados novamente, em uma sintonia que começou lá longe, em um passado distante, quando ainda o Universo nem pensava em nascer...

HAG SAMEACH!
SHALOM ALEICHEM

domingo, 12 de setembro de 2010

SHANÁ TOVÁ (Feliz Ano novo) 5771!




"Logo após a tempestade sempre vem a bonança".

No último dia 8 de Setembro do calendário Ocidental, mas precisamente ao pôr-do-sol, comemorou-se em Israel - e porque não dizer também, nas milhares de comunidades Judaicas expalhadas pelo mundo - o ano novo Judaico, ou ROSH HASHANÁ de 5771!

Enfim, mais um novo ano que começa, trazendo consigo novas expectativas, esperanças de realizações, e metas a serem, finalmente, atingidas.

Para aqueles que tiveram um ano ruim, difícil, doloroso ou penoso, fica aqui a convocação, ou o simples convite, para que abraçem a Torá ainda com mais zelo, para que se possa cumprir mais e mais Mitzvot. Já para aqueles que se sentiram felizes com o ano que nos deixou, ratifico o mesmo convite, pois sem Torá e Mitzvot apenas passamos por esse mundo sem deixarmos rastro nenhum de ensino ou de conhecimento.

Os dias tremendos, terríveis, ou de instrospecção e julgamento iniciam-se justamente em Rosh Hashaná e vão até o próximo dia 18/09, que no calendário Hebraico cai sempre em 10 de TISHREI, e é conhecido como YOM KIPPUR, ou o dia do perdão.

No mais é isso. Ou como dizem os nossos sábios: "Vai e estuda".

SHANÁ TOVÁ UMETUCÁ!
SHALOM ALEICHEM.

sábado, 22 de maio de 2010

NATHÁLIA: Um anjo mais que especial...





















Postar, voltar a expor comentários e notícias em meu blog, deveria ser uma ação natural, mas...

Anos atrás, mais precisamente no dia 13/01/1992, por volta das 4:00hs da tarde, nascia em Teresópolis, minha filha, minha única filha, NATHALIA WERNECK PFISTER DA SILVA. Lembro-me de quando á vi pela primeira vez. O berçário do hospital estava cheio de crianças recém-nascidas. Eu caminhei pelo corredor, de olhos atentos em cada um daqueles bebês, tentando "achar" a minha "QUIANÇA" - jeito pelo qual ela seria chamada por mim. Quando a encontrei não tive dúvida alguma, lá estava a minha querida filha. Eu então me tornava pai de uma linda menina, e externava á todos uma alegria quase que indescritível.

Mas o "destino" me reservava algo que jamais havia imaginado. Com apenas 15 dias de vida a Nathália apresentou um problema. Na verdade, desde que á levamos para casa, ela - ainda um bebê indefeso - se comportara de maneira estranha. Não tinha força para mamar no peito da mãe e muito menos para chorar com intensidade (coisas comuns em crianças). E no décimo quinto dia de vida a Nathália ficou toda roxa e foi levada ás pressas para o pronto-socorro. Confesso: foi um susto, um tremendo susto, o primeiro de muitos que teríamos...

O tempo rapidamente passou. A Nathália desenvolveu-se, crescendo como qualquer outra criança. Mas as sequelas de seu parto, da gestação, ou até mesmo da fecundação - ninguém nunca soube direito, nem mesmo os médicos - ficaram e ficariam para sempre em seu cérebro. Apenas foi diagnosticado que ela tinha uma rara doença chamada SÍNDROME DE WEST (uma espécie de ALTISMO). Esta doença, que invariavelmente apresenta multíplas crises convulsivas de difícil controle, acarretaram um retardo mental irreversível. Então aos poucos eu e a mãe fomos vendo que tinhamos diante de nós uma linda filha na aparência, mas com um seríssimo problema psiquico em seu cérebro...
Sim, Nathália, minha filha, ERA UMA MENINA ESPECIAL!

Apesar de ir crescendo normalmente, de não apresentar deficiências fisicas, e de não ser, digamos, feia por fora (porque tende-se a achar que toda criança especial invariavelmente tem um aspecto comprometido), a Nathalia tinha sim sérios problemas mentais, que a tornavam totalmente dependente para o resto de sua vida.

Nathália foi então encaminhada para fazer exames - eletroencefalograma, tomografia computadorizada e remédios fortíssimos - tudo na ânsia de controlarmos as tais convulsões. Como ela não tinha um comportamento normal, ou seja, não falava, não interagia com outras crianças, não brincava e nem se portava como os demais, ela teve então de ser colocada em colégios especiais. Colégios esses que recebiam e recebem diarimente centenas de outras crianças com casos semelhantes - piores ou melhores - ao da minha filha. O último deles foi a APAE, onde ficou matriculada por oito anos.

Eu e a mãe, pais sofridos e despreparados para tal desafio, ainda assim lutamos e nos dedicamos com todas as nossas forças. Fizemos tratamento na Nathália nos melhores médicos e hospitais do Estado do Rio de Janeiro. Fomos na Ilha do Fundão, em Petrópolis, Friburgo, Botafogo e até mesmo nos Estados Unidos - lugar este onde minha irmã mora até hoje e colaborou com o que pode...
Enfim, ABRAÇAMOS A CAUSA, e amamos, sim, amamos o nosso anjinho de todo o nosso coração. Ela precisava de muito amor. E isso, sem dúvida alguma, nós demos.

