quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A força de uma palavra positiva


Certa vez, e não tem muito tempo isso, após ter feito uma redação para avaliação, a professora de filosofia leu, analisou meu texto e depois me disse:"Você é bom, hein! Você tem muito talento! Por acaso já pensou em ser escritor?"
Eu fiquei surpreso, feliz e corado por receber aqueles elogios. Nunca antes havia imaginado tal coisa. Talvez até tivesse remotamente pensado em escrever algo, mas de forma aleatória e isolada. Escrever mesmo, á vera, pra valer mesmo, ainda não havia passado pela minha cabeça. Fazer uma redação de vinte linhas já era o bastante para mim. Mas não sei... Aquelas palavras, ditas expontâneamente, sem nenhum interesse, sem falsidade ou outra característica maléfica, por alguém que pouco me conhecia, sem qualquer tipo de preconceito, me trouxeram luz e esperança ao meu coração.
Sei que é cedo para estar dizendo isso, pois ainda não vivo de literatura. Mas para quem estava desesperançoso, triste, cabisbaixo e tremendamente preocupado com o futuro, aquilo serviu, e como serviu, de incentivo e impulso para iniciar este novo desafio.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Durante todo aquele dia ficariam todas elas alojadas na residência de Elvira aguardando a oportunidade de serem atendidas. Antônio Gusmão aproveitou então o momento de sossego e descanso que tinham pela frente, e finalmente resolveu contar á Joana aquilo que havia cochichado em seu ouvido quando se apresentou no Castelo de Caleruega:
- Tive um sonho.
- Sim, você me disse que tinha tido, mas ainda não me falou sobre o que sonhou.
- Pois é... Achei melhor aguardar o momento certo.
- E esse é o melhor momento para me dizer do que se trata? - Joana indagou de forma curiosa.
- Sim. Meu sonho tem á ver com seu filho caçula.
Imediatamente os olhos dela brilharam. Sem hesitar Joana logo perguntou:
- É sobre a cura dele? Vamos, diga que é!
As amigas ficaram de longe, observando aquela estranha conversa."

domingo, 25 de janeiro de 2009

Por favor, me dê uma informação...


Sempre quando vamos para uma cidade desconhecida, fugindo da nossa localidade habitual, sentimo-nos confusos e perdidos. É nesta hora que sentimos falta de uma informação precisa. Quer seja encontrar uma rua, um bairro, uma loja específica, uma condução, você precisará achegar-se para perto de alguém e lhe falar a típica frase:"Por favor, me dê uma informação..."
Nesse momento, não importando quem você seja, que conhecimento tenha, que experiência de vida possua, você estará a mercê de um estranho. Salvo alguns casos de fácil percepção, onde pode-se notar que o informante está mentindo, no mais seu destino dependerá dessa pessoa que nunca antes, e nem depois, você voltará a ver. O que ela lhe disser será lei. É claro que você pode, e deve, buscar a confirmação com outra pessoa, mas se persistir em diversas fontes dai sim ficará totalmente perdido. Só sabe disso quem já passou por essa experiência. Quem já esteve em outro País, e teve de utilizar uma outra lingua que não a sua.
Uma boa informação, uma informação bem dada, economiza tempo, evita longas procuras, facilita a trajetória, valoriza a humanidade e traz novos conhecimentos.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"E chocante porque muitos daqueles peregrinos eram moribundos ou até verdadeiras caveiras ambulantes, nada tendo. Seus cavalos eram mancos e cheios de doença. As carroças estavam velhas ou quebradas, e as pessoas tinham as roupas rasgadas. Ao invés de poderem comprar alguma lembrança do lugar e do santo, pediam esmola aos demais afortunados.
Apenas a fé, é tudo o que grande parte dessa gente tem. Pensou ele.
Com medo de contrair alguma doença, o alinhado rapaz procurou se esquivar daqueles indivíduos, isolando-se, e observando tudo bem de longe. Ficou ali, parado, sem poder se mover vendo a movimentação de transeuntes. De repente viu um moço com um bom aspecto.
- Hei rapaz! - Gritou ele.
- Sim. - Respondeu aquele provável devoto.
- Gostaria de uma informação. É que não sou daqui. - Dizia ele perfeitamente na língua do nativo.
- Pode dizer.
- Tem muito tempo que este povo está aqui?
- Sim Senhor. Nos últimos meses tem sido assim. A multidão aumenta á cada dia. Muitos estão vindo de longe e acampam nas cercanias do Monastério.
Incrível isso! Pensou ele.
- A propósito me diga mais uma coisa. - O esguio visitante tornou a dizer...
- Sim."

