quinta-feira, 28 de maio de 2009

A morte


Existem muitos temas e assuntos dos quais o ser humano gosta de passar o tempo conversando. Fala-se sobre dinheiro, trabalho, profissão, casamento, namoro, casa, marido, mulher, cachorro, gato, vizinho, amigo, compras, vendas, passado, futuro... As pessoas procuram tratar dos mais diversos e controversos assuntos, a fim de inteirar-se da vida do próximo e da sua mesma no contexto em que vive.
Mas parece que um assunto não permeia as rodas de bate-papo. É visto como um assunto desagradável, deprimente e ruim. Muitos até, por sua presunção, orgulho, soberba e altivez exacerbada, pensam que poderão prosseguir do jeito que estão sem precisar se dar conta deste tal fato. Tem sido muito comum ver, ouvir e notificar que as pessoas estão tentando de tudo, de tudo mesmo, para evitar aquele mal pelo qual todo ser humano um dia deverá passar: a morte.
Isso mesmo, poucos são os que falam com naturalidade sobre a morte, principalmente quando o óbito a ser analisado, discutido e posto em questão é o seu próprio. Algumas pessoas estão se sujeitando a operações no coração e no cérebro para prorrogar a vida e se distanciar do fatídico encontro com a sepultura. Tentam remédios rejuvenescedores, tratamentos médicos, cirurgias, injeções, alimento sem contaminação e ginásticas, para se manterem mais sadias e fortes, a fim de viverem mais e mais...
Isso até me faz lembrar daquele dito popular:"Todo mundo quer ver Deus, mas ninguém quer morrer."
Porque será que a grande maioria das pessoas, além de não gostarem de falar sobre a morte, também têem medo de morrer? Porque? Seria o medo do desconhecido? Seria a preocupação de ter de dar conta de tudo que praticou na vida? Humm... Acho que cada um teria uma resposta bem diferente... Mas o fato é que ninguém, por pior que esteja vivendo, quer mesmo morrer.
A morte é gelada. A morte é mórbida. A morte é a morte. Para muitos é o fim de tudo. Para outros é o início. Perder um amigo para ela é algo terrível. Perder um pai, uma mãe ou um irmão dai então é o desespero total. Mas não fique com medo da morte, ela ainda vai fazer parte da sua vida também. Se você já chorou por alguns que se foram, console-se, pois da mesma forma alguém irá chorar quando você se for.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Os Cardeais e Bispos, juntamente com o Papa Clemente III, estavam apavorados como vespas em um vespeiro mexido por alguém. A fatídica e repentina morte de Ambrósio Vittini deixava uma lacuna nos alicerces da Igreja. Apesar de ser grande, na Igreja, o número de Clérigos, o falecimento dele foi sentido em todas as camadas Sacerdotais. Tanto em pequenas Paróquias, como nas grandes Dioceses, entre Padres e Monges, a morte de um dos mais experientes Cardeais era uma lástima muito grande. Justamente aquele que se recusara um dia ser Arcebispo, nem nunca se elegera para o cargo de Papa, estava agora sendo enterrado. Tinham-no como exemplo de amor á verdade. Suas palavras e seus ensinos precisariam de tempo para que a Igreja encontrasse um substituto á altura para suprir a falta que ele faria na mente dos alunos, dos cursos ministrados pelas Dioceses, em várias regiões que freqüentou enquanto viveu.
Um dos mais abatidos pelo falecimento de Ambrósio era, seu amigo e um dos seus alunos mais antigos ainda vivo, Frederico Fresi. Antes de dar seu último suspiro Vittini, finalmente, havia lhe contado o verdadeiro motivo pelo qual, durante o final de sua vida, mudara de opinião, e passava a não concordar com as guerras levantadas pela Igreja. Contou também do arrependimento que tinha de um dia ter proliferado palavras de ordem á favor da morte dos hereges.

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