Houveram, apesar das dificulades e preconceitos, bons momentos. Como uma pequena família - privados por causa de sua rara doença - eu e a mãe tivemos de nos moldar para vivermos da melhor maneira possível ao lado dela. Brincávamos e fazíamos de tudo para alegrá-la. Em suma, Nathália não era uma criança difícil de se agradar. Bastava fritar nuggets, batata-frita ou dar-lhe guaravitas e refrigerantes que ela já ficava satisfeita, sorrindo para nós. Outra coisa que ela sempre gostava de fazer, e fazia com uma energia danada, era caminhar. E para isso, nós, os pais, tinhamos de estar dispostos e animados, pois as caminhadas tinham de ser longas e por caminhos diferentes para não causarem nenhum tipo de angústia ou tristeza em nossa filha. Nosso maior medo era "pagar algum tipo de mico na rua". Por isso escolhíamos caminhos alternativos e quase sempre isolados, distante do grande fluxo de pessoas. Aliás, sempre costumávamos dizer que, para Nathália, mais de duas pessoas era o mesmo que uma multidão. Por isso quanto menos gente ficasse perto dela era melhor. Era assim que ela era. Era assim que ela se sentia bem...
E a diversão favorita da nossa filha, junto apenas de mim e de sua mãe, era mesmo "andar de carrinho". Então saíamos sem destino pela cidade afora para dar voltas e mais voltas de carro. Nesses momentos de interação familiar era como se o tempo parasse. E no banco de trás, sempre sentada atrás do carona, lá estava ela, atenta ao movimento dos pedestres e dos carros, sorrindo, esqueçendo-se de chorar ou de se enfastiar, parecendo ser uma criança normal.

Só que no último dia 13 de Maio de 2010, próximo da 4:30 hs da madrugada, exatamente 18 ANOS E QUATRO MESES depois de seu nascimento, a Nathália faleceu. A causa da morte foi diagnosticada como parada cardio-respiratória, bronco aspiração e crise convulsiva generalizada...

Ah minha filha, quanta saudade...

Nathália, na verdade, era apenas um bebê. Apesar de seu enorme corpanzil ela era apenas uma QUIANÇA em termos de mente e comportamento. Ela, como não era para ser diferente, cresceu fisicamente. Usava roupas de adulto e comia como tal. Mas tinha realmente atitudes infantis, comparadas apenas á crianças de 2 ou 3 anos! E nós sempre a olhávamos e a tratávamos como o nosso bebê, a nossa "quiança grandona", inocente e pura, que jamais fez mal para alguém.

Homenagear alguém distinto assim, em um momento tão duro desse, sendo esse alguém seu próprio filho, é algo difícil e entristecedor. Mas deixo esta postagem como uma espécie de dedicatória, de amor de pai - em nome da mãe e dos demais parentes que hoje sofrem com a sua ausência.

NATHÁLIA, MEU ANJO, CERTAMENTE SUA PASSAGEM POR ESTA VIDA FOI MUITO MARCANTE E APAIXONANTE. QUE D'US TE ILUMINE, TE ABENÇOE E TE GUARDE. E QUE UM DIA, NO MUNDO VINDOURO, NÓS POSSAMOS NOS REENCONTRAR. TE AMO FILHA. DESCANSE NOS BRAÇOS DO ETERNO.

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 1 de maio de 2010

Plataforma explodiu, causando uma tremenda catástrofe ambiental





















A notícia não é nova - pois já tem onze dias que este fato ocorreu - mas como chegou ao conhecimento geral somente nas últimas horas, então acho que vale á pena postar e tecer alguns comentários.
Dia 27 de abril passado a plataforma de petroléo Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean Ltd, explodiu e afundou na região conhecida como Golfo do México. O saldo são de 11 mortos e 4 feridos. Só que as autoridades da Guarda Costeira do Tio Sam apenas disseram que esses 11 operários estão desaparecidos... Bem, pelo menos conseguiram salvar 115 trabalhadores, aliviando assim os números da tragédia.

O fato é que de lá pra cá um enorme vazamento de óleo bruto foi constatado no fundo do Oceano - diziam que o vazamento era de 150 mil litros diários, mas hoje chegou-se a afirmar nos telejornais que mais de 800 mil litros estão fluindo sem nenhum controle, provocando um verdadeiro desastre ambiental, só comparado ao que houve no Alasca em 1989!
Os números desta tragédia se alteram a cada minuto. Mas especialistas afirmam que o prejúizo, a perda de petróleo, fica na casa dos 5000 barris diários!

Mesmo com dados tão imprecisos o Congresso Americano já manifesta sua preocupação. O Departamento de Defesa já foi acionado para entrar em ação a qualquer momento. O Governo Federal também já foi solicitado para que intervenha de alguma maneira. Até mesmo o Presidente da nação, Barak Obama, irá sobrevoar a enorme área atingida. A grande mancha, que inicialmente havia sido localizada entre 50 e 75 kms da costa, rapidamente foi aumentando de tamanho e agora já abrange quatro Estados Americanos (Flórida, Geórgia, Alabama e Lousiana).

Algumas outras medidas vem sendo tomadas...
Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo em parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema da região. Aviões jogaram produtos químicos para neutralizar o óleo, e trinta quilômetros de lonas foram lançados para evitar que a contaminação atingisse a vegetação costeira. Mas tudo isso foi em vão. Quem vive do mar e no mar já sentiu os trágicos efeitos.
O Estado da Lousiana abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues Americanos, e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves. Até mesmo o Estado do Texas - em sua costa litorânea - deve ser afetado por essa inesperada contaminação das águas. Enfim, todo o litoral Americano que se fronteiriza com o Golfo do México está sendo fortemente e inevitavelmente atingido. Quem mais sofre com isso são os indefesos animais marinhos. Muitos já começaram a aparecer na costa totalmente cobertos de óleo. Não se pode ainda estimar, mas certamente milhares de animais já morreram...