sábado, 24 de janeiro de 2009

Quem tem padrinho não morre Pagão


Certa feita fui convidado para ser padrinho de casamento. Uma coisa inusitada para mim, pois não sou muito afeito á este tipo de coisa. O chamado "convívio social" sempre me trouxe certa repugnância. Mas deixando este fato de lado, o mais interessante disso é que são justamente as pessoas que aceitam esses convites sociais, bajulação, tapinhas nas costas, sorrisos falsos, agrado, holofotes e etc, é que conseguem ascenção, emprego e prestígio. Muitos deles, depois, conseguem até mesmo o poder, pois se tornam conhecidos. E o importante na vista dos homens é se tornar conhecido e cheio de amigos.
Quanto mais "amigos" você tiver melhor você ficará na sociedade. Se tiver sorte então de conhecer algum político, de frequentar sua casa, de tomar café com ele, ah ai o seu futuro estará garantido.
Quantos jovens andam por ai fazendo barbaridades; tais como queimar pessoas, banalizar no trânsito, usar drogas, brigar em meio á gangues em lugares públicos e nada acontecer? Quem nunca ouviu algum caso parecido? E porque nada lhes acontece? Porque papai, mamãe ou titio é "amigo" do delegado, do juiz, do prefeito, do Governador, do Presidente...
Ao invés de ser padrinho, ter padrinho até que é bom.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Enzo nutria uma forte amizade com Boullon de longa data. Apesar de suas diferenças de importância e prestígio, não deixavam de sempre se ver e falar. Apenas a postura de Enzo em reclamar das autoridades religiosas constituídas, e ditas como santas incomodavam á Boullon. Em várias situações Boullon havia tirado Enzo de algumas enrascadas, mas mesmo assim sentia-se estar em dívida.
O problema de Enzo era não segurar sua revolta, e consequentemente sua língua, contra a Igreja Católica. Primeiro porque perdeu seu pai, defendendo-a, e segundo por causa dos impostos que á mesma efetuava. Apesar de não ser camponês e não pagar pelo uso do Feudo, ficava indignado por ter de dar parte do seu lucro para a Basílica, na forma do Tostão de Pedro. Segundo ele, a Igreja e o Clero gastavam as fábulas arrecadadas com orgias e bebedeiras nos aposentos Sacerdotais.
A verdade era só uma no meio do povo:
“O Clero realiza as orgias graças ao nosso suor.”
A língua de Enzo era afiada, e onde quer que ele estivesse, como um cão latia injurias e ofensas aos Sacerdotes sem medo algum. Apenas não era preso ou morto devido possuir uma estreita afeição e confiança de Boullon Marques."

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ocidente e Oriente


A influência que nós, do lado Ocidental do globo, temos, através dos quase 600 anos de dominação romana na América, e os mais de 1500 anos na Europa, é indiscutível. Assim como também o é indiscutível as mazelas e faucatruas perpretadas por esses mesmos líderes. Há influência nas artes, na música, na canalização de águas, na arquitetura e em muitas outras coisas do nosso cotidiano. Sua importância é inegável quanto ao desenvolvimento urbano, democracia(extraida dos Gregos), na língua e até no conhecimento de Deus.
Mais é ai que as coisas se complicam.
O Deus original, o Deus Hebreu, criador dos céus e da terra, ficou renegado ao segundo ou terceiro plano. Criaram mediadores, criaram santos, criaram até uma mãe geradora de tudo, com novas leis, novos dogmas, permitindo até mesmo que simples padres pudessem expurgar pecados. É, acho que o Deus verdadeiro não ficou em segundo ou terceiro plano não, pois a lista é ainda maior.
Roma, Roma, Roma... prostituta, que se embebeda com o vinho dos mercadores... ai de ti, ai, ai de ti...
Ainda bem que o mundo, do lado Oriental, nunca caiu totalmente em suas mãos, senão estaríamos perdidos.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Depois de ter mantido alguns contatos com comerciantes e vassalos da região, e feito boas transações comerciais de alguns produtos produzidos em sua terra na colheita anterior, ele se dirigiu para a Basílica principal.
Mantendo forte amizade com um dos principais Cardeais da cidade, sempre que ia à grande e portentosa capital da sé Católica, Félix não evitava ir à grande Basílica de Latrão para rezar e conversar com o amigo Ambrósio Vittini. Este Cardeal havia sido o grande incentivador para que seu irmão seguisse o Sacerdócio.
Ele sempre foi um grande conselheiro e professor. Fez questão de orientar meu irmão em tudo quanto foi preciso. Pensou Félix enquanto atravessava os pórticos da grande Basílica.
Ele estava no centro do poder da Igreja."

sábado, 17 de janeiro de 2009

Maldades...


"Que maldade á que Israel está cometendo com os pobres dos Palestinos". Este foi um dos comentários que mais ouvi durante o período do conflito em Gaza. Outra pessoa, também sem conhecimento algum de história, registrou sua opinião, dizendo assim:"Ah, Israel tem que perder aquelas terras mesmo, só fazem judiarias, matando inocentes, e ainda por cima os Palestinos não tem para onde ir".
Engano, enganado, equivocado quem pensa assim. Não vou aqui aprofundar Teologia ou historicidade, mas coloco dois pontos da questão pouto tocados e citados nesses dias de guerra e oposição ao Estado de Israel.
A nação Judaica tem ganho suas guerras ao longo dos tempos graças á três coisas:
1ºo apoio americano; 2º seu forte poderio militar; e 3º e mais importante de todos os motivos a proteção de Hashem(Deus).
O segundo ponto, quase nunca citado, é que Israel procura, depois de ter ganho terras em batalhas antigas, trocá-las por paz. Isso mesmo, basta ver o exemplo com o Egito. Depois da guerra de 1967 e a de 1973 Israel incorporou diversos territórios. Um deles foi a Península do Sinai. Esta foi devolvida ao Egito em troca de um duradouro acordo de paz que mantem-se até os dias atuais. Com isso, o acordo bilateral, o Egito é hoje a única nação Árabe do Oriente Médio que vive harmoniosamente com a nação eleita.
OBS: Gaza foi dada por Israel aos Palestinos para que houvesse paz, e não homens bomba, foguetes caseiros, terroristas, Hamas, etc, etc...

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Quando chegou a esta Igreja, que ficava na localidade de Virtebo, uma cidade próxima de Nápoles, encontrou o tal sujeito ainda exercendo as falcatruas. Na própria casa Paroquial começou a usar a força para que ele devolvesse tudo que havia se apossado. Ao sentir que o Sacerdote lhe resistia Francesco iniciou os tremendos castigos. Primeiramente rapou a cabeça do homem com a própria espada, ferindo-a tremendamente. Depois arrancou seus olhos e pediu para que dessem aos animais. Falando aos seus comparsas pediu que lhe trouxessem uma outra espada, só que agora em brasa viva. Com ela tostou as pernas e os braços do Padre ladrão. Gritos, gemidos e um intenso cheiro de carne queimada invadiram o interior da Igreja. O povo fugira de perto não querendo assistir aquilo. Os próprios companheiros de Francesco ficaram aterrorizados com tal castigo. Só depois, então, de conseguir a confissão de onde estava o dinheiro, Francesco arrastou-o até um chiqueiro de porcos, em um terreno próximo dali, e o afogou na lavagem dos animais."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O porto seguro


Bom é ter um lar. Não importa o tamanho, a qualidade, o acabamento, onde localiza-se, o importante é ter um refúgio só seu. É claro que quanto maior e mais bem decorado for melhor você se sentirá. Mas ainda que haja inúmeras reformas á serem feitas, que não seja do tamanho que sonhou e que esteja em local de difícil acesso, sendo seu pode perfeitamente ser considerado um porto seguro.
Há um ditado que diz: "Quem casa tem que ter casa."
Infelizmente grande parte da nossa população não tem um lar para chamar de seu. Muitos desses talvez nem nunca terão. A estatística, baseada nas políticas de habitação, indicam isso. Pessoas nascem, crescem e morrem sem que nenhuma oportunidade, caridade, benfeitoria ou política social os atinja, para beneficiá-los. São raríssimos os casos que houveram algum tipo de ajuda. A não ser na compra de votos, durante campanhas eleitoreiras, pouca coisa a mais move a doação de tijolos, cimento, telhas, madeira, areia, ferro e outros materiais de construção para estes "degraus da elite".
Na contramão disso existem as diversas, e porque não dizer, centenas de casas fechadas á espera de seu ilustre morador ocasional, para este poder passar um final de semana de descanso e lazer na praia ou no campo.
Bah, com as promessas, o povo se rasteja como cobra pelo chão, catando as migalhas deixada pelos sobejadores.
A foto acima diz: Sem-teto, mas preciso de mulher rica.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"O salão apresentava uma beleza linda e tradicional. Dividido em compartimentos por meio de tapeçarias feitos de peles de animais, e outros em couro, eram totalmente ilustrados com figuras de animais. Tinha também alvéolos embutidos por toda a extensão do grande cômodo. As janelas davam a claridade necessária durante o dia, encobertas apenas por uma treliça de vime pregada sobre o Castilho. Lampiões á óleo, suspensos nas paredes compunham a luminosidade quando ao cair da noite. Os estofos dos assentos eram bordados, e afrescos tirados de histórias Bíblicas enfeitavam a parede atrás deles. Já de frente, a lareira destacava-se contendo sobre si escudos e lanças que ficavam posicionadas sobre maneira á parecer um duelo. Duas armaduras completas ficavam posicionadas na lateral das portas como se fossem guardas vigiando a entrada do salão. Compondo a mobília do local, uma arca e alguns tamboretes davam-se aos visitantes, após as refeições para repouso. Já para o dono, uma poltrona acolchoada e bem forrada ficava reservada á sua espera no outro canto do salão.
- Vejo que mantém este Castelo conservado como era no tempo de nossos pais. - Disse Antônio Gusmão ainda á mesa, feliz em poder estar novamente onde nasceu e cresceu."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Guerra: uma fabulosa fonte de renda


Após assistir á um debate sobre a guerra em Gaza, promovida por Israel, devido aos insistentes ataques do Hamas(grupo terrotista Palestino), que utiliza-se de mísseis caseiros para atingir o sul do território vizinho, percebi com ainda mais clareza que é nos bastidores, e só nele, que tudo é arquitetado. Cada vez que vemos o uso de força militar, empregada por uma nação contra outra, fique certo de que antes do primeiro tiro, da primeira bomba, da primeira morte, seus diligentes e responsáveis já duelaram no campo da diplomacia. Nada é feito sem antes haver uma ou mais rodadas de negociação. Como exemplo, também á respeito deste conflito entre Israel e os Palestinos, cito a última intifada(termo que pode significar revolta ou insurreição). Quando Ariel Sharon(líder Judeu) atravessou a esplanada das Mesquitas a pé; ou Domo da Rocha(lugar este que antes havia o Templo de Salomão); gerando a revolta do povo Árabe, a cartada decisiva tinha sido dada muito antes. Na verdade nas mesas de negociação, dias antes, tinha ficado acertado que aquele lugar não entraria nos futuros acordos de paz. Ou seja, Israel topava e topa trocar terras por paz sim, menos a cidade Santa, Jerusalém, e principalmente o lugar mais sagrado de sua fé, o monte do Templo. Isso óbiviamente criou um profundo ódio nos Palestinos.
São os reis, os princípes, os presidentes que, mal acessorados ou não, ditam quando e como uma guerra irá ocorrer. E por mais contraditório que isso possa parecer constato: guerras trazem divisas. Ganham para destruir um País e depois ganham novamente para reconstruí-lo. Por isso Bush sai agora, dando lugar á Barak Obama, sendo apelidado de "o Senhor da guerra". A crise pegou os americanos, mas será que seus líderes estão duros?

