sábado, 24 de dezembro de 2011

ISSO, SIM, QUE É LÁGRIMA DE CROCODILO...


Comoção pela morte de Kim Jong-il é genuína, diz embaixador brasileiro na Coreia do NorteSegundo Arnaldo Carrilho, o país está 'encoberto em luto profundo'

Pouco se sabe sobre a República Democrática Popular da Coreia. O país, de 24 milhões de habitantes, é um dos mais fechados do mundo e, por isso, é frequentemente alvo de análises subjetivas. Exemplo disso é que após a morte do líder Kim Jong-il, no sábado (17/12). As cenas de norte-coreanos chorando nas ruas levantaram a dúvida se eles estariam realmente emocionados. Mas, de acordo com o embaixador brasileiro em Pyongyang, Arnaldo Carrilho, que vive na capital há mais de um ano, o clima é de genuína consternação com o falecimento do “Grande Líder”.

“A Coreia do Norte está encoberta em luto profundo. Kim Jong-il era visto com admiração, especial carinho e respeito”, contou Carrilho em entrevista por email ao Opera Mundi. Segundo ele, os questionamentos de alguns países do Ocidente sobre os rumos tomados pelo país incomodam os norte-coreanos, especialmente aqueles vindos da imprensa, que é vista como “uma injunção do imperialismo ocidental”.

Carrilho também explicou que o culto à personalidade do líder falecido e de seu pai, “Fundador da Pátria, o Iluminado Kim il Sung”, como é chamado o ex-governante, pai de Jong-il, faz parte da cultura coreana, “a ponto de conviver bem com o stalinismo (1945-53)”, o que foi interrompido pela ocupação norte-americana no Sul.

Com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, a antes ocupada Coréia foi divida, com o Norte sendo administrado pela União Soviética e o Sul pelos Estados Unidos. Após a saída da URSS, a reunificação se encaminhava, mas a consolidação do regime de Syngman Rhee no Sul, com o apoio dos EUA, acabou com as esperanças. Em 1950, teve início a Guerra da Coréia, com os dois lados querendo a reunificação sob seus respectivos governos. Tecnicamente, os dois países permanecem em conflito.

As informações desencontradas no Ocidente, conforme explicou Carrilho, se devem ao fato de que não há correspondentes internacionais na Coréia do Norte e questionamentos, como a veracidade do choro da população, são comuns. “Esse tipo de informação é colhido em praças inimigas da RPDC (República Popular Democrática da Coréia), logo, suspeitas”, disse.

Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18699/comocao+pela+morte+de+kim+jong

Comoção, essa é a palavra de ordem na Coréia do Norte. A morte de seu líder culminou com uma enorme manifestação pública de dor e pesar de seus habitantes pelo passamento de Kim Jong-il (1942/2011). De forte personalidade, imbuído de um altruísmo fora do comun, Kim Jong aprazia-se do culto á sua personalidade e não admitia qualquer tipo de oposição. Talvez, por isso, tenha governado seu País por tanto tempo, creio que 19 anos.
Ele foi, sem dúvida alguma, o líder mais totalitário e, porque não dizer, autoritário que nossa geração já viu. Lembro-me de ter visto várias reportagens sobre esta figura emblemática Norte-Coreana - sempre em conflitos e desacordo com os Países do Ocidente -, principalmente os EUA. Por ter ficado do lado Comunista, suas divergências com o Tio Sam eram grandes.
Por ser um País muito fechado - bota fechado nisso, rsrs - pouco se pode dizer dessa gente do "olhinho puxado". Na reportagem do Opera Mundi isso fica bem claro. Lógico que, para ele ter chefiado o País com mão-de-ferro, com "floreszinhas" é que não foi, né? Quantos ele não deve ter mandado matar, hein?
Kim Jong-il nem de longe parece ter sido uma pessoa fácil, de hamabilidade, de fino trato, de bons diálogos, de ética e de bondade. A cara dele - apesar de todo oriental parecer-se - não passava uma coisa boa. A tensão era nítida em seu semblante. E o fato da Coréia estar sempre envolvida em boatos, sobre ter adquirido tecnologia para construir a bomba atômica, isso rescaldava neles lá e em nós aqui, causando um verdadeiro furor diplomático. É disso que lembro deste líder Norte-Coreano.
Pouco, não?
Lógico que é pouco. Não vou aqui querer dar uma de entendido sobre uma cultura tão distante e, digamos, discreta, para o resto do mundo. O fato que me chamou a atenção nem foi a morte deste misterioso chefe de Estado. Na verdade, para ser ainda mais sincero, quem realmente notou algo de singular, de estranho, nas manifestações públicas na RPDC, foi minha esposa. Ela alçou sua voz da sala, e disse: "Hi, os Coreanos estão fingindo que estão chorando!" E eu, do computador, no outro cômodo, indaguei: "O quê foi?" E ela prosseguiu de lá mesmo: "As pessoas só choram quando a câmera passa por eles"...
Dai, achei engraçado.
Ué, quer dizer então que até nisso o povo de lá é manipulado, orquestrado e orientado?
"Chorem! Quando filmarem vocês, se atirem no chão, gritem, esperneiem, pulem, manifestem-se, para que o mundo saiba o quanto nosso chefe era querido"...
Rsrs...
Será que era querido mesmo? Será que aquela gente toda estava fazendo teatro? Será que eram lágrimas falsas, de alegria ao invés de tristeza, as tais famosas lágrimas de crocodilo? Hummm... O Embaixador brasileiro disse que não, mas de qualquer forma fica a dúvida.
Não foram poucas as cenas que minha mulher viu a respeito disto. E olha que ela roda tudo quanto é canal televisivo, hein! Eu mesmo vi pouca coisa. Baseei-me no relato dela para postar. Isso que é confiança, né? Tolo eu. Mas, revendo os coreanos chorando, quase que chorei também...

