segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E os bancários continuam em greve...



















E os bancários continuam em greve, hein? Passa-se dias e nada. Parece que não há negociação em andamento. Aliás, parece que não há nada... Simplesmente largaram a população de lado, sem conseguir sacar seu mísero dinheirinho, para com ele poder pagar as contas e as despesas do lar.
Diariamente ouço pessoas reclamando, e com razão, dessa abusiva greve. Abusiva no sentido de tempo, de demora, de falta de acordo, enfim, da inoperância de todos em quererem retomar o trabalho e assim fazerem com que a vida volte ao seu fluxo natural.
Não está sendo fácil viver sem bancos! A vida moderna, nesse mundo capitalista, exige que tenhamos agências bancárias funcionando 24 horas, e não o contrário!

Mas essa paralização, pelo ótica dos funcionários, no sentido de faturamento, de perda salarial, tem muito fundamento. Então vejamos:
Estima-se que mais de 3.864 agências bancárias, em todo o território nacional, simplesmente deixaram de atender o público. A adesão foi quase total. A reclamação dos trabalhadores baseia-se que os bancos cresceram em média 32% no último semestre, enquanto que o repasse foi apenas de 4,29%, ou seja, somente o índice da inflação. Em suma, os trabalhores deste setor não obtiveram aumento algum!!!!! Dai o impasse.

Então o que reivindicam?
São "poquitas" coisas, rs... Caso os banqueiros queiram ter seus trabalhadores de volta o mais rápido possível basta seguirem esta "humilde" cartilha:
● 11% de reajuste salarial.
● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
● Previdência complementar em todos os bancos.
● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.
Fonte: Contraf-CUT

É... Como vemos não será nada fácil haver acordo. A defasagem é grande, a insatisfação também, e em contrapartida a má vontade empresarial teima em imperar.

E dai ficamos nós, pobres mortais, nós que somos dependentes de pequenos saques, de retiradas, de fundos de garantia, de INSS, de PIS, de aposentadoria ou de outros serviços bancários que proporcionam a nossa sobrevivência, enfim, ficamos imóveis, em intermináveis filas de agências lotéricas, sem o mesmo luxo e qualidade de atendimento, ansiosos que essa greve acabe...

SHALOM ALEICHEM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário