sábado, 4 de abril de 2009

Psiu!


Uma cena que gostava de ver era o Romário(jogador de futebol) correndo na direção da torcida oposta, com dedo em riste, mandando que estes se calassem. Sempre quando ele fazia um gol era assim que costumava comemorar. Era comum isso ocorrer no Maracanã, principalmente em dias de grandes clássicos.
Geralmente um atacante ou um artilheiro, assim que consegue fazer um gol, tende a comemorar com seus companheiros, com seu treinador e com a sua torcida. Isso é o normal. Essa é a ação esperada de quem luta para vencer seu adversário. Quando o consegue transpor o obstáculo volta aos seus e se alegra.
Pelé comemorava dando socos no ar. Zico corria, erguendo uma das mãos expalmadas. Já Rivelino esbravejava com raiva á beira do campo, gesticulando, xingando e gritando de tanta emoção que sentia. E detalhe, todos eles comemoravam junto de seus torcedores e fãs.
Mas com o Romário, esse folclórico personagem da bola em que acabou se tornando, era bem diferente. Se durante as partidas ele fosse, como normalmente era, tremendamente ofendido, vaiado ou difamado, dai com toda a certeza, assim que estufasse as redes adversárias, ele saia correndo na direção da torcida rival e fazia o seu tradicional gesto. E isso podia acontecer duas ou três vezes em um mesmo jogo. Não era moleza aguentá-lo quando queria se vingar. Ele, ao contrário do que mandava as regras de boa conduta do esporte, gostava mesmo era de desafiar seus oponentes, mandando-os que ficassem quietos e em silêncio.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Seu amigo Boullon Marques tentava contê-lo, mas Enzo Strozzi era a fúria em pessoa.
Haviam discutido pelos poucos soldos que recebera do seu senhor, pelo trabalho que tinha executado nas forjas das armas. Além disso, Enzo tinha a mágoa e decepção pelas falsas promessas do Clero á respeito dos soldos e indulgências que seu pai tinha direito.
Boullon pensou em propor-lhe algo e disse assim:
- E então, porque você não desiste disso, volta para Tívoli, entra na Igreja e pede misericórdia para ti e para teus conservos? Hein, o que me diz?
Realmente, nas tentativas anteriores Enzo havia fracassado.
Eles ainda vão me pagar... Todas As indulgências que um dia prometeram... Vão pagar tudo. Enzo Strozzi pensou, mas nada disse.
O silêncio era a resposta.

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