Ah, e só para não passar em branco esta enfática data do calendário Gregoriano, desejo á todos OS CRISTÃOS, rsrs, um ótimo dia do SOL INVICTUS, uma excelente SATURNÁLIA, e um feliz SOLSTÍCIO.

Já para os Judeus, tais como eu, CHAG SAMÊACH CHANUCÁ!

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 18 de dezembro de 2011

LAN + TAN = LATAN


















A LAN Airlines S.A. (LAN), sediada em Santiago, Chile, e a TAM S.A. (TAM), com sede em São Paulo, anunciaram que assinaram um memorando de entendimento, não obrigatório, que esboça suas intenções de unir suas empresas em uma única entidade controladora. A união da LAN e da TAM criará um novo grupo latino-americano de linhas aéreas que oferecerá viagens facilitadas e serviços de carga na América Latina e no mundo. O nome da nova empresa, já ventilado - e não poderia ser diferente - será LATAM Airlines Group, que incluirá a LAN Airlines e suas subsidiárias no Peru, Argentina e Equador; Lan Cargo e suas subsidiárias; TAM Linhas Aéreas S. A.; TAM Mercosur e todas as propriedades da LAN e da TAM. Tanto a LAN como a TAM continuarão operando com os certificados e marcas existentes. Cada empresa aérea manterá seus respectivos escritórios em Santiago e São Paulo.

O novo crescimento viabilizado pela transação resultará em novos destinos, mais oportunidades para funcionários de ambas as empresas, criando mais valor para os acionistas; e promovendo desenvolvimento econômico e criação de empregos nos países de origem das companhias aéreas e naqueles onde atuam. O novo grupo estará entre os maiores grupos de companhias aéreas do mundo em termos de tamanho, lucratividade e alcance de mercado. A transação está sujeita ao fechamento de um acordo definitivo e satisfação das condições de ambas as partes, incluindo aprovações coorporativas, dos acionistas e dos órgãos reguladores.
Fonte:www.latamairlines.com

É, a globalização chegou nos céus, quem diria...
Esta nova sociedade comercial, do ponto de vista teórico, fará com que nenhuma destas duas grandes empresas exista mais individualmente, dando lugar para que uma "nova empresa" exista, sem a predominância de nenhuma das duas antigas. No campo das idéias, apenas, parece ser um bom caminho o que estas empresas se põem a realizar. Se fundem, ganham força no mercado externo, cortam custos, ampliam clientela, encorpam, tornam-se gigantes em seu ramo, enfim, tudo "lindo e maravilhoso"...

Nós já presenciamos várias e várias fusões. Eis alguns exemplos:
Em 1999, a união entre as cervejarias Brahma e Antarctica deu origem à Ambev e incluiu o país na era das empresas gigantes.
Em 2000, a jovem AOL uniu-se à tradicionalíssima Time Warner. A maior fusão da história do capitalismo mudaria a história para sempre. A empresa resultante deste ajuntamento já nascia como a quarta mais valiosa do planeta.
Já em 2009 a montadora Porsche anunciou o processo de fusão com a também alemã Volkswagen, que já detinha a maior parte das ações da fabricante de carros esportivos e de alto luxo. Com isso, o novo grupo passou a contar com dez marcas: Audi, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Scania, Seat, Skoda, MAN, Porsche e Volkswagen.
Tivemos também a união entre o Itaú e o Unibanco, só para citar alguns casos...

Dai, depois de presenciar mais um anúncio de "casamento empresarial", fico cá com meus botões encafifando - aliás, como sempre faço: Será que o mundo caminha, sem volta, para esse fim? Seria esse o arremate de toda grande corporação? Estaríamos presenciando uma nova era, onde os "tubarões" engolem os demais "peixinhos" e reinam absolutos sem concorrência?
Parando um pouco para pensar, isso é algo, lógico, fruto da tal da globalização, mas meio sem nexo, não acham? O sujeito tem uma idéia. Acende sobre sua cabeça uma lâmpada. O cara então vai e monta um pequeno negócio - seja ele qual for. Com o passar do tempo este micronegócio desenvolve-se e cresce. Uma marca surge entre as tantas já existentes. Muito trabalho, dedicação, transpiração, investimento, expansão e o sucesso vem. Os lucros também acompanham esta trajetória. Tudo muito digno, laborioso, de dar orgulho, de criar inveja e tudo naqueles que ficaram pelo caminho... Mas, como sempre tem que ter um mas, a nova empresa - as vezes já não tão nova assim - começa a passar por dificuldades. As encruzilhadas da vida tratam de por esta pessoa jurídica em novos e árduas desafios: crescer ainda mais ou apequenar-se? Investir, expor-se em outros mercados ou inferiorizar-se e perder terreno para outras companhias mais ousadas? Enfim, vencer os adversários, os rivais, os antagonistas - aqueles que querem justamente a fatia maior do bolo - ou contentar-se, cedendo terreno, prestígio, praça e lucros? E como o mercado corporativo não perde tempo e nem brinca, logo, logo aquele novo empreendedor sente-se com a faca no peito.
O que fazer?
Muitos nesta hora sucumbem. Outros, que tentam avançar, acabam engolidos pelos opositores maiores. Só uma pequena parcela galga degraus mais elevados e sem mantém entre aqueles detentores do pódio mercadológico. É briga de cachorro grande e somente para cachorro grande.