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Reunido, á portas trancadas, em uma sala da Basílica, estavam dois proeminentes Bispos que se opunham á certas medidas das anunciadas pelo Pontífice:
- Ele já decidiu quando vai fazer? - Indagou o Sacerdote mais velho quase sussurrando.
- Não, ainda não.
- E o que ele te disse:
- Que talvez precise de um pouco mais de tempo para se decidir.
- O restante do corpo eclesiástico já sabe disso?
- Creio que ainda não.
- O que acha que ainda o detém?
- Talvez dinheiro. Quero dizer a falta dele.
- Humm...
- Acredita que uma nova guerra seje inevitável?
- Acredito. Tanto acredito que penso que somente o mundo inteiro será o limite para esta ambição."

sábado, 10 de janeiro de 2009

Fugindo da realidade


Você já parou para observar que além de lutarmos pela sobrevivência diária também fazemos coisas para fugir da realidade? Isso pode até parecer óbvio para certas pessoas, mas para a maioria creio que não. Fazem movidas pelo inconciente. Na verdade possuem disfunções, traumas, complexos e outras características depressivas que, de uma forma ou de outra, os conduzem á viverem fora da realidade. Parece ser mais fácil acreditar no irreal do que pôr os pés no chão e assumir a nua e crua realidade de suas vidas.
Lembro-me muito de um amigo, já falecido. Ele queria sempre estar por cima, contar vantagens, vangloriar-se, estar no top. Certo dia apareceu onde eu estava. Eu assistia á um concerto de rock, que era transmitido pela TV, em video-tape. Sabendo, ou imaginando o que eu diria, ele se antepôs e disse: "Ah, esse show eu assiti ao vivo no meio do povão!" Dai pensei cá comigo: "Bem se ele assitiu ao show desse cantor deve ter sido então em outro País, pois nunca esteve no Brasil." Mas antes que eu pudesse me expressar ele adiantou-se novamente, querendo, como dizem na gíria: "tirar onda", e falou em alto e bom tom: "Foi, eu vi esse show sim. O desse cara ai(não sabia nem dizer o nome do cantor) e daquela banda do Fred Mercury. Ano passado eles se apresentaram no Rio, no Rock in Rio, na Apoteose."
Bem, para não me alongar, depois de pesquisar para certificar-me ainda mais, observei que na lista dos cantores que se apresentaram no Rio de Janeiro, naquele ano citado, nenhum daqueles cantores haviam estado lá.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"- O que foi pai? - Indagaram eles.
- Um senhor, eu creio que era da minha idade, disse-me das histórias de São Brandão.
- Eu vi quando ele se aproximou do senhor. - Disse o filho caçula.
- Vocês já ouviram?
- Não. - Responderam.
- Pois então, esse santo navegou pelo mar até os confins da terra e encontrou a ilha da felicidade!
- É mesmo,... Que incrível! - Exclamaram eles estasiados.
- Sim, é verdade. - Respondeu-lhes o pai também feliz com a novidade.
E prosseguiu:
- Lá o sol nunca se põe... As frutas deixam as pessoas mais jovens... As águas do rio tiram as doenças... As serpentes têm na testa um olho de esmeralda e as folhas das plantas para serem carregadas são necessários vários homens!
- Oh!
-... Um anjo apareceu para São Brandão e pediu para que ele retornasse e contasse essas maravilhas. Isso não é fabuloso?
- Sim, sim."

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Alegria, alegria, alegria...


