sábado, 5 de dezembro de 2009

Do mensalão ao panetone



























Na semana passada o fato mais ridículo, e também de maior repercussão, foi o escândalo que envolveu o Senador José Roberto Arruda, o mesmo que já tinha sido alvo de uma votação no congresso quando, por causa de um outro escândalo, ficou ameaçado de ser banido da política. Naquela ocasião ele preferiu pedir o afastamento a fim de que pudesse manter a imunidade parlamentar.
Passado alguns anos eis que me deparo com o mesmo sujeito, ainda na política - agora ocupando um cargo melhor, o de Governador do Distrito Federal - e novamente envolvido em mais uma falcatrua...
Desta vez ele é acusado de cobrar propina de empresas fornecedoras de produtos e serviços, além de pagar mensalidades á deputados, fato este que chegou na mídia por intermédio de filmagens que mostraram que alguns destes "representantes do povo" estavam colocando o dinheiro na cueca. Pressionados pela imprensa, alguns advogados então apenas disseram que aquela grana era para comprar panetone para a população pobre e carente!!!
Já não bastasse o mensalão - onde também houveram pessoas detidas em aeroportos com dinheiro na cueca -, entre tantos outros roubos - um mais cabeludo que o outro - e esquemas e facilitações do colarinho branco...
Lamentável.
O que mais esses podres homens do poder ainda vão fazer, hein? Em que lamaçal eles ainda vão se sujar? Será que ainda há espaço para mais corrupção?
E logo eu que detesto político e política dando espaço para esse monte de M... aqui.

Mas se tenho um blog - e este é usado para instrução e orientação, utilizando-se dos fatos da atualidade que nos permeia - então é lícito e natural que por meio deste veículo eu venha externar minha revolta e tristeza com a classe política.
Mas reflitam comigo: De que adianta apenas narrar mais esse escândalo? De que servirá se eu apenas demonstrar minha indignação contra os líderes desta nação e nada de diferente propor?
Afinal de contas xingá-los já não adianta. Ofendê-los, agredi-los ou partir para o quebra-quebra não seria uma opção que resultaria em soluções. O que fazer então?
Penso que grande parte da população deva estar se perguntando.
(pausa para tentar encontrar uma saída plausível)...

Alguns, equivocadamente e influenciados pelos meios de opinião de massa, ainda acreditam que a melhor saída seja o voto. Então, depois de esperar que cada candidato ladrão cumpra seus quatro ou oito anos de mandato(oito no caso de Senador), o cidadão comum volta ás urnas novamente e escolhe um outro para representá-lo de maneira mais digna. E assim passa-se uma década, duas, três, e você fica velho, perde a esperança, espera a morte vir lhe buscar, pois nada acontece, nada muda...
Sempre achei que o voto é uma arma muito insignificante para que o povo possa mudar o quadro político e social do nosso País. Eu sempre argumentei e indaguei aos meus conhecidos o seguinte: De que adianta mudar de fulano para beltrano se o sistema é corrompido?
Infelizmente isso se prova mais e mais a cada dia.
Mudam-se os nomes, trocam-se as cadeiras, mas tudo, tudo continua literalmente na mesma. Já notaram que a cada novo pleito as "armações" e os escândalos se perpetuam? Já perceberam que mudam-se os nomes dos representantes, mas o descaso com a sociedade, a desigualdade econômica, a falta de infra-estrutura, a falta de investimento, a falta de ensino, de saneamento, de medicamentos e de hospitais, simplesmente continua?

Durante quase quinze anos eu fiquei sem votar. Eu simplesmente não comparecia nos postos de votação e pronto. Só que isso - por ter agido praticamente sozinho - também não funcionou. Os anos passaram-se, e com um pouco mais de experiência adquirida o que notei foi que não são as pessoas, os candidatos, os partidos políticos, as legendas partidárias, as promessas deles que tinham que mudar, e sim o sistema.
Mas como fazer isso? Como mudar esse sistema corrompido e viciado, que privilegia o mentiroso e facilita a ladroagem?
Teríamos, segundo penso e entendo, que acabar com a câmara dos deputados, que extinguir o Senado e eliminar vereadores e afins.
Mas o que por em seu lugar? Como instituir um mecanismo que não cometa fraldes, e que além de tudo ainda pratique a justiça? Sinceramente, se eu já tivesse essa resposta lhes falaria.
Então o que posso humildemente propor é que se faça uma conclamação, um ajuntamento, uma reunião séria e decidida, com pessoas de bem, de coração humanitário, que pensam igualitariamente, e principalmente que tenham poder nas mãos para dar uma reviravolta nesse patético quadro.
Penso que só assim encontraremos um alento.
E uma vez encontrada a sonhada e quase utópica solução, através de debates e propostas realmente voltadas para a coletividade, nós possamos finalmente se alegrar e celebrar, ao invés de continuarmos sentindo vergonha e humilhação.

TORÁ OR (Torá de Luz)
Esta semana estudamos a Parashá VAISHLAH (E enviou). No livro de Bereshit(Gênesis), no cap. 32:4 esta porção da Torá inicia-se narrando sobre o reencontro de Jacob com Essáv(Esaú); e termina descrevendo sobre os chefes de Edom, Bereshit 36:43.
HAFTARÁ
A lição dos profetas encontra-se no livro de OVADIÁ(Obadias) cap.1:1-21.

Bons estudos, e que você tenha uma ótima semana.
SHALOM ALEICHEM

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