Como vimos fusão é diferente de incorporação. Fundir-se, unir sua empresa á uma outra, é compartilhar de uma nova sociedade, é disputar um outro tipo de queda de braço. Já incorporar-se é vender-se, é aceitar a derrota, é baixar a guarda, enfim, é render-se, aceitando "qualquer coisa" em troca para deixar o caminho livre para o seu concorrente. Mas não sejamos ingênuos. Também na fusão alguém vencerá o duelo. Também neste novo nincho de mercado alguém sairá ganhando e, logicamente, alguém sairá perdendo. Uma marca perpetuar-se-á, enquanto que a outra cairá no longíquo esquecimento. Vide Itaú e Unibanco. Quem ai se lembra do Unibanco, hein???

Existe até uma piadinha básica sobre o mundo corporativo, que sintetiza bem a realidade destas fusões:
O porco e a galinha conversavam na fazenda, quando a galinha sugeriu. “Podemos montar uma empresa de produtos de café da manhã para concorrer com a vaca. Eu entro com os ovos e você com o bacon e com o presunto, o que acha?”. O porco ficou animado e logo eles acertaram os termos do negócio. Depois de um tempo ele ficou preocupado e foi conversar com a galinha. “Eu só não entendi uma coisa. Os ovos você bota numa boa e pronto. Para fazer o presunto e o bacon, eu preciso morrer”. E a galinha respondeu: “Isso é uma fusão”.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 11 de dezembro de 2011

A REFORMA JÁ COMEÇOU...





















Bem, antes de focar no tema por mim proposto, devo uma "ligeira" satisfação para aqueles que liam e gostavam de minhas postagens. Á muito que não venho por estas bandas, rsrs...
Realmente passou muito tempo. Tempo este que serviu para que eu também sentisse saudades de escrever no blog. Sem desculpas esfarrapadas ou qualquer outro artifício, apenas digo que andei bem ocupado, bem atarefado de trabalhos. Não que eu não esteje ainda. Mas, como já foi citado, senti que deveria retomar esta empreitada. Terei então que me organizar melhor, arranjar tempo e ânimo para, 1 vez por semana, pelo menos, escrever sobre algo que, em meio a tanto noticiário, me sobressaltar os olhos durante os 7 dias que se seguirem.

Dito isto vamos em frente.

Lei que prevê cirurgia plástica a mulher agredida vai para sanção presidencial.
As cirurgias serão de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais públicos ou conveniados.
Mulheres vítimas de violência poderão fazer, sem custos, cirurgia plástica para reparar sequelas ou lesões causadas pela agressão. É o que prevê o projeto de lei que foi aprovado hoje (8/12) na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Como foi aprovada em caráter terminativo, seguirá para sanção presidencial.

De acordo com a Agência Senado, as cirurgias serão de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais públicos ou conveniados. No momento em que receberem as mulheres vítimas de violência, hospitais e centros de saúde pública deverão informá-las sobre a possibilidade de acesso gratuito à cirurgia plástica reparadora. Para isso, será necessário apresentar o registro policial da agressão.

O responsável por hospital ou posto de saúde que não observar a regra poderá receber multa de dez vezes o valor do seu salário mensal, perder a função pública e ficar proibido de receber incentivos fiscais por quatro anos.

Segundo a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora do projeto, o direito à reparação de sequelas decorrentes de agressão já está garantido na Lei Orgânica da Saúde, mas precisava de lei específica porque, em geral, costuma ser ignorado pelos gestores públicos. Muitas unidades de saúde enxergam o procedimento como supérfluo por envolver questões de cunho estético, de acordo com a senadora.
Fonte: Isaude.net

Sem brincadeira nenhuma, quando ouvi esta notícia me deu vontade de rir. Aliás, ri muito. Ri, não porque seja sacanagem, sátira ou qualquer outro tipo de anedota. Ri pelo simples fato de que, já que o Governo, a Polícia, os órgãos competentes, etc, não conseguem impedir - mesmo com a existente LEI MARIA DA PENHA - que mulheres sejam agredidas pelos seus cônjuges, que sejam maltratadas, humilhadas e esbofeteadas, então - numa forma de "dar uma satisfação á sociedade", concede-lhes, deste jeito, a elas, as mulheres, o mínimo - olhem que eu escrevi mínimo mesmo - direito de repararem seus corpos, suas faces, seus órgãos, para assim não ficarem tão deformadas como vinham ficando...

Será que é essa a reforma que os políticos vem pensando em fazer? Rsrs... Lógico que não! Reformar a cara de mulheres agredidas não é e nem nunca foi ponto de discussão e debate naquele puteiro, chamado de Congresso Nacional. Isso não gera tantos debates, polêmicas e interesse...
Como citado na matéria, a LEI JÁ EXISTIA! Só que ninguém cumpria. Então criaram um tipo de emenda á lei orgânica de Saúde, para assim - quem sabe - possa ser finalmente cumprida.

Fico cá com meus botões, pensando se este tipo de lei será benéfico ou maléfico. Sério. Será que com isso as mulheres não irão apanhar ainda mais? Como disse para mim mesmo quando ouvi esta nota no rádio: "É, agora que a mulherada vai receber porrada mesmo." Rsrs...
De certa forma isto aprovado, oficializado, posto em prática pelas autoridades, dará mão a palmatória para a agressão familiar entre casais. Tipo assim: bate que a gente conserta. Arregaça que depois a gente tapeia com uma argamassa qualquer. Escangalha a fuça da patroa pra depois ela fazer uma recalchutagem...