O caos é maior do que supunham...
Pois o pior disso tudo - lógico que não estou eliminando e nem deixando de me sensibilizar com as vidas que se perderam neste acidente - mas o pior disso é que os técnicos da empresa que ajudam nos trabalhos de controle e contenção do fogo, não estão conseguindo selar a saída de óleo. Ou seja, por causa poços de extração estarem á uma tremenda profundidade (cerca de 1.500 metros) - e só se consegue chegar neles através de submarinos robôs - há então uma enorme dificuldade para que se consiga fechar os tais três poços que estão vazando óleo deliberadamente. E dai, pelo jeito que a "banda vem tocando", o precioso óleo petrolífero continuará escoando livremente, dia-e-noite, sem parar, sem que ninguém consiga fazer algo.
Um representante de uma empresa Britânica, triste e chocado com o gigantesco desastre ambiental que seus olhos avistavam da cabine do helicóptero, chegou a dizer que: "não há solução para esse caso."
A Deepwater Horizon tinha uma superfície de 132 metros de comprimento por 85 de largura e podia perfurar a uma profundidade de mais de oito quilômetros. Ela operava com quase 150 pessoas, e sua produção diária hoje, lamentavelmente, pode ser vista das janelas dos aviões e dos helicópteros, totalmente perdida no mar.

Alega-se que essa terrível explosão foi ocasionada por uma falha humana. Notabilizadamente esse não é o momento certo de se tentar achar possíveis culpados. Esse é momento, sim, em que a "sangria" precisa ser estancada, que esse vazamento tem que ser, de um jeito ou de outro, detido urgentemente, para que a natureza não sofra mais do que já sofre cotidianamente.

Fatos como esse volta-e-meia se repetem. Quer seja no Alasca, na Bacia de Campos ou no Golfo do México, acidentes trágicos e de grandes dimensões são sempre catalogados, e depois acabam sendo pontuados na história como exemplos a não serem seguidos. Que falhas houveram isso é notório. Afinal de contas nem mesmo fechar a "boca" daquilo que um dia o homem descobriu como sendo um avanço tecnológico e uma satisfatória solução para o progresso da sociedade, os "entendidos" técnicos não conseguem fechar.

Então que este fato sirva mesmo de lição para que a prepotente e orgulhosa nação do dólar, do inglês, da liberdade e do poder, baixe um pouco a crista, aprendendo a ser mais humilde e menos soberba. Pois quando - voltando ligeiramente no tempo - as "cortinas de ferro" do Comunismo foram abertas viu-se claramente que de Superpotência a Rússia não tinha era nada, que sua economia era fraca, que seu povo vivia na miséria, que seus armamentos eram sucateados e que sua infra-estrutura e política eram de quinta categoria... Então, agora, após constatar enormes falhas no 11 de Setembro, no sistema de imigração, na fragilidade da economia (com diversas quedas da bolsa), na violência e mortes nas escolas, nas arrogantes e inverídicas acusações contra o Iraque, na petulante invasão no Afeganistão e na malfadada e escandalosa eleição Presidencial anterior (quando suspeitas de fraldes eleitoreiras foram levantadas, mas logo abafadas), culminando com essa terrível CATÁSTROFE AMBIENTAL - fora tantos outros erros de politicagem - enfim, para mim, fica claro que se os Estados Unidos ainda posam de Superpotência, ou de grande potência mundial, isso só se deve pela incompetência alheia.
No dia em que alguma outra nação, seja ela qual for, praticar melhor sua meta de censo comum, sua política interna, cuidar de sua população igualitariamente e objetivar projetos concretos e de crescimento humanitário pacífico e de bem-estar - evitando desmandos e escândalos -, então certamente esta tal nação tomará o pódio mais alto e reinará absoluta.

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 24 de abril de 2010

BRASÍLIA 50 ANOS



























Eu, a despeito de outras importantes notícias que ocorreram durante a semana, não poderia deixar esse fato passar em branco. Brasília, a atual Capital Federal, comemora 50 anos de sua fundação!

Em 21 de abril de 1960, a cidade foi inaugurada pelo então Presidente Juscelino Kubitschek. Portanto, na quarta-feira última, Brasília finalmente completou seu cinquentenário com muito orgulho e pompa.

Sou da geração posterior á criação da cidade de Brasília. Quando nasci ela já existia no cenário brasileiro. E, portanto, para mim - como para muitos que não se interessam pelos eventos do próprio País - ela sempre existira ali como é. Mas a história diz que não foi bem assim...

O projeto de construção de uma nova Capital vem desde a época do Brasil Império. Em 1823, José Bonifácio apresentou um projeto para mudança da Capital, sugerindo o nome "Brasília", mas o então governador D. Pedro I dissolveu a constituinte antes que ela pudesse aprovar o projeto. No final do século XIX uma missão explorou o Planalto Central e demarcou uma área de 14.000 km2 para a construção da futura cidade. Em 1955, o então candidato a Presidência da República, Juscelino Kubitschek, foi indagado durante um comício, se, caso ele fosse eleito, faria respeitar a constituição e transferiria a Capital para o Planalto Central. Juscelino prometeu que sim, e cinco anos mais tarde Brasília foi inaugurada.

Antes disso a Capital Federal era no Rio de Janeiro (mais anteriormente ainda já havia sido em Salvador). Por ser de posição estratégica, por exercer maior força do que as outras cidades das colônias, por ter um Porto movimentadíssimo, por concentrar as maiores riquezas e ser o maior escoadouro do metal e diamantes das Gerais (futuro Estado de Minas gerais), a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como Capital em 1763. Mas por motivos políticos, depois de quase 200 anos de hegemonia, a mudança de local, provocada por fatores, digamos, "inócuos", que foram desde a CENSURA e o ESTADO DE SÍTIO, passando enfim pela DITADURA, a Capital foi então transferida do Rio para a novíssima cidade que acabara de ser construída: Brasília.

