sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conflitos no Oriente prosseguem...



















Na semana que passou alguns acontecimentos foram notícia no mundo. Finalmente o Presidente do Egito "largou o osso"; a crise humanitária se extendeu por outros Países Árabes, e o "Ronalducho" (Ronaldo fenômeno) despediu-se do futebol.

Eu poderia ter postado sobre qualquer um destes temas. Mas ao invés disso não bloguei. E adivinhem por quê? Simples, meu computador deu pau de novo... Ô computadorzinho de quinta esse o meu, hein? rsrs... E hoje, se estou postando algo é porque faço de um laptop da minha querida cunhadinha.

Bem, dito isto, vamos avante.

Os acontecimentos no Oriente Médio se intensificaram. No Iêmem - pequeno País Árabe, onde sua população é de maioria Muçulmana - os conflitos aumentaram e o número de mortos crescem a cada dia. Na Argélia, Líbia e Bahrein (Países vizinhos do Egito), seguindo o exemplo e a "moda" atual, diversas outras manifestações populares alertaram as autoridades e provocaram o caos nas ruas das principais cidades destes Países. Numa espécie de efeito dominó a sociedade Árabe civil organizada, os estudantes e diversos trabalhadores do mais variados setores se enganjaram nesta "luta pela liberdade de expressão" e justiça.

Como havia postado na semana anterior me parece que os cidadãos adeptos do Islã abriram os olhos, acordaram, sairam do "túmulo" da inércia e resolveram fazer com que suas vozes fossem ouvidas, que seus protestos chegassem ao conhecimento de todos. Depois de séculos de silêncio e de submissão, o povo Muçulmano - numa espécie de revolução daqueles que adotaram o Corão como livro sagrado - elevou seu clamor, empunhou armas brancas e unido foi para as ruas na ânsia de ter finalmente seu desejo atendido. E esse desejo maior é o de justiça. Cada cidadão içou-se ao máximo para fazer com que seu direito seja não só ouvido, mas sim atendido.

No fundo não sei se tal procedimento funcionará, se trará frutos benignos. Não há hoje como afirmar se tais revoluções populares acarretarão em algum benefício coletivo, se trarão melhorias consistentes para o bem comum. Também não se pode ainda dizer se pelo fato de se tirar um Ditador do poder e colocar outro grupo ou regime no comando - sendo este grupo, regime, ou o quer que seja, algo minimamente confiável - enfim, se essas mudanças solicitadas transformarão o quadro político e social de cada País, e com isso melhorarão as coisas para o povo em geral.

No Egito o Presidente deixou-se ceder pela pressão e saiu do cargo. Com saldo de mais de 360 mortos o que os Egípcios esperam da vida com tal mudança? Ninguém sabe. Será que agora haverá emprego, melhores salários e justiça social? Humm... Fica a dúvida.

Muitas das vezes troca-se o sistema, troca-se os nomes e os homens do poder, e nada de concreto mesmo muda. O povo normalmente continua sendo sofrido, espurgado e explorado. Mal comparando, a desigualdade entre ricos e pobres abre-se ainda mais, tornando o abismo do Grand Cânion, como exemplo figurativo, numa pequena fenda quase invisível.

De qualquer forma vale á pena lutar. Vale á pena mudar. Vale, sim, expressar sua opinião, sua vontade, seu querer. Ainda mais sendo uma grande parte dos povos destas nações, que numa só voz externam seus pontos-de-vista e desejos, clamando por um Governo mais justo e igualitário.

O resultado disso? Só no fim se verá. Talvez daqui á alguns anos teremos uma implicação mais clara. No momento são só protestos, mortes, brigas, lutas pelo poder, troca de nomes nos cargos mandantes, etc... Enfim, uma declarada guerra civil contra o sistema que teima em imperar.

Meu desejo é que, independentemente das crenças e das mudanças que esse movimento popular acarretará, que os homens de bem assumam o poder, que dêem as mãos e que façam o que de melhor puderem pelos seus. E que assim, após fazerem o bem, distribuindo a renda, promovam a sonhada paz no Oriente.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A crise no Egito






















Bem, depois que meu computador mais uma vez foi "atacado" por vírus virtuais, me impedindo de postar na semana passada, cá estou de volta para comentar sobre a grave crise que assola o Egito.

A população civil de lá está insatisfeita com o Governo de seu Presidente, Hosni Mubarak - que comanda o País com mão de ferro a quase 30 anos - e pede mudanças já. O conflito estende-se por duas semanas, sem previsão de fim imediato, com o povo tomando conta das ruas e praças para protestar e realizar duros enfrentamentos contra a polícia. Grande parte do mundo Ocidental vê com apreensão o desenrolar dos fatos neste País do norte da África.

Mas, afinal de contas, o que acarretou essa grande crise social nas famosas terras das pirâmides?

Segundo especialistas e diversos cientistas políticos, este conflito civil Egípcio teve origem na Tunísia.

Em 17 de dezembro último, a corrupta polícia do regime Tunisiano confiscou o carrinho de mão, com frutas e verduras, de Mohamed Bouazizi. Este era o único sustento deste pobre rapaz, que com 26 anos, possuíndo o ensino superior, mas sem trabalho registrado, sobrevivia como ambulante. Bouazizi, desesperado pela perda, se banhou com gasolina e ateou fogo em seu próprio corpo. Ele até foi socorrido, mas acabou falecendo em 4 de janeiro, resultado das graves queimaduras.
Como consequência centenas de milhares de jovens sem trabalho e sem nada a perder tomaram as ruas, enfrentando a polícia com paus, facas e pedras. Barricadas foram feitas, impedindo o fluxo do trânsito, e provocando um tremendo caos nas principais ruas e Avenidas dos bairros mais populosos. As cenas de guerra civil posteriores já custaram a vida de mais de 100 destes bravos e revoltados jovens.

A morte de Bouazizi acabou se convertendo num símbolo, numa espécie de mártire contra a repressão. O descaso, o abandono, os maus tratos, os baixíssimos salários e as péssiams condições de vida do povo da Tunísia vieram á tona e estamparam diversas páginas de jornais, além, é claro, do noticiário televisivo e da internet. O mundo então se deu conta de que aquele regime - que comanda ditatorialmente o País a mais de 23 anos, e que anteriormente havia recebido elogios do FMI - nada mais fazia do que literalmente escravizar seus trabalhadores. Por isso que houve essa imediata identificação da classe operária, que submetida a décadas de Imperialismo, corrupção, autocracia, repressão, violação dos direitos humanos e desemprego, partiram para a luta armada.

O Egito é então, a "segunda estação" em que esta convulsão social desembarca.

Poucas vezes vi uma população tão insatisfeita com seu Governante, pedindo sua cabeça. Os gritos nas ruas ecoavam para todo canto, exigindo a imediata saída de Mubarak. Até um dia, sexta-feira última, após as rezas tradicionais Muçulmanas, havia sido escolhido como o DIA DA SAÍDA. Mas o Presidente, de 82 anos, com 30 de poder, manobrou pra lá, ajeitou pra cá, trocou o Primeiro-Ministro e o Vice-Presidente, desfez seu antigo Ministério, realizou na TV um discurso meia-boca, e por fim manteve-se no cargo, causando ainda mais ódio no povo e na oposição.

É, o poder deve ser algo muito bom mesmo, hein? Mesmo com tanta gente contra o sujeito ainda teima em prosseguir ditando as regras... Mubarak deve estar lá sentado no seu trono cantando "daqui não saio, daqui ninguém me tira", rs, rs...

Vendo tais notícias parece mesmo que o tal mundo Árabe está sofrendo uma terrível queda. Países como Marrocos, Argélia, Líbia, Sudão, Jordânia, Síria, Iêmen, Iraque, Arábia Saudita e Líbano, - com uma grande unidade histórica e cultural, - volta-e-meia dominados por governos ditatoriais que são submetidos ao imperialismo - parecem enfileirar-se para serem "a bola da vez" desta grave crise.

O "trem" da convulsão social apita ferozmente, buscando quem possa tragar...

Acho que a globalização vem mostrando para aqueles jovens Orientais do Islã que existe coisa muito melhor neste mundo do que ficarem submissos á um regime que proíbe a liberdade de expressão, que interfere diretamente na melhoria da condição de vida e que cauteriza as mentes, influenciando-os nocivamente a doarem suas vidas em prol de uma luta suicida contra o Tio Sam e Israel.

SHALOM ALEICHEM.