Ser pobre é foda mesmo. Mulher pobre só tem direito a fazer cirurgia plástica se chegar no hospital toda arrebentada. E detalhe, elas deverão estar devidamente documentadas com B.O. (Boletim de ocorrência), no caso aqui o de agressão.
Quer dizer, primeiro deverão se dirigir á Polícia, fazer o registro, depois dar entrada no hospital - e imaginem vocês, no SUS - e aguardar. Quanto tempo? Só Deus sabe...

Pelo jeito muitas delas, senão todas, ficarão do mesmo jeitinho que estão, raladas, marcadas, cheias de manchas roxas, quebradas, surradas, prostradas e abatidas, esperando que outra lei seja sugerida, votada e aprovada pelo famigerado grupo de DEputados, a fim de defendê-las. Pobres mulheres...

SHALOM ALEICHEM

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conflitos no Oriente prosseguem...



















Na semana que passou alguns acontecimentos foram notícia no mundo. Finalmente o Presidente do Egito "largou o osso"; a crise humanitária se extendeu por outros Países Árabes, e o "Ronalducho" (Ronaldo fenômeno) despediu-se do futebol.

Eu poderia ter postado sobre qualquer um destes temas. Mas ao invés disso não bloguei. E adivinhem por quê? Simples, meu computador deu pau de novo... Ô computadorzinho de quinta esse o meu, hein? rsrs... E hoje, se estou postando algo é porque faço de um laptop da minha querida cunhadinha.

Bem, dito isto, vamos avante.

Os acontecimentos no Oriente Médio se intensificaram. No Iêmem - pequeno País Árabe, onde sua população é de maioria Muçulmana - os conflitos aumentaram e o número de mortos crescem a cada dia. Na Argélia, Líbia e Bahrein (Países vizinhos do Egito), seguindo o exemplo e a "moda" atual, diversas outras manifestações populares alertaram as autoridades e provocaram o caos nas ruas das principais cidades destes Países. Numa espécie de efeito dominó a sociedade Árabe civil organizada, os estudantes e diversos trabalhadores do mais variados setores se enganjaram nesta "luta pela liberdade de expressão" e justiça.

Como havia postado na semana anterior me parece que os cidadãos adeptos do Islã abriram os olhos, acordaram, sairam do "túmulo" da inércia e resolveram fazer com que suas vozes fossem ouvidas, que seus protestos chegassem ao conhecimento de todos. Depois de séculos de silêncio e de submissão, o povo Muçulmano - numa espécie de revolução daqueles que adotaram o Corão como livro sagrado - elevou seu clamor, empunhou armas brancas e unido foi para as ruas na ânsia de ter finalmente seu desejo atendido. E esse desejo maior é o de justiça. Cada cidadão içou-se ao máximo para fazer com que seu direito seja não só ouvido, mas sim atendido.

No fundo não sei se tal procedimento funcionará, se trará frutos benignos. Não há hoje como afirmar se tais revoluções populares acarretarão em algum benefício coletivo, se trarão melhorias consistentes para o bem comum. Também não se pode ainda dizer se pelo fato de se tirar um Ditador do poder e colocar outro grupo ou regime no comando - sendo este grupo, regime, ou o quer que seja, algo minimamente confiável - enfim, se essas mudanças solicitadas transformarão o quadro político e social de cada País, e com isso melhorarão as coisas para o povo em geral.

No Egito o Presidente deixou-se ceder pela pressão e saiu do cargo. Com saldo de mais de 360 mortos o que os Egípcios esperam da vida com tal mudança? Ninguém sabe. Será que agora haverá emprego, melhores salários e justiça social? Humm... Fica a dúvida.

Muitas das vezes troca-se o sistema, troca-se os nomes e os homens do poder, e nada de concreto mesmo muda. O povo normalmente continua sendo sofrido, espurgado e explorado. Mal comparando, a desigualdade entre ricos e pobres abre-se ainda mais, tornando o abismo do Grand Cânion, como exemplo figurativo, numa pequena fenda quase invisível.

De qualquer forma vale á pena lutar. Vale á pena mudar. Vale, sim, expressar sua opinião, sua vontade, seu querer. Ainda mais sendo uma grande parte dos povos destas nações, que numa só voz externam seus pontos-de-vista e desejos, clamando por um Governo mais justo e igualitário.

O resultado disso? Só no fim se verá. Talvez daqui á alguns anos teremos uma implicação mais clara. No momento são só protestos, mortes, brigas, lutas pelo poder, troca de nomes nos cargos mandantes, etc... Enfim, uma declarada guerra civil contra o sistema que teima em imperar.

Meu desejo é que, independentemente das crenças e das mudanças que esse movimento popular acarretará, que os homens de bem assumam o poder, que dêem as mãos e que façam o que de melhor puderem pelos seus. E que assim, após fazerem o bem, distribuindo a renda, promovam a sonhada paz no Oriente.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A crise no Egito






















Bem, depois que meu computador mais uma vez foi "atacado" por vírus virtuais, me impedindo de postar na semana passada, cá estou de volta para comentar sobre a grave crise que assola o Egito.

A população civil de lá está insatisfeita com o Governo de seu Presidente, Hosni Mubarak - que comanda o País com mão de ferro a quase 30 anos - e pede mudanças já. O conflito estende-se por duas semanas, sem previsão de fim imediato, com o povo tomando conta das ruas e praças para protestar e realizar duros enfrentamentos contra a polícia. Grande parte do mundo Ocidental vê com apreensão o desenrolar dos fatos neste País do norte da África.

