terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Os fundamentos da fé


Sempre quando paro para rezar ou orar; como preferirem pronunciar este tipo de ato de fé; fico pensando como cada pessoa que professa algum tipo de crença ou religião costuma basear suas fontes, raizes e história, para assim continuarem buscando e acreditando ainda mais aquilo que crêem. Algumas vezes vai-se longe em busca de um alicerce firme. Procura-se na arqueologia, no passado histórico, em livros sagrados, nos heróis da fé e de seus verdadeiros exemplos. Outras vezes, e não poucas, não procura-se tanto. Faz-se por fazer. Segue-se a tropa, a maioria, a moda, enfim, a correnteza.
Deus é apenas um. Não há dois, três, quatro, um time de onze, não, DEUS É UM. Muitos, contrários a essa afirmação, poderão afirmar e reafirmar que existem vários deuses. Por isso que existe a crença Monoteista: crença em uma só Divindade; Politeísmo: crença em diversos tipos de Divindades; e por ai vai. Até existem aqueles que dizem não haver deus, os Ateus ou Ateistas. Independente dessas e de onde essas discussões possam chegar o fato mais marcante para mim continua sendo: Cada pessoa procura ter uma verdade, seja ela qual for.
Se eu roubo alguém ou algo é porque tenho motivo, e posso justificar esse ato, mesmo sendo errado diante da grande maioria. Se minto isso também pode ocorrer. Se trabalho demais, ou se de menos, se não sou fiel, se sou fiel até demais, etc, tudo pode ser justificado, "contendo apenas as minhas verdades".
Pode parecer que isso nada tenha a ver com fé, religião, Deus ou o além, mas pense bem, tem sim. Assim como minha reza, minha fé e minhas atitudes na sociedade tendem fazer sentido para mim, pois procurei por uma base sólida para ter certeza daquilo que acredito, e me fundamentei para agir dessa maneira, assim também o é para aquele que não reza, que não tem fé e que vive de forma equivocada na sociedade. Tudo em torno dele girará mediante os alicerces em que depositou sua confiança. Os fundamentos dele o guiarão para onde ele for. Se forem bons fundamentos, com certeza trilhará, mesmo que passando por lugares escuros e sombrios, uma vereda plana.
SHALOM ALEICHEM

trecho do livro: Quem és tu Domingo?
"...Ao chegar à cozinha o rapaz o aguardava ansiosamente.
- Pai, eu preciso tirar algumas dúvidas com o senhor.
- Pois diga então o que é meu filho.
O jovem não sabia como começar á indagá-lo, mas mesmo assim iniciou de uma forma um tanto quanto genérica:
- Queria saber por que ás vezes eu sinto que os religiosos não me dizem a verdade? Sabe como é né... Um puxa para um lado, outro para o outro, diversas religiões, muita confusão...
Por um momento Raul Gonzalez esqueceu-se daquela página do novo livro que estava tentando escrever e pôs-se a pensar naquela vaga indagação do seu filho. Fez-se então um misterioso silêncio naquele ambiente.
Então ele tratou de esquentar um bule de café para ambos e sentaram-se em volta da mesa.
Depois de oferecer uma caneca de café para o filho, Raul Gonzalez sorveu um gole, parou, depôs a sua caneca sobre a mesa e respondeu:
- A verdade é algo muito amplo, talvez por isso não lhe digam tudo o que sabem.
E enquanto não ouviu refutação alguma do rapaz refletiu também vagamente:
Ora, a verdade... O que é a verdade?... Há várias definições para a mesma pergunta, assim como há também para vários temas.
- Mas pai, eu tenho necessidade de saber sobre certos fundamentos de minha fé. Queria saber sobre a Igreja de uma forma em geral. Sabe, sinto-me confuso, vago... Talvez algumas explicações sejam necessárias..."

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