sábado, 4 de julho de 2009

A união faz a força


Falar de união em tempos tão difíceis, em tempos tão trabalhosos, em tempos que o ser humano olha apenas para o seu umbigo, me parece uma tarefa um pouco árdua.
Costuma-se ver este tipo de cooperação e interação mútua nos esportes coletivos. Uma equipe, um time ou uma seleção, para ir bem, depende que cada participante se envolva e se doe ao máximo. Então, unidos, se tornam praticamente imbatíveis. Na ação social, quando ocorre alguma trajédia ou catastrofe, da mesma forma vemos a participação popular engajando-se em fornecer roupas, remédios e comida para os desabrigados. Dai a dor da perda é amenizada pelo amor do próximo.
Mas será que só isso basta?
Será que apenas ver times competitivos, de jogadores que jogam pelo mesmo escudo ou assitir atos de caridade de estranhos para com aqueles que perderam familiares e a própria casa é realmente demonstração de que a humanidade está unida?
Qualquer um sabe muito bem que juntos somos mais fortes. De cor e saltiado cada pessoa também sabe que unidos, entrelaçados, de mãos dadas, em um ato de fé e de compaixão podemos fazer muito mais do fazemos sozinhos. Mas o ser humano, por causa das suas diferenças ideológicas, filosóficas, religiosas e culturais, tende a viver separado.
Mas por que insitimos em agir assim, de maneira isolada?
Por que, parafraseando uma música, cada um é uma ilha, a milhas e milhas de qualquer lugar?
Os descrentes nessa hora até zombam dizendo: "A união faz é açucar"...
Ou quando muito repetem um velho ditado: "Cada um por si e Deus por todos"...
Desde os primórdios o homem se uniu aos seus semelhantes para construir cidades, fortalezas, castelos, reinos e impérios. Todos os grandes feitos da humanidade só foram realizados ou concretizados porque tiveram a adoção e a participação coletiva.
PARA PENSAR: Que esqueçamos as diferenças, sabendo que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa.
Que essa não seja apenas mais uma frase de para-choque de caminhão.
SHALOM ALEICHEM

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
Partindo o restante do alimento que ainda havia em suas sacolas, virou-se para distribuir com os seguidores de Francisco. Eles agradeceram acenando com suas cabeças. Abismado que ficou, foi logo dizendo:
- Vejo em vós como se fora o meu início. Também observo que tendes muita dedicação em mortificar a vossa carne de seus corpos. Admiro quanto amor vocês demonstram estar empregando na causa Divina.
Fez uma ligeira pausa e depois prosseguiu:
- Também estou aqui em Roma para pedir que o Papa me conceda a permissão de fundar uma ordem... E se talvez nós, que somos companheiros e criados de um mesmo Senhor; dos mesmos negócios tratamos; os mesmos são os nossos intentos; caminhemos como se fôssemos um só e não haverá força infernal que nos desbarate.
Francisco ouvia atentamente.
- A ordem que pretendo fundar será a ordem dos pregadores. - acrescentou, estendendo a mão á Francisco, demonstrando seu lado fraterno. - E então, porque não reunimos as duas ordens em apenas uma, tornado-a mais forte, já que estamos em tão estreitos laços de amizade e intenções?

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