Bom é estar alegre, feliz e radiante. Bom é estar de bem com a vida, rodeado de boas notícias, de amigos, com saúde, dinheiro e amor. Bom é estar sentindo o cheiro de esperança no ar. Aliás, esperança tem cheiro? Talvez não tenha, como nós conhecemos de outras coisas que exalam seus perfumes, mas ela, a esperança, quando existe em seu coração, traz sim um novo aroma á sua vida. Nesses dias de guerra e de luta pela sobrevivência a esperança talvez seja o sentimento mais importante que nos faça acordar no dia seguinte com disposição e vontade de virar o placar desse cruel jogo da vida.
Pecisamos de boas notícias. Precisamos ouvir, ver e receber boas notícias. Por menor ou até insignificantes que sejam, com certeza, trará luz ao seu coração. É justamente o oposto dos telejornalismos atuais. É também o contrário das manchetes dos maiores jornais impressos em circulação do nosso País. Por isso absorva conteúdo, mas acima de tudo absorva conteúdo de boas novas, de renovação, de paz, de harmonia... Algo que lhe traga um sorriso no rosto.
Ah, quem me dera pudesse transmitir boas notícias todos os dias. Sei que faria muita gente feliz. Bem, talvez as boas notícias que tenho para dizer não sejam á que todos queiram ouvir... Mas ainda assim seja feliz.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Enquanto elas faziam estes felizes comentários Joana apareceu no alto do último degrau, começando a descê-los devagar.
Talvez o suave e maravilhoso cheiro do bolo tivesse atravessado os imensos corredores e á feito levantar mais cedo, ou quem sabe a notícia que Elvira tinha trazido á fazia despertar-se tão rápido?
Não tinham como saber, apenas elas perceberam a leveza com que Joana caminhava e sorria.
Ela está diferente! Pensou Elvira.
Instantaneamente todas elas saberiam o motivo de tanta alegria e esperança no andar e olhar de Joana.
Ao terminar de descer a longa escada, depois de ter levantado e se banhado, ao por seu pé na cozinha, logo notaram também que ela tinha a face totalmente renovada. Via-se novamente o brilho em seu olhar, e um largo sorriso em seus lábios traduzia a esperança do seu coração.
- Bom dia! E então, vamos ou não vamos á Burgos hoje? - Disse Joana em tom radiante.
Todas olharam para ela espantadas. Uma pausa e um longo silêncio fizeram.
Depois disso Dona Nuna foi a primeira a abrir a boca e dizer:
- Calma minha prima querida. Temos que esperar seu marido arrumar um responsável para acompanhar-nos nesta viagem.
E acrescentou:
- Lembra-se do que ele disse:
“Eu permito que você vá, inclusive queria poder ir também, mas estarei muito ocupado por estes dias em uma viagem á Roma. Só prefiro que espere um pouco até eu encontrar alguém com experiência para que possa me representar”.
- Sei, sei. É que estou ansiosa. Espero que ele encontre alguma pessoa suficientemente responsável, pois estou louca de vontade de ir rezar aos pés do meu santo. - Disse Joana cantarolando logo em seguida coisas não compreensíveis para as amigas."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Quer adquirir o livro: Quem és tu Domingo?


O livro, por enquanto, pode ser adquirido das seguintes formas:
Em CD = o valor ficará entre 45,00 e 50,00, dependendo da cidade e do custo de correio.
Em ofício = o valor ficará entre 100,00 e 120,00, dependendo dos custos de impressão.
Em e-mail = o valor ficará em 45,00
Em News Letters = valor á combinar, pois o interssado poderá adiquirir alguns capítulos (5 no mínimo), recebendo por e-mail ou CD, e ir comprando o restante aos poucos.
Entre em contato pelo e-mail: marcosshabat@oi.com.br ou se preferir ligue: (21) 2743 6133 e peça já o seu.
LEMBRANDO SEMPRE QUE ESTE LIVRO ESTÁ REGISTRADO NO EDA(escritório de direitos autorais), E TAMBÉM JÁ ESTÁ SENDO ANALISADO POR ALGUMAS EDITORAS PARA POSSIVELMENTE VIR A SER PUBLICADO.

