domingo, 29 de março de 2009

O caixa forte da arrecadação


Porque não se pode vender produtos piratiados? Porque cigarros vindos do Paraguay não podem ser comercializados livremente aqui no País? E quanto á certas drogas, porque ainda são proibidas? Resposta simples e talvez conhecida pela grande maioria: por que não pagam impostos.
Quando vejo alguém manifestando-se contrário em realação a legalização da maconha e de outras drogas fico cá com meus botões pensando: "Ué, mas e as drogas que são diarimente adquiridas e consumidas nas centenas de drogarias? Porque será que essas podem ser comercializadas sem problema algum?"
Certa vez fui ainda mais ousado e disse: "Eu não conheço ninguém que não se droge!"
Todas as pessoas, invariavelmente se drogam com algum tipo de substância. Quer seja para curar um resfriado, uma simples dor de cabeça ou uma dor na coluna; todos tem de se dopar. Sem falar nas drogas legais, tais como: a cerveja, o whisky, o cigarro, o vinho, a vodka... Estas podem, estas dão lucro para o "Leão"...
Isso me revolta, pois todas essas pessoas que são presas como interceptadores, traficantes, muambeiros, "mulas" e etc, são, por pior que possa parecer, são apenas trabalhadores buscando sua sobrevivência. Elas tentam, ao seu modo e jeito, uma maneira de ganhar a vida.
Não estou aqui justificando as coisas ilícitas. Não, não é isso. Apenas questiono que quando se paga imposto pode e quando não se paga não pode. Na verdade o Governo não está preocupado com a sua saúde ou com a sua segurança, mas sim com os seus cofres. As taxas e impostos lançados sobre a população é assunto para debates desde que me conheço por gente. E quanto mais discutem mais taxas e sobretaxas nos lançam em cima.
Pode ter certeza de uma coisa: Quando eles(os governantes) conseguirem organizar um modo de captar os recursos(dinheiro) dos traficantes de uma maneira "oficial" e "legalizada" dai você irá encontrar alguns artigos inusitados nas prateleiras dos supermercados. Espere e confira.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Mesmo trabalhadores de outras profissões como mercadores, comerciantes, ferreiros e outros, sofriam com o mesmo excesso de taxas e a falta de condições apropriadas de trabalho e sobrevivência. Suas vontades e progresso ficavam á cargo dos seus senhores vassalos, que por sua vez, apenas cediam às terras em troca de pagamento e em nada mais os ajudavam. Algumas casas com melhores condições de moradia eram concedidas pelos senhores no interior do Castelo, que ao final da colheita ficavam com quase tudo que era produzido, devido às dívidas acumuladas durante o período de entressafra.
A sociedade estava dividida em classes totalmente distintas de poder e importância. O Clero era formado pelos religiosos pomposos e providos da chamada “autoridade Divina”. Já a Nobreza continha os senhores feudais, os Condes, os Duques e todos os outros donos de terras e riqueza. A classe plebéia é que sofria as conseqüências dos desmandos de seus líderes. Sendo a maioria em número, esta classe apenas participava da produção agrícola no campo e servia para executar os pagamentos de taxas abusivas.

sábado, 28 de março de 2009

Falou o que não devia...




















Quando dizemos algo, emitindo uma opinião sincera, podemos alegrar ou ofender alguém.
Recentemente o Papa, líder da Igreja cristã, proferiu sua opinião á respeito do uso de preservativos. Ele disse: "A solução se encontra em um despertar espiritual e humano, e na amizade para com os que sofrem".
O pontífice ainda defendeu que: "a fidelidade e a abstinência são as melhores formas de combater a doença, ao invés da larga distribuição de camisinhas".
Se pensarmos pelo lado ético, moral e religioso da questão veremos que ele não está de todo errado em afirmar tais coisas. Uma mudança de comportamento, profunda e com bases sólidas, melhoraria e impediria que esta terrível doença continuasse se lastrando pelo mundo afora.
No entanto, as declarações causaram espanto em alguns ativistas que dizem que o uso de preservativos é um dos únicos métodos comprovadamente eficazes de combate à doença. E não ficou só nisso. O pronunciamento de Bento XVI gerou um terrível mal estar na sociedade Francesa. Como irônica resposta imediatamente lançaram camisinhas com a foto do Papa, e os dizeres: Eu disse não.
Isso demonstra claramente como uma notícia ou uma opinião diversa pode acarretar transtornos inimágináveis. Quem, em sã consciência, imaginaria que um dia veria o rosto de um Papa no rótulo de um preservativo?

