quinta-feira, 21 de maio de 2009

O banquete


Esta semana houve o anúncio da fusão de duas grandes empresas do gênero alimentício. Os presidentes da Sadia e da Perdigão apareceram diante da imprensa para comunicarem o fato. Eles disseram que nada mudará. E se porventura mudar alguma coisa será para melhor. Pois pretendem - palavras deles - melhorar a qualidade de seus produtos, aumentar a produção e a diversificação, manter os preços sem aumento e competitivos no mercado interno e externo, e mais, sem executarem nenhuma demissão no quadro de funcionários. Ou seja, de agora em diante, após esta união empresarial, a mortadela, o chester, o presunto e outros derivados que você costuma levar para sua casa, para enriquecer a alimentação da sua família, ficarão ainda melhores, com mais qualidade, com mais variedade, com preços mais acessíveis, e além de tudo sem colocar nenhum pai ou mãe de família no olho da rua. Acreditou? kkkkkkk... Nem eu...
Sempre quando vemos notícias de empresas do porte da Sadia e da Perdigão realizando esse tipo de operação fica claro o seguinte: que o objetivo que buscam são principalmente dois:
1) Baixar custos e despesas. Isso inclui aluguéis, impostos, fretes, pedágios, custos de produção e de entrega, luz, água, e principalmente folha salarial.
2) Monopolizar o mercado. Isso refere-se que, trocando em miudos, anseiam eliminar qualquer tipo de concorrência, querendo com isso aumentar as exportações para também poderem ditar a regra sobre o preço de seus produtos internamente.
Portanto nada do que disseram é a verdade. O preço do que produzem tende a aumentar. E nem por isso a qualidade será obrigada a sofrer qualquer melhora. O que é certo mesmo são as demissões que este conglomerado irá provocar.
Isso sim não é nenhuma novidade. Já vimos isso outras tantas vezes acontecer. São as chamadas fusões corporativas. Aconteceu com a Ford e a Volks, com a Brahma e a Antarctica, a Time Warner que se uniu com á AOL, a Chrysler com a American Motors, etc. Dizem que é culpa da crise mundial. Pode até ser... Só que quanto mais isso ocorrer mais ainda faltará emprego, e principalmente faltará comida na mesa de mais e mais cidadãos.
Será então, lamentavelmente, cada vez mais raro vermos uma mesa "regada" com um delicioso banquete.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
A refeição foi apresentada. Funcionários da instituição encarregaram-se de servir todos os pratos. Carnes de várias espécies de animais, tais como javali, carneiro, faisão e porco foram postas á mesa. Legumes e ovos foram colocados em grandes bandejas para que todos comessem com fartura. Parecia, em parte, com as reuniões no Castelo. Taças de vinho foram servidas para todos os convidados. Era vinho vindo das melhores regiões de Castela. Até mesmo o vinho de pêra, comum apenas para crianças, era servido pelos mesmos empregados através de enormes cântaros.
Uma verdadeira festa Real estava armada.
Rápidas taças daqueles vinhos foram rapidamente ingeridas por alguns participantes. Nem parecia que, sentados ali, estavam três dedicados rapazes, através de muito isolamento e orações, tentando se esvaziar da concupiscência do mundo para adquirirem maior espiritualidade, a fim de enfrentar as tentações e provações da vida externa. Pois rapidamente perdiam o rumo durante aquele banquete. Félix ajudara a providenciar aquela enorme abastança para que os meninos relembrassem dos tempos em que viviam com ele em Caleruega.

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