quinta-feira, 9 de abril de 2009

Estou ocupado...


Certa vez convidei um amigo para comer uma pizza lá em casa. Era para ele ir com a esposa e as suas filhas. Mas para minha surpresa ele alegou que andava muito ocupado, sem tempo mesmo, e por isso adiou a tal confraternização. Isso aconteceu uma, duas, três vezes. Tudo bem, pensei. E o tempo foi passando...
Até que finalmente este mesmo amigo deu uma "deixa":
- Esses dias eu pensei naquela nossa pizza! - Disse ele, tentando reativar o antigo projeto.
Foi então, depois disso, que resolvi ligar para a esposa dele. Quem sabe ela se decida e finalmente queira realizar este tal jantar com as nossas famílias, eu imaginei cá com os meus botões.
Afinal de contas era ela mesmo quem decidia sobre os encontros sociais deles. Só que, para minha total frustração e decepção, a conversa no telefone não foi a desejada:
- Vocês poderiam vir aqui qualquer dias desses, hein?
E ela respondeu:
- Ah, nós estamos muito ocupados, sem tempo. Esse meio de semana não vai dar não...
Dai insisti:
- Que tal vocês virem no fim de semana?
- Ah, nesse não vai dar. Temos uma festa de casamento. Fomos convidados para sermos padrinhos...
Festa de casamento? Humm... Pensei. E então busquei outra alternativa:
- Que tal no próximo final de semana?
E ela categoricamente respondeu:
- Ah, no outro final de semana nós também temos um outro casamento para irmos... Que pena...
Conclusão: Não liguei mais, não convidei mais. Eles também não dispuseram outra data livre e ficou por isso mesmo. Nem eu te ligo, nem tu me telefona, diz o ditado.
Quando realmente queremos fazer algo não damos desculpas, simplesmente fazemos. Sempre há tempo livre para aquilo que queremos.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
- Sinto muito..., mas eu não posso ir vê-los agora.
Aquela resposta pareceu fria demais.
- Não pode vê-los? ... Por quê?
- Eu estou ocupado tio, muito ocupado. Agora não vai dar, depois...
- Depois, o quê menino? Meu irmão não te vê á quase dois anos! O que está havendo? ... Sua mãe está sofrendo demais com essa sua recusa, - acrescentou Antônio demonstrando uma tremenda fúria, - o que eles fizeram de tão mal para você?
O rapaz, que um dia iria se tornar homem, estava determinado em não ir ver seus pais. Ele parou, pôs uma das mãos no queixo, pensou em uma resposta e depois disse:
- Nada. Não me fizeram nada... Apenas os considero como outras pessoas comuns. Meus amigos e minha família são todos aqueles que fazem à obra de Deus. Há algum mal nisso?

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