Vivia-se então novos e belos tempos. Tempos de crescimento, de novos modelos econômicos, tempos agrários e de modernização. No seio da população embutia-se a idéia de que o País cresceria 50 anos em 5! O empreendorismo e o otimismo exacerbado tomaram conta do povo. E Juscelino era a representação maior daquele novo momento de sonho brasileiro. A nova capital surgia...

O plano urbanístico de Lúcio Costa (arquiteto e urbanista), denominado de Plano Piloto, consistia em construir escalas monumentais, tais como: o eixo da Explanada dos Ministérios, as superquadras Sul e Norte, os imensos gramados, lagos e jardins, e a área denominada de Gregária (setores de convergência da população), apelidadas de cidades satélites.
Um projeto tão audacioso desses deveria ser também oriundo de "cabeças" audaciosas. Ao ver os nomes de Burle Marx (paisagista), e Oscar Niemeyer (arquiteto), ligados á este plano, pode-se perfeitamente perceber a importância e magnitude que este feito teve para o Brasil do período pós-guerra.
Brasília foi então tomando forma. Foi sendo projetada e concebida como uma cidade altamente planejada, fantasticamente idealizada - com avenidas largas, grande imaginação e excelente vocação para o crescimento futuro. Até que finalmente - em tempo dito como recorde - Brasília ficou dignamente bela, espledorosa, magnifica e pronta. Bastava apenas inaugurá-la com grande folguedo.

Só que nem tudo foi pura festa...

Agora, quando se comemora 50 anos pelo grandioso feito, olha-se para trás e lembra-se de certas coisas que não foram bem explicadas na época. Uma das muitas denúncias era de que as empreiteiras demasiadamente se favoreceram:
"As obras de Brasilia levantaram assustadoramente o seu custo porque os empreiteiros nisso tinham interesse, pois recebiam 12% de comissão sobre o total do custo da obra. No serviço de administração contratada, os empreiteiros, no trabalho noturno, faturavam todo o pessoal da obra, quando na verdade só trabalhavam quatro ou cinco operários. Era um conluio a fim de aumentar a folha de pagamento e, em conseqüência, o montante sobre o qual incidia a comissão de 12%", escreve Lourenço Tamanini, citando denúncias da época, em seu livro Memórias da Construção.

Na ocasião tentou-se impedir a inauguração da nova Capital. Motivo: instauração de uma CPI para averiguar os gastos com a construção. Mas abafado o caso - talvez com PROPINAS E CERTAS VANTAGENS - o "cortejo" seguiu em frente.

O ex-Embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, afirmou que o Brasil gastou na construção da Brasília - corrigindo em dinheiro atual - o equivalente a 20 BILHÕES DE REAIS!
Apesar desse valor ser contestado, as contas verdadeiras nunca foram apresentadas, dando margem para expeculações e achismos. O que sabe-se ao certo é que houve excessos de gastos. Imprimia-se muito dinheiro na época e o efeito disso foi a alta inflação e a dívida externa. Com os excessivos juros cobrados pelos empréstimos, e as diversas mudanças da moeda nacional, a sensação é que povo brasileiro pagou essa mesma conta diversas vezes...

Isso sem contar o fato de também ter havido exploração de mão-de-obra.
Os candangos foram as "vítimas" da miséria e do exagerado otimismo que se pregava naqueles tempos.
Candango, nome de origem Africana, que significa "ordinário", "ruim", é ainda hoje o termo dado para quem vive em Brasília, mas que não nasceu na cidade. Na época de sua construção, candangos eram os trabalhadores que imigravam à futura Capital para os trabalhos pesados. Estes homens, com suas famílias - devido imensa pobreza e miséria em suas cidades de origem - imigraram rumo ao Planalto Central para obterem trabalho e sustento. Gente essa que sofreu com o calor, com os mosquitos, com os baixos salários, com a distância, com o serrado e com a discriminação. Gente essa que se viu, com o fim das obras, desamparada e mais uma vez sem recursos. E que tristemente acabou ficando sem identidade e se sentindo excluída novamente. Como meros coadjuvantes nessa "honraria", essa gente sofrida - sem ter outra escolha - "optou" por morar nas periferias da nova e bela cidade.

Se á 50 anos Brasília nascia, com ela nasciam também esses novos desafortunados. Centenas de pessoas comuns que ficaram largados á própria sorte para crescerem junto daquela que seria condecorada como A CIDADE DO SONHO. Se a cidade tem hoje o que comemorar, talvez esse "novo tipo de raça", essa "nova face do serrado brasileiro" não tenha muito do que se orgulhar. Afinal de contas esse povo deu de seu suor para erguê-la, mas em troca permaneceu invisível e sem status algum.


SHALOM ALEICHEM.

sábado, 17 de abril de 2010

A violência que assola nossa sociedade


















Esta última semana tivemos vários assuntos que fizeram parte das manchetes da TV. Aliás, é sempre assim. A vida está em constante movimento, e como tal os acontecimentos também não param de ocorrer. Mas como só posso ou devo abordar um único tema por vez, então vamos á ele (aquele que mais chamou minha atenção, para que eu teça alguns comentários).
No dia 13, terça-feira última, o empresário Rogério de Souza Werneck da Silveira, 53 anos, foi assassinado por um motoqueiro (desconhecido até então), quando chegava em sua residência, na Lagoa.
- Ah, isso são coisas corriqueiras!
- Esse tipo de crime acontece todos os dias!
- Basta ler os jornais para dar de cara com milhares de fatos semelhantes!
Comentários como os citados acima já se tornaram bastante banais em nosso meio. Muitos até nem se assustam mais quando o assunto é crime, morte ou assassinato.