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
- Essas malditas cruzadas não só incomodam á mim, mas á todo o Clero, ao povo e á vocês também! Estas lutas são uma infâmia, um absurdo e um verdadeiro desperdício de dinheiro e vidas!
Fez uma pausa, e depois pediu desculpas pelo jeito grosseiro com que respondeu á indagação do aluno.
Voltando á se recompor, sem dar detalhes particulares sobre seu ódio e repulsa das lutas no Oriente, Vittini lembrou-lhes do que havia sido a segunda expedição dos cruzados ao Oriente. Prestem atenção, disse ele:
-... O beato Eugênio III, juntamente com São Bernardo de Clairvaux, no ano de 1145, incentivou o povo á luta... Um nova luta,... Inimigos, guerras,... Novamente os Muçulmanos.
Fez uma outra pequena pausa.
Ele agora narrava com emoção, e prosseguiu assim:
- Lembro-me como se fosse hoje; a notícia, alastrando-se em Roma, de que o Condado de Edessa havia caído nas mãos do inimigo. Isso causou um mal estar terrível...

quinta-feira, 26 de março de 2009

A inigualável natureza


Bom é louvar (agradecer) á Deus todas as manhãs por sua bondade e a noite por sua fidelidade!
Qual a melhor coisa da vida? - Pergunto.
Você poderia me dizer, respondendo, que a melhor coisa da vida é isso, aquilo ou aquilo outro. Com certeza os chamados bens materiais entrariam nesta lista. Mas por acaso você já se deu conta de que as coisas de que realmente mais ansiamos nesta vida não podemos ver, tocar ou pegar com as mãos? Paz, por exemplo, todos á desejam e ninguém consegue trancar em um cofre. Saúde, outro exemplo, todos precisam e ninguém consegue armazenar em um armário. Felicidade, quem não quer ter? Mas ela também não é um produto que está á venda. E assim é com o amor, o sossego, a harmonia, a , a verdade e a esperança.
A humanidade anseia por estas simples coisas não palpáveis, mas que são de um valor inestimável. Na vida que lhe foi concedida, com a belíssima natureza de pano de fundo, com toda certeza existe e sempre existirá a oportunidade para que eu e você venhamos a nos encontrar com estes tesouros invioláveis.
Então, quando você parar em meditação apenas agradeça, pois a melhor coisa desta vida é a própria vida.
OBS: Este é um dos passos básicos para que as riquezas acima citadas lhe alcançe.


Trecho do livro: Quem és tu Domingo?

Com os raios de sol que adentravam as janelas dos quartos, amanhecia um outro belo dia nas proximidades do Castelo de Gundemaro. A suave brisa daquele amanhecer demonstrava as belas coisas da natureza. As andorinhas voavam pelos jardins. As codornizes faziam seus ninhos no topo das árvores, enquanto que as aves de rapina comiam os restos dos frutos caídos no chão.
No quarto principal da família Gusmão as parteiras empenhavam-se em seu trabalho.
Era o dia 24 de Junho de 1170.
Finalmente, antes que todos os outros empregados do Castelo, ou os filhos de Félix pudessem acordar, um choro saiu pelos corredores. Nascia o mais novo membro da família Gusmão.

