sábado, 20 de junho de 2009

........................é a voz de Deus


Gostaria de sugerir novamente - pois já fiz isso em uma outra oportunidade - que as prefeituras criassem uma espécie de bancada de opinião popular para que os menos favorecidos também pudessem expor seus anseios e desejos. Sei que uma medida dessa precisa ser muito bem estudada para que não gere ainda mais problemas para o município e nem para os governantes. Mas isso - uma bancada democrática para sugestões e reclamações - poderia ajudar ao povo, além dos maiorais, para que conduzissem suas cidades num caminho mais próspero e igualitário. Afinal de contas, segundo diz o ditado, a voz do povo é a voz de Deus.
Mas talvez aquele antigo lema de liberdade, igualdade e fraternidade estava "batido" e não sirva como base de mais nada em nossas sociedades. Só que digo: se não há preocupação em se governar para a maioria - pois essa maioria é formada de pobres - de que adianta então governar?
As pessoas que são colocadas no poder tem que ter uma só coisa em mente: elas estão lá para representar o povo. E dar voz de opinião para este mesmo povo é uma das muitas maneiras que há de fazê-lo existir.
De quem têem medo?
Administrar o dinheiro público é também dar satisfação para este mesmo público.
O que querem continuar escondendo?
Transparência e lisura devem ser virtudes de um homem público.
Portanto não devem temer ou esconder nada.
Não há como ajudar todo mundo? Não há emprego para todos? Não há saúde, transportes, habitação e saneamento para toda a comunidade? Gerir e comandar um município, um Estado ou um País é muito pior do que gerir a própria casa? Tudo bem, nós até entendemos. Mas então dê voz aos seus eleitores. Entre eles há aqueles de cabeça pensante, que com toda certeza encontrarão respostas e soluções para os problemas mais sérios do meio em que vivem.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
-... Desde quando eu era pequeno, ainda no colo de minha mãe, admirava a forma com que os poderosos utilizavam-se da posição e poder para dominar aos demais. Depois cresci um pouco e continuei vendo que os pobres persistiam em existir com aquelas crendices. Eu os ajudava, mas sempre os quis longe de mim. Ao mesmo tempo em que isso ocorria observava como outros credos ploriferavam-se em nosso meio. Tenho ódio dos Marranos desde essa época, pensou, e em seguida acrescentou. - Não podia ser assim. Á meu ver esse não era o jeito certo de se fazerem as coisas. Os mais inferiorizados não deveriam ter opinião.
Fez uma pausa para mudar de posição. Ele estava sentado á muito tempo. Com dificuldade, pôs-se de pé, devido sentir câimbras. Depois disso continuou:
- Quando cresci ainda mais, mudei um pouco, quero dizer, resolvi defender os mais necessitados por achar que deles era o Reino dos céus. Evito pensar em fazer uma reconciliação com famílias de Marranos, eles fazem parte desta maldita casta, refletiu novamente enquanto prosseguia em seus argumentos. - Durante todo esse tempo avancei assim. Mas agora percebo que as autoridades dos Reis e dos grandes Sacerdotes é que fazem o papel de Deus na terra. Deles provém o dinheiro, deles emana o trabalho, deles também deriva as terras para o plantio. Diego de Asebes sempre me falou á respeito. Hoje percebo que estava certo! Pense. O que os pobres têem na vida? Nada, talvez o sonho. De que adianta terem opinião? Ora Conrado, meu coração se enche de alegria quando vejo os pobres se alimentando, mas ao mesmo tempo sei que nada fazem para merecer o alimento. Se pudesse faria com que hereges e pobres se comportassem como ovelhas em um aprisco; mudas e submissas.

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