Triste constatação...

Rogério era dono da empresa Jirau, uma das maiores empresas no ramo de andaimes tubulares. Criada em 1997, a Jirau atua no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. No Rio, por exemplo, a Jirau participa das reformas do Cristo Redentor e do Teatro Municipal. Segundo relatos ele era trabalhador, e um bom patrão, á ponto de se vestir com o mesmo uniforme de seus empregados. Mas pesam suspeitas de que, por Rogério ter dispensado 19 funcionários no último ano, alguns destes, indignados, o teriam ameaçado de morte. E dai veio o crime...

Lamentavelmente este empresário passará agora a fazer parte do quadro daqueles que perderam suas vidas por causa de algum tipo de violência fortuita ou praticamente gratuita. Talvez o assassino ficará impune e a justiça não fará nada. A família sim, essa ficará combalida e arrasada, traumatizada para sempre.

Estaria nossa sociedade, nossos moços e moças, cada vez mais violentos?

Em minha cidade são registrados cerca de 15 casos de agressões todos os dias! São facadas, socos, pontapés, armas brancas, enfim, todo tipo de coisa que é usada para agredir o semelhante. Já o número de óbitos eu ainda não tenho ciência, mas creio que esteja também aumentando a cada ano que passa. E olha que minha cidade, Teresópolis, região serrana do estado do Rio, ainda é considerada uma cidade calma...

São dados e mais dados, estatísticas e mais estatísticas. São boletins de ocorrência, fichas criminais, entradas nas emergências de hospitais, traumas e tragédias por todos os lados. São crimes e criminosos. São diversos mortos, feridos e agressores, todos juntos incrementando as páginas policiais, participando dos boletins jornalísticos e aumentando os indíces de criminalidade do nosso País.

Por mais que surjam religiões, pastores e igrejas a violência só aumenta. Por mais que se tente falar sobre educação e cultura, a paciência humana parece se esvair ainda com mais rapidez, permitindo que o lado animalesco e canibal venha á tona e se manifeste com brutalidade e fúria.

Agride-se ou mata-se por qualquer coisa e motivo, ou até mesmo sem motivo óbvio e real. Quer seja no trânsito, entre vizinhos ou num campo de futebol, lá está alguém sempre pronto para "perder a cabeça" pelo mínimo episódio ou caso.
Lembro-me bem da morte do empresário José Nelson Schincariol, dono da companhia de cervejas Schincariol, que ocorreu nos mesmos moldes deste da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ele também chegava em casa á noite, de carro, e ao abrir o portão de sua garagem foi alvejado com vários tiros e morreu no local.
Geralmente é assim. São mortes estúpidas, cometidas por pessoas descontroladas e de maneira cada vez mais violenta, sem nexo e sentido algum. Basta ver o caso do pedófilo de Luziânia e suas seis vítimas...

Mas porque se agride ou se mata com tanta frequência e facilidade? Porque a vida não tem mais valor? Porque as pessoas estão tão perturbadas hoje em dia? O quê as aflige tanto?
Sabe, as vezes fico até com receio de lidar com o meu próximo. Pois quanto mais conheço o ser humano mais gosto dos meus bichos de estimação. Eles (os animais) não possuem este ódio desenfreado dos humanóides. Os bichos só matam para se alimentar. Jamais ofendem ou maltratam alguém. Nunca se degladiam por vaidade, ganância ou inveja. Não pensam em lucros, e portanto, não humilham ou tiram vantagens de seus pares. E se brigam é por domínio de território - coisa intríseca á eles -, mas nós já passamos da era das conquistas e dos descobrimentos. Então porque ainda nos degladiamos tanto?

Debater sobre a violência requer muita introspecção e análise. Resolver esse dilema em nossa sociedade é algo que irá exigir de nossas autoridades - enfim, de todos nós - muito diálogo e compreensão mútua. A morte de Rogério Werneck não pode passar impune. Não pode. E além da exigência de justiça o povo como um todo deverá também cobrar novos mecanismos de reparo e ordem, pois senão regridiremos 1000 anos ou mais em nossa evolução.

SHALOM ALEICHEM.

sábado, 10 de abril de 2010

É o "Bumba"-meu-boi...


















Cá estou eu, com uma nova postagem, um novo comentário, mas apresentando os velhos problemas de sempre...
E novamente por causa das excessivas chuvas...
Este blog, para quem o lê frequentemente, já está se especializando em falar sobre chuvas e enchentes. Não era minha intenção e objetivo quando inciei, mas devido o grande apelo popular, devido o grande caos e nível de tragédia que isso acarreta - até mesmo porque a imprensa "cai matando" quando fatos deste tipo ocorrem - então me sinto na obrigação de comentar sobre o deslizamento de grandes quantidades de terra no morro do Bumba, em Niterói, matando centenas de pessoas.
Para quem não é do estado, e que por consequência disso não conhece a região, o morro do Bumba fica localizado na comunidade do Cubango, nas proximidades da ponte Rio-Niterói, entre as áreas conhecidas como Zè Pequeno e Viçoso, ao sul da Rodovia Niterói-Manilha (RJ 104)- que leva os motoristas da zona urbana á região dos lagos (Cabo Frio, Rio das Ostras, Araruama, etc).
E foi esta região, o morro do Bumba, - onde a totalidade dos moradores são de pobres e desassistidos pelo poder público - a mais afetada pelo forte temporal que atingiu o estado nos últimos dias. Inúmeras casas despencaram do alto do morro, com inúmeras vítimas fatais, e incontáveis prejuízos...
Filme repetido esse, não? É só chover um pouco mais do que o "normal" e pronto, o estrago está feito. Foi assim em Angra dos Reis. Foi assim também em várias cidades de Santa Catarina no ano passado. E tem sido assim em todo o território nacional sempre que as águas despencam com vontade.