Um milagre


Quando se pensa sobre Deus, pensa-se em milagres. Afinal de contas, Dele provém todas as coisas, por que não um milagre então? Aliás, exitem religiões que baseiam sua fé somente em milagres. O cristianismo por si só, apenas existe com essa infinidade de denominações por causa dos milagres que seu "fundador" um dia realizou nas Terras de Israel. Milagres, milagres... Será que hoje, ou mesmo no passado, existiram tais milagres? Ou isso faz parte apenas do imaginário das pessoas? Seja como for, quando se busca algo além do mundo material, busca-se conseguir milagres, bençãos, curas, emprego, dinheiro, amor, felicidade, paz...
Com tanto ceticismo e descrença em nosso meio parece inimaginável que possam ocorrer novos "feitos extraordinários" diante de nossos olhos. Um conhecido meu até me disse uma certa vez: "Se existissem milagres, que nem essa gente prega, não haveria mais nenhum doente internado em hospital."
Ele tem razão. Com tanta gente orando, pregando, criando novas religiões em cada esquina, é fato que os hospitais, salas de cirurgia, sanatórios, clínicas, centros de reabilitação e outros órgãos médicos, estariam entregues ás moscas. Por isso digo que crer em algo superior é muito mais do que ficar de braços abertos esperando por um milagre.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"Ainda na cozinha a preparar todas as delícias que comeriam durante grande parte da noite, Dona Nuna, virando-se para trás, de repente falou:
- Elvira venha até aqui preciso falar-te um pouco.
Ao ouvir seu nome ser pronunciado ela tomou um susto de início, pois desde que se pronunciara no quarto nenhuma delas havia lhe dirigido a palavra ainda. Durante todo o resto da tarde ficou pensando se havia dito alguma besteira gigantesca.
- Pois não Dona Nuna, o que foi que a senhora quer?
- Vamos até lá em cima, é particular.
Maria e Joana intrigaram-se com aquilo, afinal de contas segredo especial entre elas era coisa que não existia.
Do lado de fora, no vergel, ou terraço, ao lado do torreão do Castelo, no imenso pátio cheio de bancos de madeira e com um lindo jardim ao fundo, Dona Nuna foi logo perguntando:
- Escuta, é verdade aquilo que você disse quando Joana estava chorando lá em cima no quarto dela?
Elvira agora era quem estava sentida, mas assim mesmo respondeu:
- Sim.
- E como soube disso?
- Ué, a Senhora já se esqueceu que moro lá. Eu estive em minha casa e pude presenciar uma multidão. A cidade de Burgos está recebendo um número cada vez maior de peregrinos e visitantes á cada nova semana. Todos querem ser agraciados com uma benção do santo. Parece que aconteceu algum novo milagre, ou ainda é o resultado daquele que aconteceu á tempos atrás. Só vendo a curiosidade do povo, uma loucura.
- Ouvi dizer algo á respeito. Mas o que aconteceu lá foi milagre mesmo Elvira? - Indagou Dona Nuna á respeito de um famoso milagre que havia ocorrido meses antes.
- Sim, todos viram! Um rapaz teve sua perna restabelecida de tudo!"

domingo, 4 de janeiro de 2009

PROBLEMAS e problemas...


Existe uma música de um grupo de rock, do qual gosto bastante, que diz assim: "Todo mundo tem problema, se você falar de mim eu digo o mesmo de você... Resolve o meu problema ai, todo mundo tem problema..."
Agora pense, isso é mesmo uma verdade. Todo mundo tem problema. Apenas o tamanho e importância deles é que se diferem. Quando ouço duas "madames" conversando sobre seus problemas me dá vontade de rir. "Ah, meu cachorro quase não tem passeado na rua por causa dessas ultimas chuvas. Só de pensar nisso quase não tenho dormido."
Ou então certas jovens moças, cheias de vaidade, quando contam seus "terríveis" problemas umas as outras: "Estou tão assoberbada hoje. Ainda não fiz minha unha. Como poderei ir á festa?" E a outra, bem arrumada, de unha feita, argumenta: "E eu, que ainda não consegui comprar aquele vestido que te mostrei. Você acredita, estou sem roupa para poder ir."

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"- Calma minha amiga, estou aqui para te ajudar. Sei que está triste e esse abatimento deve-se pelo fato do seu filho não andar não é mesmo?
Com a pergunta, na mesma hora Joana chorou.
Abraçando-a, tentando consolá-la, Maria fazia o papel da verdadeira amiga que se condói com o problema do próximo.
- Ele é um menino tão lindo, - disse Maria, - você não deve se sentir assim.
Tentando conter as lágrimas que rolavam abundantemente pelo seu rosto, Joana deixou finalmente escapar aquela angústia, choramingando e soluçando:
- Eu... Eu... Sou amaldiçoada!
- Não diga isso!
Fez-se uma pausa.
- O meu... - prosseguiu Joana, - Menino é... É um aleijado, e eu sou uma péssima,... Mãe.
- Não fale mais isso. Não diga uma coisa dessas. Deus poderá castigar você.
Joana parou de expressar-se daquele jeito e enxugou as lágrimas.
Mas apesar de não dizer mais nada ela ainda soluçava muito. As duas abraçaram-se comoventemente e Joana voltou a chorar. No fundo Joana não se sentia uma incapaz, mas como não conseguia resolver a deficiência do menino sua frustração tendia a aumentar. O dinheiro que possuíam de nada servia para este fim. Seu filho menor tinha uma doença incurável."

sábado, 3 de janeiro de 2009

A grande Igreja


Esses dias assisti á um documentário que mostrava em detalhes o interior da Basílica de São Marcos, em Veneza. É uma obra arquitetônica fabulosa, cheia de detalhes, obras de arte, pinturas raríssimas e ornamentos decorativos cobiçados por muitos. A estrutura é tão monumental que os visitantes que frequentam anualmente o local ainda pensam ser de mentira, pois a imponência do prédio religioso, que hoje funciona apenas como um museu, é tão rico em detalhes, e é tão conservado, que parece mesmo ter saido de um conto de fadas. Até mesmo Napoleão, quando invadiu aquela cidade, deteve para si algumas peças, como os quatro cavalos que ficavam na fachada. Hoje em dia apenas se encontram ali réplicas, os originais ficam muito bem guardados em uma sala de restrito acesso.
Ah, o dinheiro do povo... Como se fez coisas com o dinheiro do povo...


Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"- Quero dar minhas contribuições, - disse Joana, - aonde posso por o dinheiro?
- Ah, sim. Venha comigo, o gasofilácio hoje está atrás do confessionário. - Disse o coroinha.
Andaram até lá, deixando os demais devotos saírem sem o cumprimento do Padre ou mesmo do ajudante.
Ao se aproximarem do gasofilácio, Joana retirou do interior de uma sacola, que trazia consigo, dezenas de moedas de prata para depositá-las. O jovem mancebo nunca havia visto tanto dinheiro em sua vida. Ao ver aquela enorme quantia logo arregalou os olhos, espantado.
- Pode deixar as ofertas aqui. - Disse ele deixando transparecer um sorriso agradável em sua face.
- Obrigado rapaz."

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Como foi sua festa?


A raça humana é festeira por natureza. Faz-se festa por quase tudo. Celebra-se nascimentos, aniversários, casamentos, bodas, em em alguns Países até mesmo a morte não é vista com tanta tristeza, já que fazem uma espécie de coquetel com comida e bebida para que os parentes, e o prórpio defunto, se sintam confortáveis diante deste momento de separação.
Existem também as festas religiosas. Estas por sinal tomam grande parte do nosso calendário. Ainda mais se este lugar for comandado pelas leis de Roma, dai então certamente você terá diversos motivos para celebrar. Isso sem esquecer de mencionar as tais datas próprias para a diversão do comércio, como: Páscoa, dia dias das mães, dos pais, das crianças, da padroeira, natal e por que não dizer o ano novo. Festa, festa, festa... Quanta festa! Até parecem que se importam com sua alegria. Talvez queiram fazer com que se sinta mais feliz, não?...
Deus também gosta de festas. Gosta tanto que determinou algumas delas para que observássemos. Cito algumas aqui: Yom Kippur (dia do perdão); Pessach(livramento do Egito); Shavuot(entrega da Torah no Sinai) e Sucot(festa das cabanas).
Então, sem querer estragar seus distintos e inimágináveis motivos para comemorar, recomendo, com carinho, para que da próxima vez que você for celebrar algum feriado ou alguma data festiva, principalmente as religiosas, que procure indagar, descobrir e até mesmo se certificar se aquilo que se está festejando é mesmo para se festejar.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"- Engraçado, eu nunca vi um tecido tão lindo como este lá na minha cidade. - Disse a moça que tinha vindo de uma outra região, enquanto examinava algumas peças.
- Talvez seja porque esta feira ainda não passou por lá. - Respondeu Joana D’aza.
- Acho isso pouco provável. Minha cidade é maior do que esta. Feiras tradicionais deveriam ser realizadas por lá durante o ano todo.
As feiras de negociantes eram comuns nos Reinos Espanhóis, assim como nos Condados Romanos e em outros Reinos. A palavra feira vinha do latim e significava festa. Festa essa que agora a cidade de Joana era brindada por recebê-la.
- Não fique assim amiga. Em breve estes mesmos mercadores estarão perto de sua casa. - Disse ela.
Províncias como La Rioja, e Navarra, que ficam á Leste e Nordeste respectivamente, tinham fronteiras e comercialização conjuntas com o Reino de Castela e Leon. Feiras de comércio de alimentos e roupas era uma tradição entre estes povos.
Viviam-se dias de relativa paz na região á leste do Douro. Em todos estes lugares a vida era pacata, e esta era a grande vantagem de se morar em lugares como estes. Pois não se envolviam em problemas políticos e nem nas guerras, comum nos grandes centros, mantendo-se desse jeito longe de problemas na maioria do tempo.
A cidade de Caleruega estava viva. Cheia e movimentada com o vai e vem dos vendedores e compradores."