sábado, 3 de abril de 2010

PÊSSACH: A Festa da Liberdade
























Amados leitores, eu não disse que voltava? Pois bem, cá estou novamente, para compartilhar com vocês novas e boas postagens, dando sequência neste meu blog.
Muitos fatos tomaram conta dos telejornais nesta semana que passou - e que obviamente mereceriam destaque aqui -, mas um acontecimento em especial, que ocorre todos os anos, acabou tendo maior evidência, e merece de minha parte alguns comentários.
Você sabe o que é Pêssach? Por acaso já se deu conta das origens desta festa?
No mundo Ocidental os cristãos assimilam essa palavra e essa festa, traduzindo-a como Páscoa.
Mas você sabe o real e o original sentido disso? Afinal de contas porque comemora-se Pêssach (Páscoa)?
Para que vocês se situem e compreendam bem este episódio dou-lhes a referência do livro de Shemot (Êxodo), cap 12:1-51. Lendo este maravilhoso trecho Bíblico qualquer leigo poderá se inteirar á respeito dos acontecimentos que marcaram para sempre a história da humanidade.
Mas caso não queira ler sua Bíblia, não fique triste, vou dar-lhes um breve resumo:
O povo de Israel estava cativo no Egito. Moshe Rabeinu surgiu como um grande líder, ao lado de seu irmão Aharon, e juntos ousaram tirar o povo daquela situação.
Essa história é bem conhecida, não?
Pois bem, depois de tentar por várias vezes livrar o povo de Israel, trazendo com isso diversas pragas sobre o Faraó e os Egipcios, o Eterno, Bendito seja, avisou que lançaria a última praga (a décima), e que depois disso os Israelitas sairiam livres, escapando da escravidão.
Você, leitor, porventura sabe o que houve depois disso?
Alguns desavisados ou desinstruidos poderiam afirmar que depois disso D'us selou a sorte dos primogênitos, matando-os.
Só que não foi bem assim...
Sabe o que houve antes da última praga?
A famosíssima festa de Pêssach!
Ué??? - Possivelmente indagariam alguns.
Sim, foi isso! - Responderia eu, caso fosse necessário...

Foi nesse momento crítico e decisivo da vida do povo Hebreu que D'us instituiu a FESTA DA LIBERDADE! Antes mesmo de destruir todos os primogênitos do Egito, o Criador do Universo instruiu o seu povo para que este celebrasse o Pêssach ao Eterno.
A palavra Pêssach - vinda diretamente do Hebraico - significa: passar por cima, ou seja, saltar, pular. No inglês, PASSOVER, o significado também é altamente sugestivo: PASSAR SOBRE.

Bem, talvez você tenha lido até aqui e não tenha entendido bulhufas... kkkkk...
Trocando em miúdos:
Pêssach é uma festividade original Judaica, assim como todas as outras festividades Bíblicas (Shavuot, Sucot, Purim, etc)... Esta festa foi institúida por D'us para que fosse celebrada no dia 14 de Nissan (calendário Hebraico), á tarde, com pães não fermentados e um cordeiro assado, e para que o povo SEMPRE SE LEMBRASSE que D'us saltou sobre as casas dos filhos de Israel e feriu somente aos Egipcios.
E não só isso.
A festa duraria sete dias. Sete dias comendo pães sem fermento, ervas amargas e o cordeiro de Pêssach. Sete dias, com as pessoas reunidas em suas casas, lembrando os horrores do cativeiro, mas ao mesmo tempo alegrando-se pela liberdade que estava prestes a ser conquistada.
OBS: LEMBRE-SE QUE ESTA FESTA, E A PREPARAÇÃO DO CORDEIRO DE PÊSSACH, EM NADA TEM A VER COM OS SACRIFÍCIOS QUE ERAM FEITOS PARA EXPIAÇÃO DE PECADO OU OUTRA COISA DO GÊNERO. ESTE ÚLTIMOS SÓ FORAM INSTITUÍDOS DIAS DEPOIS, LOGO QUE D'US OUTORGOU A TORÁ NO MONTE SINAI, NO DESERTO, PARA SOMENTE SEREM REALIZADOS SOB O ALTAR, NO TABERNÁCULO E MAIS TARDE NO TEMPLO.(MAS ISSO SERÁ ASSUNTO PARA OUTROS TÓPICOS).

Nesses dias em que Ocidente e Oriente de certa forma se unem - guardadas as devidas proporções e diferenças entre uma comemoração e outra - para celebrarem Pêssach (Páscoa), cabe aqui uma mensagem atual que remonta os tempos da libertação do cativeiro.
Quando se é cativo, quando se está detido sob um regime, sob um Império ou um poder, na verdade se fica privado de liberdade. Não somente de liberdade física, mas também a pessoa fica sem liberdade intelectual. De muitas maneiras o "escravo" é obrigado a seguir regras e normas que poderão ir de contra seus princípios e opiniões. Cerceado de todos os lados, repleto de inimigos, recebendo todo tipo de ódio e opressão, sem ninguém que o salve, renegado por tudo e por todos; o cativo ergue sua voz e clama invariavelmente sem ser ouvido.
De forma semelhante esteve Israel no Egito. Mas D'us os ouviu! E quando D'us os tirou de lá - depois de séculos -, com mão forte, sinais, prodígios e maravilhas, eles finalmente perceberam como era bom ter de volta sua estima, sua importância, seu respeito, seu valor e sua liberdade. Pois foi á partir da travessia do Mar Vermelho, assim que os primogênitos dos Egipcios sucumbiram, que eles, o povo de Israel, puderam finalmente seguir pelo deserto para servir o seu D'us da forma como sempre desejaram.

SHALOM ALEICHEM

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