Mas o que é chover um pouco mais do que o normal? Qual a diferença entre chuva e temporal? Para o que as cidades foram ou estão preparadas?
Para algumas dessas perguntas a resposta parece até óbvia: Não há galerias que suporte a imensa quantidade de água que caiu...
Mas para os nossos governantes as cidades não estão preparadas para receber nada dos céus ou mesmo da terra. Sim, porque se houver algum terremoto em escala razoável tudo se desmoronará como um castelo de areia na beira da praia. E se chove um pouquinho só acima da média - como foi o que houve - dai é o caos que já estamos carecas de saber.
Então cabe aqui aquela perguntinha que nunca quer se calar: Para que serve essa cambada de engravatados do poder? Para que de 4 em 4 anos elegemos esse bando de paspalhões? Será só para eles assumirem os cargos e roubarem cada vez mais e mais?

Sabe, enche o saco ver o desmando das autoridades públicas. É sobre essa ótica que eu gostaria de focar meus próximos comentários...
Essa tragédia, a do morro do Bumba, com certeza absoluta, era uma tragédia anunciada. O Prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira - que dos últimos 21 anos governou a cidade por 15 -, confessou que sabia que aquela comunidade estava assentada sobre um lixão, e que este tinha sido desativado á uns 30 anos. Mas alegou que jamais imaginava que uma tragédia dessas proporções poderia acontecer ali.
Só pode ser piada de político, não?
Ele sempre se beneficiou do cargo e nunca fez nada pelo município que "governou". Deixou os moradores largados a própria sorte, e quando uma catástrofe se abateu sobre parte de seus eleitores, ele veio á público para dizer que não tinha noção da gravidade do problema...
Podres poderes, podres políticos. Com suas pobres desculpas e seus malfadados argumentos.
Porque esse sujeito, que se diz e se porta como maior autoridade em Niterói, não fez nada pela população carente daquele morro? Porque permitiu que a terra desabasse sem ter sequer movido um único dedo para melhorar a situação daquela gente?
Logicamente ele sabia da precariedade daquela comunidade. Daquela comunidade só não! Existem outras na mesma situação - assentadas sobre lixões -, e que já foram devidamente denunciadas pelo povo aos jornalistas, e ele sabe disso.
Será que esse enganador não vai fazer nada também? Será que vai esperar que outra tragédia ocorra?
E depois ele apareceu na TV dizendo-se preocupado com o número de vítimas... Ah, vá enganar outro!!!
Se ele estivesse mesmo preocupado fizesse algo preventivo. Se estivesse mesmo administrando seu município como deveria, tivesse feito obras de melhorias e contenção - e no caso dos moradores do Bumba, arranjasse ou contruísse casas populares para aquele povo - fora das áreas de risco - antes que estes viessem a perderem tudo, como foi o que houve.

Governar é antes de tudo servir ao povo. Governar é mais do que qualquer coisa, senão, procurar gerir o bem-estar da população e do meio em que se vive. Mas ao contrário disso os nossos "líderes" se apropriam do dinheiro público e governam apenas para o seu próprio umbigo.

Sei que não é hora para brincadeiras, mas fiz uma analogia do nome do morro em Niterói no título desta postagem. Pois Bumba-meu-boi é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos. E desde pequeno eu também ouvia dizer que quando as coisas estão em desordem, em total e perfeito caos, enfim, na maior zona, que o jeito é ir no BUMBA-MEU-BOI, no salve-se quem puder; tipo assim, na base do VAMOS-SE EMBORA (DE QUALQUER MANEIRA). E infelizmente tem sido desse jeito, de qualquer maneira, que o povo dessa pobre comunidade vem sendo tratado á muitos e muitos anos.
O que nós podemos clamar por eles - não pelos que já se foram, mas sim pelos que ainda estão vivos - é: Até quando, meu D'us? Até quando isso perdurará?

SHALOM ALEICHEM

sábado, 3 de abril de 2010

PÊSSACH: A Festa da Liberdade
























Amados leitores, eu não disse que voltava? Pois bem, cá estou novamente, para compartilhar com vocês novas e boas postagens, dando sequência neste meu blog.
Muitos fatos tomaram conta dos telejornais nesta semana que passou - e que obviamente mereceriam destaque aqui -, mas um acontecimento em especial, que ocorre todos os anos, acabou tendo maior evidência, e merece de minha parte alguns comentários.
Você sabe o que é Pêssach? Por acaso já se deu conta das origens desta festa?
No mundo Ocidental os cristãos assimilam essa palavra e essa festa, traduzindo-a como Páscoa.
Mas você sabe o real e o original sentido disso? Afinal de contas porque comemora-se Pêssach (Páscoa)?
Para que vocês se situem e compreendam bem este episódio dou-lhes a referência do livro de Shemot (Êxodo), cap 12:1-51. Lendo este maravilhoso trecho Bíblico qualquer leigo poderá se inteirar á respeito dos acontecimentos que marcaram para sempre a história da humanidade.
Mas caso não queira ler sua Bíblia, não fique triste, vou dar-lhes um breve resumo:
O povo de Israel estava cativo no Egito. Moshe Rabeinu surgiu como um grande líder, ao lado de seu irmão Aharon, e juntos ousaram tirar o povo daquela situação.
Essa história é bem conhecida, não?
Pois bem, depois de tentar por várias vezes livrar o povo de Israel, trazendo com isso diversas pragas sobre o Faraó e os Egipcios, o Eterno, Bendito seja, avisou que lançaria a última praga (a décima), e que depois disso os Israelitas sairiam livres, escapando da escravidão.
Você, leitor, porventura sabe o que houve depois disso?
Alguns desavisados ou desinstruidos poderiam afirmar que depois disso D'us selou a sorte dos primogênitos, matando-os.
Só que não foi bem assim...
Sabe o que houve antes da última praga?
A famosíssima festa de Pêssach!
Ué??? - Possivelmente indagariam alguns.
Sim, foi isso! - Responderia eu, caso fosse necessário...

