domingo, 28 de junho de 2009

Festa de casamento


O ato de casar-se, de se juntar á um companheiro(a), de unir-se a uma pessoa diferente, de assumir um compromisso para o resto da vida, é algo realmente muito importante. É um passo decisivo na vida de qualquer um. Em qualquer cultura, em qualquer povo da terra, em qualquer nação, este é um derradeiro momento, tanto para os homens como para as mulheres. É algo sério, que envolve não só o casal como suas famílias, e até mesmo os amigos em comum.
Dizem os especialistas que o casamento é hoje uma instituição falida, dado o elevado número de separações.
Lembro-me bem do casamento de um amigo meu da época do ginasial. Ele era apaixonado pela namorada. Viviam juntos para tudo quanto era canto. Namoraram por bastante tempo. Tempo esse em que puderam se conhecer ainda mais. Suas famílias tornaram-se praticamente uma, de tão grande que era a afinidade que havia. A festa do casório foi pomposa. Dizem que gastaram uma elevada quantia - não vou dizer aqui quanto - para realizarem a cerimônia em uma afamada igreja. Tudo foi devidamente providenciado nos mínimos detalhes. A arrumação e decoração ficaram deslumbrantes. Haviam muitos convidados. Os doces e quitutes, além de terem sido produzidos em quantida assustadora, também estavam deliciosos. E o bolo então... humm... simplesmente fabuloso. Realmente foi um senhor casamento, com fotos, filmagens, carro de luxo para os noivos e tudo o mais.
Só que...
Infelizmente, para surpresa minha e de todos os colegas da classe, a noiva resolveu dissolver aquele pacto rapidamente. O divórcio foi pedido três semanas após esta linda data.
Não vou aqui culpá-los em nada. Mesmo se eles acabaram dando mais importância para a festa do que para a união em si. Se tiveram problemas de convivência, e que durante o período de namoro não veio á tona. Se eram muito novos e não estavam preparados para a responsabilidade, ou outra coisa qualquer. Nunca, nem eles e nem nós, entramos nesses pormenores. O fato é que a decepção doeu em todos. Mais neles, é claro, mas doeu também em todos aqueles que viram, desfrutaram e se deleitaram com aquela portentosa cerimônia.
Casamento não é conto de fadas. Casamento é dar as mãos e seguir unido até que a morte os separe, já dizia o mestre de cerimônia.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Pessoas elegantes eram vistos por todos os cantos da cidade. Homens da Nobreza e suas mulheres transitavam pelas acanhadas ruas do lugar. Reis e Rainhas acenavam para o povo, passando em grandes e belas carruagens. Condes e Duques também davam demonstrações de sua opulência para o pacato povo local, que em sua maioria mantinha-se indiferente com tudo aquilo. Padres e Sacerdotes, estes sim, reduzidos em número pela pouca influência da Igreja Católica na região, alegravam-se pela presença desses mesmos Nobres nas estreitas alamedas.
- Sejam bem vindos! Sigam em direção da nossa Paróquia para que possamos nos alegrar ainda mais com vossa presença, e assim façamos deste evento um grande acontecimento para todos, principalmente para Vossa Alteza. - Disse o principal Clérigo de Proulle, curvando-se, frente ao Rei Afonso que passava diante dele na mais bela carruagem.
De tudo, o que mais contrastava era justamente o lugar onde seria realizado o casamento. A Paróquia era uma construção humilde demais para tantos sublimes senhores. Além disso, não recebia uma reforma havia tempos. Seu aspecto era, por não dizer, horrível, acanhado e sujo para receber tais ilustres presenças.

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