quinta-feira, 25 de junho de 2009

O disfarçe


Um quadro que atualmente tem feito relativo sucesso na TV chama-se o impostor. Disfarçando-se de várias formas, para enganar seguranças e assim poder frequentar as festas mais badaladas á procura de famosos para poder cumprir suas tarefas, nas quais ele mesmo as chama de desafio, o tal ator mostra grande habilidade de persuasão e coragem. Auxiliado por um câmera-man e mais alguns produtores ele consegue cumprir o seu objetivo com relativo sucesso. Geralmente as metas estabelecidas são coisas banais, tais como entregar uma bola de futebol á um narrador, arrancar um fio de cabelo de uma top model, tirar uma foto ao lado de uma aniversariante famosa e assim por diante.
Mas uma coisa logo salta os olhos de qualquer um que vê esse quadro de um programa humorístico que vai ao ar em canal aberto todas as semanas: a fragilidade e a facilidade com que se "fura" um esquema de segurança.
Tudo bem, vá lá, eles estão brincando e fazendo pegadinhas inocentes com os participantes. Mas vocês já pensaram se alguém, com más intenções, resolve usar das mesmas artimanhas para praticar o terror? Que isso nunca chegue a ocorrer. Mas de qualquer forma fica aqui o alerta.
Talvez por isso que algumas tragédias já aconteceram ao redor do mundo. Basta lembrar do ataque terrorista na estação de trem de Madri. Ou da bomba que explodiu em Bali, na Indonésia. E o mais famoso de todos os ataques até os dias de hoje: o atentado ao World Trade Center.
Fatos estes que mostraram ao mundo que a segurança desses lugares não era tão segura assim. Os cuidados que os prédios e os lugares públicos recebiam, onde a frequência de público era enorme, não foram suficientes para conter a fúria e o ódio daqueles que professam e lutam pela destruição em massa.
Um disfarçe, por melhor que seja, não é perfeito. Uma capa pode cobrir o corpo, mas acabará deixando o rabo do lado de fora. Portanto é preciso não só conter e vigiar os paspalhões de plantão, mas sim cercar-se de todos os lados contra os "ratos" que se espreitam á procura de uma ou mais vítimas inocentes.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Eles haviam feito como tinham planejado. Em Turim nada realizaram de balburdia e confusão. A cidade era bem resguardada, por isso tiveram de se comportar como verdadeiros peregrinos. Agora Francesco Riva liderava um grupo de mercenários, disfarçados de Frades. As roupas adquiridas em Florença lhes caiam bem. E realmente pareciam religiosos fanáticos. Carregavam cruzes de madeira, usavam o hábito e capuz, portavam exemplares das Sagradas Escrituras e andavam pelas vielas da cidade de cabeça baixa para não chamar tanta atenção...
...Dispersando-se entre o povo, enquanto as carruagens recebiam o aceno da população, aproveitaram para se esconderem em uma taverna.
- Vamos nos distrair um pouco. - Disse o líder daquele estranho grupo de Frades, adentrando as dependências daquele público local.
Quem diria que um cavaleiro de Tívoli viajaria tanto! Chegar até Turim, mas para fazer o que? Nem eles mesmos sabiam.
A taverna tinha as paredes feitas de pedras, com colunas e travessões de madeira, e chão batido. As mesas eram enfeitadas por panos bordados com insígnias e brasões dos Nobres daquele típico lugar.
- Dê vinho para estes que cá estão comigo! - Disse Francesco Riva, apontando para Sanchez e os demais, depois que se aproximou de um balcão com tampo inteiriço, feito de tronco de árvore.
Os moradores da cidade que freqüentavam o local estranharam aqueles Frades, mas como já tinham visto muita coisa esquisita ali, deixaram os beberrões em paz sem interrogá-los...

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