Foi nesse momento crítico e decisivo da vida do povo Hebreu que D'us instituiu a FESTA DA LIBERDADE! Antes mesmo de destruir todos os primogênitos do Egito, o Criador do Universo instruiu o seu povo para que este celebrasse o Pêssach ao Eterno.
A palavra Pêssach - vinda diretamente do Hebraico - significa: passar por cima, ou seja, saltar, pular. No inglês, PASSOVER, o significado também é altamente sugestivo: PASSAR SOBRE.

Bem, talvez você tenha lido até aqui e não tenha entendido bulhufas... kkkkk...
Trocando em miúdos:
Pêssach é uma festividade original Judaica, assim como todas as outras festividades Bíblicas (Shavuot, Sucot, Purim, etc)... Esta festa foi institúida por D'us para que fosse celebrada no dia 14 de Nissan (calendário Hebraico), á tarde, com pães não fermentados e um cordeiro assado, e para que o povo SEMPRE SE LEMBRASSE que D'us saltou sobre as casas dos filhos de Israel e feriu somente aos Egipcios.
E não só isso.
A festa duraria sete dias. Sete dias comendo pães sem fermento, ervas amargas e o cordeiro de Pêssach. Sete dias, com as pessoas reunidas em suas casas, lembrando os horrores do cativeiro, mas ao mesmo tempo alegrando-se pela liberdade que estava prestes a ser conquistada.
OBS: LEMBRE-SE QUE ESTA FESTA, E A PREPARAÇÃO DO CORDEIRO DE PÊSSACH, EM NADA TEM A VER COM OS SACRIFÍCIOS QUE ERAM FEITOS PARA EXPIAÇÃO DE PECADO OU OUTRA COISA DO GÊNERO. ESTE ÚLTIMOS SÓ FORAM INSTITUÍDOS DIAS DEPOIS, LOGO QUE D'US OUTORGOU A TORÁ NO MONTE SINAI, NO DESERTO, PARA SOMENTE SEREM REALIZADOS SOB O ALTAR, NO TABERNÁCULO E MAIS TARDE NO TEMPLO.(MAS ISSO SERÁ ASSUNTO PARA OUTROS TÓPICOS).

Nesses dias em que Ocidente e Oriente de certa forma se unem - guardadas as devidas proporções e diferenças entre uma comemoração e outra - para celebrarem Pêssach (Páscoa), cabe aqui uma mensagem atual que remonta os tempos da libertação do cativeiro.
Quando se é cativo, quando se está detido sob um regime, sob um Império ou um poder, na verdade se fica privado de liberdade. Não somente de liberdade física, mas também a pessoa fica sem liberdade intelectual. De muitas maneiras o "escravo" é obrigado a seguir regras e normas que poderão ir de contra seus princípios e opiniões. Cerceado de todos os lados, repleto de inimigos, recebendo todo tipo de ódio e opressão, sem ninguém que o salve, renegado por tudo e por todos; o cativo ergue sua voz e clama invariavelmente sem ser ouvido.
De forma semelhante esteve Israel no Egito. Mas D'us os ouviu! E quando D'us os tirou de lá - depois de séculos -, com mão forte, sinais, prodígios e maravilhas, eles finalmente perceberam como era bom ter de volta sua estima, sua importância, seu respeito, seu valor e sua liberdade. Pois foi á partir da travessia do Mar Vermelho, assim que os primogênitos dos Egipcios sucumbiram, que eles, o povo de Israel, puderam finalmente seguir pelo deserto para servir o seu D'us da forma como sempre desejaram.

SHALOM ALEICHEM

quarta-feira, 24 de março de 2010

AVISO: leitores deste blog...

Leitores deste blog, podem confiar, não abandonei vocês e nem as postagens. Na semana que vem, para ser mais específico, no dia 03 de abril, á noite, estarei retornando com novos e atuais posts, repletos de critica social, bom humor, sarcasmo e tudo o mais que necessita, e que você já se acostumou a ver no meu blog.
Portanto você que ainda não se atualizou ou se inteirou sobre todas as antigas postagens, ainda é tempo, leia e deixe seu comentário. E você, amado leitor, que já ultrapassou esse estágio, caso queira, releia alguns artigos e ajeite-se na cadeira, pois eu estou voltando!

ass: Marcos Ferreira

SHALOM ALEICHEM

sábado, 13 de fevereiro de 2010

AVISO AOS LEITORES

POR MOTIVOS DE SAÚDE ESTE BLOG FICARÁ SEM NOVAS ATUALIZAÇÕES POR ALGUMAS SEMANAS. INFELIZMENTE ESTOU "FORA DE COMBATE". ENTÃO TENHO QUE ME TRATAR PARA PODER VOLTAR COM FORÇA TOTAL.

NÃO DEIXEM DE ESTUDAR TORÁ E NEM A HAFTARÁ DE CADA SEMANA. POIS NISSO TEMOS O SENTIDO DA VIDA.