Mas, afinal de contas, o que acarretou essa grande crise social nas famosas terras das pirâmides?

Segundo especialistas e diversos cientistas políticos, este conflito civil Egípcio teve origem na Tunísia.

Em 17 de dezembro último, a corrupta polícia do regime Tunisiano confiscou o carrinho de mão, com frutas e verduras, de Mohamed Bouazizi. Este era o único sustento deste pobre rapaz, que com 26 anos, possuíndo o ensino superior, mas sem trabalho registrado, sobrevivia como ambulante. Bouazizi, desesperado pela perda, se banhou com gasolina e ateou fogo em seu próprio corpo. Ele até foi socorrido, mas acabou falecendo em 4 de janeiro, resultado das graves queimaduras.
Como consequência centenas de milhares de jovens sem trabalho e sem nada a perder tomaram as ruas, enfrentando a polícia com paus, facas e pedras. Barricadas foram feitas, impedindo o fluxo do trânsito, e provocando um tremendo caos nas principais ruas e Avenidas dos bairros mais populosos. As cenas de guerra civil posteriores já custaram a vida de mais de 100 destes bravos e revoltados jovens.

A morte de Bouazizi acabou se convertendo num símbolo, numa espécie de mártire contra a repressão. O descaso, o abandono, os maus tratos, os baixíssimos salários e as péssiams condições de vida do povo da Tunísia vieram á tona e estamparam diversas páginas de jornais, além, é claro, do noticiário televisivo e da internet. O mundo então se deu conta de que aquele regime - que comanda ditatorialmente o País a mais de 23 anos, e que anteriormente havia recebido elogios do FMI - nada mais fazia do que literalmente escravizar seus trabalhadores. Por isso que houve essa imediata identificação da classe operária, que submetida a décadas de Imperialismo, corrupção, autocracia, repressão, violação dos direitos humanos e desemprego, partiram para a luta armada.

O Egito é então, a "segunda estação" em que esta convulsão social desembarca.

Poucas vezes vi uma população tão insatisfeita com seu Governante, pedindo sua cabeça. Os gritos nas ruas ecoavam para todo canto, exigindo a imediata saída de Mubarak. Até um dia, sexta-feira última, após as rezas tradicionais Muçulmanas, havia sido escolhido como o DIA DA SAÍDA. Mas o Presidente, de 82 anos, com 30 de poder, manobrou pra lá, ajeitou pra cá, trocou o Primeiro-Ministro e o Vice-Presidente, desfez seu antigo Ministério, realizou na TV um discurso meia-boca, e por fim manteve-se no cargo, causando ainda mais ódio no povo e na oposição.

É, o poder deve ser algo muito bom mesmo, hein? Mesmo com tanta gente contra o sujeito ainda teima em prosseguir ditando as regras... Mubarak deve estar lá sentado no seu trono cantando "daqui não saio, daqui ninguém me tira", rs, rs...

Vendo tais notícias parece mesmo que o tal mundo Árabe está sofrendo uma terrível queda. Países como Marrocos, Argélia, Líbia, Sudão, Jordânia, Síria, Iêmen, Iraque, Arábia Saudita e Líbano, - com uma grande unidade histórica e cultural, - volta-e-meia dominados por governos ditatoriais que são submetidos ao imperialismo - parecem enfileirar-se para serem "a bola da vez" desta grave crise.

O "trem" da convulsão social apita ferozmente, buscando quem possa tragar...

Acho que a globalização vem mostrando para aqueles jovens Orientais do Islã que existe coisa muito melhor neste mundo do que ficarem submissos á um regime que proíbe a liberdade de expressão, que interfere diretamente na melhoria da condição de vida e que cauteriza as mentes, influenciando-os nocivamente a doarem suas vidas em prol de uma luta suicida contra o Tio Sam e Israel.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 23 de janeiro de 2011

REGIÃO SERRANA DO RIO CONTABILIZA OS PREJUÍZOS





















Pois é, passaram-se quase duas semanas da catástrofe causada pelas fortes chuvas e a região Serrana do Rio de Janeiro ainda é notícia.
Contam-se os mortos, procura-se pelos desaparecidos - que em breve farão parte do quadro daqueles que também perderam a vida - contabiliza-se os prejuízos, refaz-se as contas e calcula-se por onde começar a reconstrução.

O número de óbitos nas seis cidades afetadas (Teresópolis, Itaipava, Friburgo, Sumidouro, Areal e Bom Jardim) já passa da casa dos 800! O número de desaparecidos não tem sido muito noticiado, mas estima-se serem mais de 400. Ou seja, numa breve conta poderemos ter mais de 1200 mortos em toda a região! Número esse que ainda poderá aumentar, visto que as últimas escavações nos lugares devastados, o corpo de bombeiros e a defesa civil, juntos, somente tem encontrado pedaços de pessoas. São diversos braços, cabeças, pernas e membros mutilados, já totalmente desfigurados e podres, que tem sido retirados dos escombros. Por esse motivo, para tentar evitar mais comoção ou dramaticidade por parte da imprensa local, as recentes buscas tem sido mantidas na obscuridade.