domingo, 22 de março de 2009

Enquanto você trabalha eu descanso


- Tarefa dura, tarefa difícil essa! - Diz uma empregada qualquer, após realizar todo seu serviço de faxina.
- Nossa, como trabalhei hoje! - Diria um jardineiro qualquer, assim que pôs as ferramentas de lado.
Enquanto isso o patrão dorme tranquilo e sossegado em seu quarto.
Cena comum essa. O rico paga e o pobre trabalha pelo dinheiro. O rico tem todo tempo do mundo para fazer outras coisas, ou simplesmente para fazer nada. Já o pobre, com o tempo comandado, apenas tenta cumprir suas obrigações diárias. Isso é assim mesmo. Natural que seja assim. O que não pode, e infelizmente acontece, é aquele indivíduo que, muitas vezes sendo tão pobre quanto você, lança um fardo maior sobre seu semelhante do que ele mesmo suportaria.
Exemplifico, explicando.
Certa feita um sujeito, já de meia idade, conversava com uma mulher á respeito de um rapaz que conheciam:
- Ele trabalha no dia em que todos estão de folga? - A mulher indagou, admirada.
- É, ele trabalha sim... Mas só vai até uma ou duas da tarde. - Disse ele com desdém.
- Humm... - Ela achou interessante e murmurou, e depois manteve-se observando o rapaz trabalhar, enquanto o outro sujeito se manifestava novamente:
- Ele está trabalhando hoje, mas é só hoje. Amanhã você não o verá por aqui.
O rapaz de quem falavam estava próximo, debaixo de um sol escaldante, pegando no pesado, e logo percebeu que falavam dele. Naquele momento teve vontade, ele me disse depois, de entrar naquela conversa e indagar: "E o senhor, por acaso já fez alguma coisa anteontem, ontem ou hoje?" Mas preferiu manter-se quieto e trabalhando. No dia seguinte lá estava o rapaz de novo, na lida, debaixo do sol, enquanto o linguarudo e difamador estava sei lá aonde; na cama talvez.
Portanto uma lição podemos aprender disso. Não exija dos outros mais do que você mesmo pode fazer. Pimenta no dos outros é refresco; mas experimente colocar no seu também para ver se refresca.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Geralmente Félix fazia as honras da casa. Ele havia convocado mais empregados para as tarefas de arrumação dos quartos e da cozinha, e com isso, podia receber á todos com imenso prazer e felicidade. Seu irmão Antônio Gusmão já não se encontrava ali junto deles, mas, antes de partir deixou uma carinhosa mensagem para Joana, desejando-lhe sorte. Já as amigas da felizarda Joana não se distanciavam momento algum.
Todos os dias era a mesma coisa, o Castelo ficava cheio de pessoas. Havia comida e vinho em abundância para todos. Peregrinos de todos os vilarejos vinham desejar saúde e paz para os familiares e principalmente para a mãe do aguardado bebê. A notícia do prometido nascimento da criança, revelada em uma novena, disseminara-se como erva daninha, chegando ao conhecimento de ricos e pobres.

sábado, 21 de março de 2009

As marionetes de auditório


Já notaram que quem manda geralmente fica por trás dos bastidores? Já observaram que aqueles que nós muitas vezes admiramos como pessoas eloquentes, como apresentadores ousados, que não tem papa na lingua, que dizem o querem sem medir consequência, na verdade são paus mandados dos poderosos?
Um dos únicos donos de emissora que conheço, e que mostra a cara, é o Silvio Santos. Ele comanda seu canal de TV e ainda apresenta alguns programas, fazendo brincadeiras e palhaçadas. No mais, neste e em outras emissoras, o que se vê são funcionários, empregados e artistas que realizam este tipo de proeza.
Pode até parecer liberdade, direito á livre opinião, autonomia, mas os homens e mulheres que vemos diante da tela são na verdade marionetes de auditório. Alguns deles fazem tão bem este papel que se vendem, se corrompem e até mentem para agradarem ainda mais aos seus superiores. É claro que existem aqueles que, por preço nenhum, perdem sua postura e descência para virarem instrumento de manobras políticas de quem quer que seja. Mas, para tristeza da raça humana, não são poucos os que, por um simples cargo político, por qualquer vantagem finaceira ou proposta de ascenção, vendem sua alma ao "diabo", em busca de poder a qualquer custo.
Quando eu era criança gostava de ver aqueles teatrinhos de fantoches. Juntava-me á uma turminha só para me divertir. Nós riamos das besteiras que eram faladas. Riamos das palhaçadas que os bonecos faziam. Ficávamos extaziados e impressionados de como aqueles brinquedos, presos á finíssimas linhas, se movimentavam e agiam. Não sabíamos como aquilo era feito. Como era possível seres inanimados possuirem vida. Mas na verdade, porque éramos inocentes, o que nós não sabíamos era da existência de truques, de técnicas de manuseio e principalmente dos profissonais que ficavam por detrás daquele minúsculo espetáculo. Eles sim é que faziam tudo acontecer.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
- Um dos maiores bastardos reformadores que já se viu transitar aqui em Roma, durante recentes Pontificados, foi Arnaldo de Bréscia, não foi?
Esses meus educandos estão sabendo mais e mais á cada dia. Pensou Vittini.
- É verdade jovem. A Igreja e o Papa da época sofreram muito com esse sujeito. Ele quase conseguiu o que queria. - Respondeu Ambrósio Vittini.
E acrescentou:
- Vou deixar bem claro para quem ainda não ouviu falar desse sujeito. Esse rapaz havia nascido na Lombardia e desde que veio á Roma quis executar uma reforma no poder da Igreja Católica, e para isso liderou um movimento...
- Que movimento foi esse? - Indagou um outro aluno interrompendo seu Mestre.
- Era isso que eu ia dizer agora.
Houve risos entre os aprendizes.
- Não tem problema, seguimos. Bem,... Há sim, neste movimento empreendido por Arnaldo de Bréscia, ele pretendia ver reduzido o poder temporal do Clero e reforçado o poder Municipal. Tudo isto para ver encurtado o poder Episcopal ás custas de um Senado forte com políticos eleitos pelo povo e munidos de total autoridade. O que ele queria na verdade era expurgar o poder da Igreja, eliminando-a, e dar total autoridade ao Senado e seus políticos. Já pensaram se ele conseguisse isso, o que seria de nós? Nos transformaríamos em meros fantoches!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Eu quero é novidade...


- Temos hoje uma novidade pra você! - Diz um vendedor de produtos tecnológicos de uma grande e conceituada empresa, que normalmente você está acostumado a vê-lo anunciando outras coisas pela televisão.
Dai, mesmo que você não queira comprar nada naquele momento, sua atenção é repentinamente tomada para aquele inusitado anúncio. Por se tratar deuma novidade você para e assiste o que aquele profissional da venda tem de novo para oferecer. As vezes, e isso ocorre com muita frequência, nem se trata de uma grande novidade assim. Mas só pelo fato dele ter usado este termo (novidade) você fica estático, ansiando por alguma coisa realmente nova.
Geralmente é assim. Como seres humanos curiosos que somos queremos e desejamos o que há de mais novo no mercado. Isso é considerado normal. É inerente á todos este sentimento. Queremos saber para depois adquirir ou mesmo podermos contar as tais novidades para os nossos amigos e conhecidos.
Sabe quem morreu? Adivinha quem veio morar aqui na cidade? Você viu a promoção que aquele supermercado está fazendo? A Sony lançou um DVD de última geração! Sabia que o técnico Dunga convocou aquele atacante do time Holandês?... E por ai vai. São todas notícias fresquinhas, portanto são novidades para quem ainda não sabe.
Mas, atenção: Mesmo coisas antigas, arcaicas, ditas ultrapassadas por causa da modernidade, podem muito bem serem consideradas extremamente novas. Vai depender do nível de conhecimento e curiosidade que você possui.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
- Ainda vou embora hoje mesmo. Preciso retornar para a minha Igreja em Gumyel. Só que antes disso gostaria de ser o primeiro a lhe dar uma notícia. É sobre uma importante coisa. Espero que você goste.
- Diga-me o que é? - Félix prosseguiu com rancor em sua voz, - Nestes últimos dias só tenho tido tristeza. Minha mulher vem me evitando mais e mais. Ainda por cima fiquei longe dela por inúmeros dias consecutivos e quase á perdi. Espero que o que você tenha para me contar seja realmente agradável.
Se bem conheço meu irmão, ele ficará feliz quando souber... Sim, ficará.
- Bem, para não dizer que nós só trouxemos notícias ruins, tenho uma novidade agradável para você. Algo que o tornará jovem e feliz novamente.
- Que novidade é essa afinal? Diga, anda logo!