SHALOM ALEICHEM

sábado, 6 de fevereiro de 2010

VEM AÍ A "NOVA FAMÍLIA DE NOTAS"




















Nesta última quarta-feira o Banco Central, através do seu Presidente Henrique Meireles, anunciou ao País o lançamento das novas cédulas do real. Desta feita, ao contrário de tantas outras, o anúncio não causou pânico ou qualquer tipo de alarde na população, pois a moeda, ao que ainda consta, se mantém estável.
Os motivos alegados para tais mudanças foram as falsificações.
Segundo Guido Mantega, Ministro da Fazenda, as novas cédulas terão um layout mais atraente e itens de segurança mais sofisticados, como imagens tridimensionais, recursos gráficos e tamanhos diferentes, que até facilitarão a vida dos deficientes visuais.
Ainda segundo Mantega, a moeda nacional se tornou forte, e portanto, por causa da demanda, precisa continuar se solidificando ainda mais para poder ser aceita no mercado exterior.
Já Meireles afirmou que as pessoas não precisarão ir correndo ao banco para trocar as notas velhas pelas novas. Que isso será feito paulatina e rotineiramente. As antigas e novas cédulas vão conviver juntamente até que todas as velhas notas sejam recolhidas. O prazo para que a "nova família de notas" seja completamente implantada no mercado interno é 2012, ou seja, daqui a dois anos.

Portanto não há pressa, correria ou inflação. Também não há troca de nome, gatilho salarial ou três zeros á menos na moeda. O que há simplesmente é uma modernização das cédulas. Estas notas que hoje conhecemos nos foram apresentadas em 1994. Então o pessoal do Governo achou justo fazer a troca agora, visto que segundo conceito Ministerial elas estavam defasadas e "batidas". Afinal de contas também vem ai a Copa do Mundo no Brasil, as Olimpíadas...

Durante a apresentação das novas cédulas o termo mais evocado pelo Presidente do Banco Central foi "a nova família de notas"...
Bem, esse termo utilizado por Meireles tem várias conotações, e pode ser visto de várias maneiras:
* Uma delas é que, esta nova coleção de cédulas do dinheiro brasileiro está mais segura e entrará brevemente no mercado para ser utilizada por todos nós;
* Outra coisa é que, como não há uma inflação galopante, estas novas notas manterão sua força atual, positivando ou pelo menos mantendo o poder de compra;
* Uma terceira coisa é que, ficaram verdadeiramente mais bonitas e apresentáveis.

Então, á primeira vista, temos mesmo uma "nova família de notas" mais segura, com o mesmo valor e visualmente mais bonita, tendenciando serem bem recebidas pelo povo. Ótima notícia essa então, não?
Mas como sempre tem que haver um mas...

O que tanto Henrique Meireles, quanto Guido Mantega, e o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, se esqueçeram de dizer é que se este "novo real" ficará mais fácil ou mais difícil de adquirir? Será que essas cédulas agora virão para o bolso do pobre???
Sim, porque o povo brasileiro - em sua grande maioria - sofre diariamente para conquistar alguns poucos trocados para conseguir sobreviver. Boa parte da população nem sequer viu de perto a tal nota de cem antiga e ela já vai sumir do mercado...
Quantos trabalhadores neste País - ganhando o pouco que ganham - conseguem ter em suas carteiras, durante a semana, uma espécie de cada destas notas hoje ainda existentes? E quantos destes será que terão a sorte de terem das "novas famílias de notas" em seus bolsos, hein?
Será que os tais apresentadores da nova cédula sabem disso? Se sabem, será que se importam com isso?

É triste viver em um País onde a desigualdade social ultrapassa todo e qualquer nível...
Seria muito mais bonito e útil para o povo se Henrique Meireles tivesse vindo á público para dizer que milhares de postos de trabalho haviam sido criados. Que a prestação da casa própria - custeada em sua maioria pelo dinheiro dos jogos lotéricos - ficaria mais barata. Que o Governo estava estudando medidas de apoio para o pobre a para o necessitado, etc.
Mas não, ao invés disso ele veio diante das câmeras de TV para anunciar a "nova família de notas". Bah! Grande coisa...

Se não houver melhor distribuição de renda, melhores ganhos, mais emprego, menos miséria, mais igualdade e justiça, os Ministros poderão apresentar quantas novas notas quiserem que o efeito será o mesmo, ou seja, nenhum. Esta nova roupagem no dinheiro, esta nova face do real, só fará o que sempre fez: enriquecer á uns e esmigalhar á outros.

Mas eles, os governantes, ignorando os fatos, insistem: "Queremos nos equiparar ao EURO"...

TORÁ OR (Torá de Luz)
A Parashá dessa semana - seguindo a leitura no livro de Shemot - está no capítulo 18:1 - 20:23, e se chama Itró (Jetro). Nesta porção da Torá Itró reencontra-se com Moshé, depois deste ter livrado o povo de Israel do Egito. Nesta Parashá também encontramos a narrativa sobre como o Eterno, Bendito Seja, chamou o líder da nação Hebraica até o monte e de como o ordenou para que preparasse o povo para receber a outorga da Torá. Esta porção termina com instruções fornecidas pelo Eterno sobre como construir um altar, após ter ditado os Dez Pronunciamentos no Sinai, também conhecido como os Dez Mandamentos.

HAFTARÁ
A lição dos Profetas dessa semana encontra-se em Ieshaiáhu (Isaias), capítulo 6:1-7. Um outro trecho pode ser lido no mesmo livro, capítulo 7:6. E a última parte pode ser encontrada no capítulo 9:5-6.

SHALOM ALEICHEM