domingo, 15 de fevereiro de 2009

Uma mesma fé


Parece utopia dizer isso, mas creio que um dia todos os seres humanos viverão debaixo de uma mesma fé. Talvez, e esse talvez é bem infímo, os Impérios, as religiões, os dogmas, as teses e todas as demais teorias e meios já criados para executar o controle do homem tenham justamente ambicionado isso: uma mesma fé para todos os homens.
Alguns reinos e nações chegaram bem perto disso. Outros nunca chegaram e nem chegarão. Algumas culturas, pela facilidade de lingua, comércio, proximidade territorial, manufaturas e riquezas alcançaram diversos outros lugares e influenciaram, e até mesmo extinguiram, culturas rivais de menor expressão. Basta ver que certas religiões e povos já não existem mais nos nossos dias. Foram massacrados, assimilados, envolvidos pelos povos que os dominaram. Muitos dos que restaram sobreviveram graças a extrema obediência á quem detinha as armas, o exército e a força. E nesse caso sobreviveram sem rosto, sem característica, sem marca própria, sem identidade. Foram praticamente moldados e orientados por seus conquistadores.
Somente uma raiz profunda, básica, sem interferência de misturas e miscigenações será capaz de atingir este objetivo final: ser o portador de uma verdadeira fé e crença para todos os povos do nosso planeta.

Trecho do livro: Quem és tu Domingo?
A fé Católica estava espalhada por praticamente toda a Europa, Ásia e até mesmo no Oriente. Mas foi principalmente na Europa que a sociedade tornou-se praticamente composta por uma maioria de cristãos, mantida por uma mesma unidade política. Através das trocas, da maleabilidade das fronteiras e ainda pelo fato de existir a ausência de Nações politicamente definidas, todos participavam de uma Cristandade Universal. Pagãos, Judeus e Muçulmanos, mesmo que ainda algumas vezes tolerados, eram sempre excluídos e renegados á segundo plano. Fazia tempo que o Continente não presenciava isso: todos unidos debaixo de uma mesma fé.
Depois de um longo tempo sem expressão e força, e amargando ainda o fim do Reinado dos Césares, a Igreja foi a arma utilizada pelos Romanos para exercer novamente o poder. Devagar, com o passar dos séculos, esse poder chegava outra vez nas mãos de Roma.
O domínio estava agora na mão dos Papas que se autodenominavam sucessores de Pedro no trono da Igreja. Desde o século VIII, através de líderes, como Carlos Magno, que se identificava com a Igreja, o Clero ganhou terras, prestígio e importância na vista de todos.

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