Enfim, são quase 14 dias que já se passaram. Dias de muito luto e dor. Dias, principalmente para aqueles que foram envolvidos diretamente nesta tragédia, de total pesadelo. Sem parentes ou casas estes pobres sobreviventes tentam ainda encontrar forças para prosseguirem vivendo. De "pires na mão" eles aguardam ansiosos pelas autoridades. Enquanto isso os líderes de seus devidos Municípios se reunem á portas trancadas para elaborarem um "plano de ação conjunta", o chamado CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL, com a finalidade de ajudar as famílias dos desabrigados e dos desalojados, além de estabelecerem projetos de segurança pública e de infraestrutura na região Serrana, visando a prevenção contra possíveis fenômenos naturais que vierem a ocorrer.

Em contrapartida as vítimas desta tragédia, aqueles que perderam tudo o que tinham, não estão nada, nada satisfeitos com o que estão vendo e ouvindo.
Houveram muitas promessas.
O Governador do Rio, Sérgio Cabral, esteve aqui na Prefeitura de Teresópolis e "soltou" palavras ao vento, comprometendo-se com Deus e com o mundo, na ânsia de aliviar o sofrimento de toda essa gente que ficou no relento. O Prefeito daqui também em nada diferiu e "lascou" historinhas sobre reconstrução, nos microfones daquelas emissoras que lhe dispuseram atenção. E assim foi com a Benedita e até com a Presidenta Dilma. Mas na realidade, até agora, NADA DE CONCRETO FOI FEITO! E o povo, coitado e sofrido, triste e abatido, continua na fila de espera, aguardando...

Essa demora vai acabar causando um terrível mal-estar entre todos os cidadãos. Pois ninguém aguenta mais tanto descaso e desmando.

Lembro-me bem da última catástrofe que atingiu Teresópolis. Foi uma chuvarada que caiu e fez despencar parte do morro do Pimentel - uma populosa área pobre da cidade. Isso foi em 2002, se não estou enganado.
Pois bem, nesse bairro morreram "apenas" 14 pessoas. Algumas outras ficaram desalojadas - umas 50 famílias se tanto. De lá pra cá praticamente nenhuma dessas famílias recebeu qualquer tipo de ajuda do Governo. A única coisa que, digamos, o Prefeito da época tentou cumprir - a despeito de também ter prometido muito - foi construir umas casinhas de péssima qualidade, na ribanceira de um vilarejo afastado da cidade.
Conclusão: Nenhum morador quis povoar essas tais casinhas de "quinta categoria" e o lugar ficou vago. Só agora algumas pessoas "toparam" morar neste malfadado lugar. Quem? Justamente os desbrigados desta nova tragédia.
As casas atualmente precisam de reforma. Necessitam urgentemente de muros de contenção, pois ameaçam cair despenhadeiro abaixo. E precisam também de uma melhor infraestrutura para aquele lugar ser considerado um lugar digno para se viver.

Será que os engravatados homens do poder farão alguma coisa? Humm... Acho difícil.

Pois eles, os Governantes, parecem não aprenderem nunca com as más gestões anteriores, e repetem os mesmo erros. Continuam com suas vãs promessas, jogando no ar cifras e mais cifras astronômicas que virão sei lá de onde para reconstruirem as cidades afetadas. Primeiro falou-se que seriam necessários 80 milhões. Depois citaram o valor de 150 milhões, por causa das pontes e estradas que ficaram comprometidas. E, pasmem vocês, já se ventilou a possibilidade dos gastos extrapolarem MEIO BILHÃO DE REAIS! Isso porque precisariam concluir dezenas de obras, que na ótica deles, são indispensáveis para que a região Serrana volte a fluir como antes...

Só que na real mesmo, até a presente data, o que de fato os sobreviventes viram foi: água, colchonetes, comida e abrigo. Pouco se pensarmos no quanto se arrecada de impostos neste País, não acham? E receberam "issozinho" só porque foram DOAÇÕES VINDAS DIRETAMENTE DO POVO BRASILEIRO, DE UMA FORMA GERAL! Pura caridade e amor ao próximo. Dos políticos mesmo, receberam apenas pose, discursos vagos e promessas, muitas promessas...

Bem, vamos torcer para que os familiares e amigos dos desabrigados lhes dê algum tipo de auxílio substancial, para que assim eles possam sair do "fundo do poço" e retomarem suas vidas.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 16 de janeiro de 2011

TRAGÉDIA EM TERESÓPOLIS



















Cá estou eu, fazendo uma nova postagem, e uma nova postagem sobre enchentes...
Desta vez tentando transcrever o caos, a tragédia que se abateu sobre minha própria cidade, Teresópolis.

O que vejo por aqui é realmente um cenário de guerra. Ruas foram destruídas. Pontes foram arrancadas. Casas simplesmente sumiram de seus locais de origem. Bairros inteiros tiveram sua topografia alterada, e centenas de pessoas perderam suas vidas.

E imaginar que eu não queria mais postar sobre chuvas e enchentes...

Pois é, logo aqui na serra o caos se abateu sobre a população de uma maneira jamais vista neste País, pelo menos nesta proporção. Este fato já é considerado pela ONU como a DÉCIMA MAIOR CATÁSTROFE NATURAL DO MUNDO, E A MAIOR DO BRASIL! Já pensaram no que é isso?

Boa parte da cidade de Teresópolis, principalmente seu interior, literalmente acabou!...

E isso não foi só aqui. Friburgo e Itaipava, além de São José do Vale do Rio Preto, Areal e Sumidouro também estão sofrendo com esta catástrofe. Quem não se lembra, por exemplo, do teleférico da praça do Suspiro, em Nova friburgo. Muitos já devem até ter passado bons fins de semana ali. Pois é, aquele lindo lugar, com hotel, boliche e amplos lugares de lazer, pode-se dizer que já não existe mais. Todo o morro está condenado e embargado pela defesa civil. Na giria dizemos que as contruções que lá ainda estão, e que por sorte não cairam, estão "pendurados", á ponto de cairem... Isso sem contar os vários mortos, feridos, desbrigados e desajolados.
Tragédia...