domingo, 15 de março de 2009

Blá, blá, blá...


Você gosta de ser enrolado? Creio que não. Ninguém gosta. Mas tem gente que deve gostar, ou pelo menos parece que gosta. Pois existem pessoas que falam, falam, falam e nada dizem. E para estes enrolões existe o público que o assiste passivelmente. Já notaram isso?
Existe enrolação de tudo quanto é tipo. Seu patrão pode querer te enrolar quando o assunto é aumento de salário. Sua mulher pode querer também te enrolar quando o assunto é sexo. Seu marido pode te enrolar no que concerne á melhoria na casa, no corte da grama, na lavagem do carro, etc.
Até mesmo o Padre da paróquia, ou o Pastor de sua Igreja, podem te manter sem a informação devida, caso queiram que você seja apenas um simples membro mantenedor das obrigações sacerdotais. E dai vão "enganbelando", arrumando estratégias de mantê-lo na ignorância.
Mas as enrolações podem ter proporções muito maiores que essas já citadas. Enrolar, embromar, fazer de conta, contar lorotas, enfeitar, despistar, na verdade é uma atitude de quem nunca, mas nunca mesmo, irá contar a verdade. Quando você vê um político dissertando em público, rodeando, rodeando, rodeando, é porque ele, na sua habilidade de enganar, quer apenas iludí-lo, ao invés de adentrar fundo nos problemas da comunidade ou de seu governo. Até mesmo porque o ato de muito falar não é a melhor forma de explicar o que está oculto.
Todo assunto, todo debate, todo questionamento, toda dúvida, requer uma resposta direta e objetiva. E bom é que seja assim. Direta, sem rodeios, sem disfarçe e sem mentiras.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
-... Encontrei um forasteiro que me ajudou.
- Benedito, - disse o Papa interrompendo-o novamente, - quero ouvir coisas importantes, chega de rodeios.
- Desculpe Eminência. É que achei que seria interessante passar a vossa Senhoria que fui acolhido por um estranho morador, que se dizia Ateu.
Lá vem ele com delongas.
Sem notar que a face do líder da Igreja estava encolerizada, Benedito prosseguiu sua narrativa:
- O tal milagre tinha superlotado aquele vilarejo,... Foi quase impossível ficar sozinho para falar com o tal Padre ou Reitor, como queira. Bem, sei lá o que ele era direito, acho que era Padre. Foi tanta confusão que não me lembro mais direito o que ele era...
Nem eu, ufa! Quanta enrolação. Vai ver que não anotou nada do que está dizendo. Pensou o Pontícife.

domingo, 8 de março de 2009

sorria, você está vivo!


Nesses dias turbulentos e difíceis que vivemos, com anúncios de crise mundial, de economia em baixa e de desemprego por todo o canto é mesmo difícil manter a simpatia e o sorriso no rosto. Ás vezes nem nos damos conta disso. Estamos andando de um lado para o outro com a cara fechada, sérios e pensativos, tão compenetrados nos problemas e nas dívidas que mal conseguimos nos lembrar de que é preciso sorrir. Mas sorrir de quê e para quê? - perguntariam alguns.
Na verdade sorrir é um ato que, quando praticado, faz bem para executa e melhor ainda para quem vê ou o recebe. Sorrir á toa não, mas deve-se sorrir, sim, por lembrar-se que a vida é bela, que a natureza é linda, que o ar que você respira é escencial e está ai todos os dias, que os animais coahitam e coexistem de maneira ordenada, que as plantas, os céus, as estrelas, a lua, o sol e tudo o mais que existe estão ao seu redor para lhe trazer motivação e renovar a esperança em dias melhores e mais pacíficos. Portanto você deve sorrir não para esse ou para essa, mas pelo simples fato de ter vida em você e na sua casa: o planeta terra.
Sorrir, ser simpático, não é ser zombeteiro. Longe disso. Sorrir, apesar das dificuldades que se tenha, das arguras causadas pelo cotidiano inerte ou laburioso, das dores e dos males que possa atravessar seu caminho, é, nada mais, nada menos do que irradiar luz na escuridão.
Por isso, sempre que puder ou se lembrar, sorria.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Durante a refeição nada disseram sobre o assunto. Desde que haviam chegado evitaram fazer um festejo sobre a novena. Comemoraram apenas o retorno. Desviavam a conversa. Preferiram matar as saudades. Os sorrisos foram por outros motivos e assuntos. Disfarçaram bem, não deixaram transparecer nada.
Agora as mulheres estavam no quarto do casal junto com os meninos.
Sentados no sofá, sozinhos no salão, estavam apenas Antônio e Feliz Gusmão.
- Meu irmão cadê aquela alegria que transbordava durante o jantar? - Perguntou Félix estranhando a fisionomia do irmão mais velho.
- Não sei Félix, não sei.
- Mas foi tudo bem, não foi? Ou você quer me dizer algo?
Antônio Gusmão não sabia se devia ou não contar. Se devia não sabia como começar.

sábado, 7 de março de 2009

Cidade cheia


Como as cidades estão cheias de gente! Não há mais espaço para nada! É fila pra tudo! Tem fila no banco, na casa lotérica, nos órgãos privados que cuidam da nossa luz e da nossa água, nos pontos de ônibus e principalmente nos supermercados. Arranjar vaga para o automóvel? Ah, isso então é impossível!
Essas e outras reclamações semelhantes são muitos comuns de serem ouvidas durante os dias de semana. Basta você ter de enfrentar uma dessas filas e com certeza lá estará alguém soltando o verbo, reclamando da precariedade dos atendimentos e da falta de estrutura do município. Tudo o que gostariam, na verdade, era que a cidade onde moram se desenvolvesse com o mínimo de equilíbrio e organização.
Quem é morador de cidade pequena, da roça, dos subúrbios distantes, não sabe o que é isso. Ainda bem. Sorte sua. Fique onde está. Não queira participar desse verdadeiro caos urbano. Quem teve esta experiência ou viu sua cidade crescer desordenadamente lembra hoje com nostalgia dos bons tempos de outrora. Cidade cheia é cidade cheia sim, mas de problemas...

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
- Rapazes!
Todos o olharam fixamente.
- Não quero lhes enganar... - continuou agora com mais veemência, - A verdade é a seguinte, Roma tinha que atrair o máximo de voluntários possíveis, e o meio que encontraram foi esse; o de dar indulgências. E isso acabou sendo uma saída para um grave problema aqui na cidade.
- Qual? - Perguntaram.
- A quantidade de pessoas em Roma era enorme, e como quase todos eram cavaleiros, acabavam guerreando e combatendo entre si mesmo. Aliás, ainda hoje é assim. Enfim, havia lutas internas: Romano contra Romano, Ocidental versus Ocidental. Isso eliminava a paz. Vários homens, que poderiam muito bem estar lutando contra um inimigo em comum, que não fossem eles mesmos, perdiam suas vidas e tempo duelando-se. Era terrível.