Foram apenas 4 horas de chuva. Na última madrugada de terça-feira as "comportas do céu" se abriram com vontade, de tal maneira, que despejaram sobre a região serrana do Rio uma quantidade de água que era esperada para o mês inteiro! Choveu a cântaros! Trovões, raios e água, muita água desceu das nuvens. Foi aquilo que chamamos de CABEÇA D'ÁGUA, e que outros conhecem como tromba d'água. Enfim, independente da nomenclatura que se dê, o fato é que as nuvens "estacionaram" no sopé das montanhas, de bairros como Caleme e Campo Grande, e descarregaram suas águas com muita força. As imensas pedras, paus e árvores rolaram morro abaixo, levando consigo comunidades inteiras, transformando tudo num cenário de total destruição e desolação...

Ainda bem que o povo solidarizou-se. Toneladas e mais toneladas de alimentos, de roupas, de água potável, e outros utensílios, tem sido trazidos aqui para a cidade. As pessoas puseram literalmente a mão-na-massa e se ofereceram como voluntários, ajudando no que fosse preciso. Milhares de pessoas estão sem teto, sem comida, sem parentes, ou encontram-se feridos e abalados emocionalmente. Muitos perderam tudo. Os sobreviventes desta catástrofe ficaram simplesmente sem nada. Então coube aos cidadãos de bem - aqueles que sairam ilesos desta tragédia - em dar uma verdadeira demonstração de irmandade, de amor ao próximo, e ajudar. Pelo menos essa manifestação do povo Teresopolitano foi algo bonito de se ver, de engajar-se e de se sentir. O povo se uniu e abraçou-se como um todo. Este foi e está sendo nosso único consolo.

Não estávamos preparados para tal evento. Por isso o sofrimento é grande. Falta água em quase toda cidade, luz em alguns pontos e sinal de telefone em outros. Boatos foram espalhados, dando conta que um arrastão estava ocorrendo no centro da cidade. Pronto, foi mais pânico para a sofrida população. Os policias tomaram conta das ruas e Avenidas. A Marinha e o Exército mandaram parte de seus contingentes para cá. A Força Tarefa enviou seus homens. A cidade parou.

Como voltar a vida normal? Quando isso acontecerá? Como voltar a sorrir?

Para não perder o bom humor, mesmo em meio ao infortúnio, digo que de agora em diante temos lama para dar e vender... Quem quer uma pedra das montanhas para guardar de recordação?... Já até batizei esta estação de CHUVÃO. De agora pra frente teremos então: Primavera, CHUVÃO, Outono e Inverno... Como chove em Terê, puts...
E quando me perguntarem: - E ai Marcos, tudo bem?
Eu lhes responderei:
- Tudo bem, se não chover...

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Como sempre, enchentes e mais enchentes...


















A cada semana um assunto. A cada nova semana um tema para abalizar com análises pautadas sob minha ótica. Mas sinceramente, digo isto para vocês, leitores, eu não gostaria de estar postando e comentando sobre as recentes enchentes e tragédias - causadas pelas fortes e insistentes chuvas dos últimos dias - que aterrorizaram várias cidades do Brasil.
Isso porque, cá pra nós, é fato corriqueiro e comum. Todo ano é assim. Todo verão tem sido assim. Basta chover um pouco acima da média e pronto, a merd# está feita. Cai barreira ali, desaba barraco acolá e vidas se perdem com uma rapidez incrível. Eu mesmo, nesse tempo que tenho o blog, já devo ter postado umas quatro vezes sobre este assunto. Virou rotina.

Mas então porquê persisto em dar atenção á isso? - Perguntaria qualquer ávido leitor.

Confesso que a cada vez que sintonizava em um canal qualquer lá estavam as cenas das ruas que viravam rios. O tal do córrego Aricanduva então superou qualquer limite de cobertura jornalística. A todo instante eram mostradas imagens de carros boiando, e as pobres pessoas, coitadas - infelizes contribuintes e trabalhadores, descalçados pelo poder público - totalmente a mercê da fúria da natureza. Alguns morreram e outros tiveram sérios prejúizos.
E eu que havia postado na semana anterior sobre a chegada do ano novo, com uma vida nova, através de uma Presidenta no poder, uff, queimei a lingua e me frustrei nas exacerbadas expectativas...

Não adianta, fico indignado. É por isso que teimo em comentar sobre isso. E quem são os grandes culpados, adivinhem? Sim, eles, os governantes! Aliás, político só serve mesmo é pra gente meter o pau!

Praticamente todos os governantes estão distante do povo, distantes de suas responsabilidades, desligados completamente do que é ser um "servidor público" na acepção da palavra. Ou seja, nenhum deles sabe ou quer realmente saber e se inteirar sobre suas reais funções nos cargos que assumem. É um total descaso. E dai as anunciadas tragédias ocorrem ciclicamente.

Na minha cidade, por exemplo, o Prefeito danou a fazer "obras"(Pus obras entre parênteses porque na verdade são obras de enganação mesmo, obras "pra boi dormir", ou para fazer dinheiro rápido). Isso mesmo, obras eleitoreiras e enriquecedoras apenas para aqueles que as administram. O canteiro central - principal alvo de arrecadação em termos de obras para qualquer um que administra o município - ficou pior do que era, e não foi terminado. A cidade continua esburacada - agora ainda mais, já que grande parte das vias finalizadas foram mal feitas e por isso estão afundando com o peso dos ônibus e caminhões. Várias ruas estão sem iluminação, sem pavimentação, com galerias fluviais que ligam nada á lugar nenhum. Conclusão: Minha cidadezinha está mais feia, mais suja, totalmente maltratada e abandonada. Dai pergunto-vos: É essa a função do homem público?

Por esse desdém político é que nossas cidades estão do jeito que estão. Por isso as chuvas, quando dão o ar da graça, causam tanto pânico na população. E então advem a pior das constatações: Ninguém faz nada para mudar esse quadro. Muda-se os palhaços, mas o circo continua o mesmo...

E sendo assim nós continuaremos vendo ruas enchendo, carros e motos sendo perdidas nas correntezas, casas desabando em cima de famílias inteiras, lavouras sendo exterminadas do dia pra noite, pontes caindo, ruas afundando, barranco descendo e pessoas perdendo seus bens e as próprias vidas. Isso tudo e muito mais, graças a inércia e má vontade de nossos dirigentes. Lamentável.

Mas como tudo, tudo, tem um jeito...

Como não podemos contar com quem deveria, então que contemos pelo menos com a bondade da mãe-Natureza, fazendo com que o sol volte a brilhar em vários lugares desse nosso Brazilzão, para que assim possamos parar um pouco de ver tais tristes eventos.

SHALOM ALEICHEM.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano novo, Presidenta nova





















O ano novo chegou. Como sempre, houveram muitas comemorações, fogos e festejos. Um congraçamento de paz entre os povos do Ocidente, e de boa parte do Oriente, (afinal de contas este calendário na qual seguimos aqui é o que é seguido pela maioria) fez-se pelas ruas das capitais e até das cidades mais distantes...

A chegada de 2011 renova as esperanças. Faz com que cada ser reafirme sua vontade de vencer, torcendo para que este seje melhor do que o ano que ficou para trás. É como diz o ditado: ANO NOVO, VIDA NOVA.

E esta virada, este reveillon, trouxe realmente algo novo para nós, brasileiros: UMA PRESIDENTA, ISSO MESMO, UMA PRESIDENTE MULHER!

Finalmente uma mulher subiu ao posto mais alto do poder de nosso País. Enfim temos a presença feminina no Palácio da Alvorada, ditando as regras e dirigindo o destino do Brasil pelos próximos quatro anos.

Parabéns Dilma!

Você venceu o preconceito, a desconfiança, o medo e tantos outros traumas que á tanto estavam enraizados em nosso povo. Você venceu uma maioria esmagadora de políticos, comandada pelo sexo oposto. Lutou contra tudo e contra todas as possibilidades contrárias (pois além de ser filha de imigrante, também participou do oposicionismo na época da ditadura e sofreu com a prisão e com a violência, sendo submetida a enormes humilhações). Mas depois destas agruras e dor você sobressaiu e conseguiu subir á tona, mostrando a força, o dinamismo, a audácia, a capacidade, a astúcia e o saber da mulher brasileira.
Novamente dou meus parabéns!

Agora, depois de laurear um pouquinho, vamos á algumas "maldadezinhas"...

Cá pra nós né, Dilma só venceu as eleições porque tinha um cabo elitoral daqueles, não é mesmo? Com o Lula fazendo campanha e servindo de "escada", até eu seria eleito! rs,rs...
E fica sempre aquela dúvida: Como será o Governo dela? Será, pelo menos, igual ao do seu antecessor? Ou, pela situação impar á que o País foi entregue, será que ela não se perderá e fará doces e belas cagadas? Quem se atreve prever o futuro, hein?

Bem, deixando as suspeitas de lado, o fato é que torço, sim, para que ela cumpra um excelente mandato. Tomara mesmo que Dilma nos surpreenda favoravelmente. A tirar pelo discurso de posse, eu posso dizer, sem medo de errar (olha eu ai, tentando fazer previsões), enfim, posso lhes dizer que será um Governo de muita paz e sossego. Digo isto, pois me atrevi ver tal evento na íntegra. E para minha "grata" surpresa, aquele tedioso blá, blá, blá - pautado na imensa quantidade de folhas amarelas que ela tinha levado para o Congresso, a fim de lê-las - causou-me sono, muito sono. E dai meus olhos foram fechando, fechando e fechando, até que finalmente dormi, calmo e tranquilo, recostado no sofá da minha sala, ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ...
Depois fiquei sabendo que o tal discurso durára exatos 40 minutos. Uau! Acabei perdendo o momento mais aguardado: Dela recebendo a faixa do Ex-Presidente, puts!
Ainda bem que existem vídeo-tapes e replays, nos mais diversos tipos canais tele-jornalísticos, e nas horas mais improváveis, ainda bem... Foi por esse ensejo que tornei-me também sabedor do ápice do discurso da Dilma: Quando ela fez referência aos companheiros de luta, os da época da repressão - o qual era provocado pela autocracia do sistema político vigente - e que acabou causando muitas baixas na população. Vários "parceiros" seus, agora, não podiam estar ali no centro do poder da Capital brasileira para assistirem sua inédita, improvável e até impensável posse.
Verdade.
Quando que eles, naquela época, imaginariam que uma mulher chegaria á Presidência? E logo quem?
Impossível.

Mas Dilma Rousseff chegou. Se candidatou e venceu, e liderará o País. Portanto viva o ano novo! Viva a nova Presidenta! Viva a Democracia, viva a República e viva o Brasil!

SHALOM ALEICHEM.