sábado, 1 de maio de 2010

Plataforma explodiu, causando uma tremenda catástrofe ambiental





















A notícia não é nova - pois já tem onze dias que este fato ocorreu - mas como chegou ao conhecimento geral somente nas últimas horas, então acho que vale á pena postar e tecer alguns comentários.
Dia 27 de abril passado a plataforma de petroléo Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean Ltd, explodiu e afundou na região conhecida como Golfo do México. O saldo são de 11 mortos e 4 feridos. Só que as autoridades da Guarda Costeira do Tio Sam apenas disseram que esses 11 operários estão desaparecidos... Bem, pelo menos conseguiram salvar 115 trabalhadores, aliviando assim os números da tragédia.

O fato é que de lá pra cá um enorme vazamento de óleo bruto foi constatado no fundo do Oceano - diziam que o vazamento era de 150 mil litros diários, mas hoje chegou-se a afirmar nos telejornais que mais de 800 mil litros estão fluindo sem nenhum controle, provocando um verdadeiro desastre ambiental, só comparado ao que houve no Alasca em 1989!
Os números desta tragédia se alteram a cada minuto. Mas especialistas afirmam que o prejúizo, a perda de petróleo, fica na casa dos 5000 barris diários!

Mesmo com dados tão imprecisos o Congresso Americano já manifesta sua preocupação. O Departamento de Defesa já foi acionado para entrar em ação a qualquer momento. O Governo Federal também já foi solicitado para que intervenha de alguma maneira. Até mesmo o Presidente da nação, Barak Obama, irá sobrevoar a enorme área atingida. A grande mancha, que inicialmente havia sido localizada entre 50 e 75 kms da costa, rapidamente foi aumentando de tamanho e agora já abrange quatro Estados Americanos (Flórida, Geórgia, Alabama e Lousiana).

Algumas outras medidas vem sendo tomadas...
Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo em parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema da região. Aviões jogaram produtos químicos para neutralizar o óleo, e trinta quilômetros de lonas foram lançados para evitar que a contaminação atingisse a vegetação costeira. Mas tudo isso foi em vão. Quem vive do mar e no mar já sentiu os trágicos efeitos.
O Estado da Lousiana abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues Americanos, e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves. Até mesmo o Estado do Texas - em sua costa litorânea - deve ser afetado por essa inesperada contaminação das águas. Enfim, todo o litoral Americano que se fronteiriza com o Golfo do México está sendo fortemente e inevitavelmente atingido. Quem mais sofre com isso são os indefesos animais marinhos. Muitos já começaram a aparecer na costa totalmente cobertos de óleo. Não se pode ainda estimar, mas certamente milhares de animais já morreram...

O caos é maior do que supunham...
Pois o pior disso tudo - lógico que não estou eliminando e nem deixando de me sensibilizar com as vidas que se perderam neste acidente - mas o pior disso é que os técnicos da empresa que ajudam nos trabalhos de controle e contenção do fogo, não estão conseguindo selar a saída de óleo. Ou seja, por causa poços de extração estarem á uma tremenda profundidade (cerca de 1.500 metros) - e só se consegue chegar neles através de submarinos robôs - há então uma enorme dificuldade para que se consiga fechar os tais três poços que estão vazando óleo deliberadamente. E dai, pelo jeito que a "banda vem tocando", o precioso óleo petrolífero continuará escoando livremente, dia-e-noite, sem parar, sem que ninguém consiga fazer algo.
Um representante de uma empresa Britânica, triste e chocado com o gigantesco desastre ambiental que seus olhos avistavam da cabine do helicóptero, chegou a dizer que: "não há solução para esse caso."
A Deepwater Horizon tinha uma superfície de 132 metros de comprimento por 85 de largura e podia perfurar a uma profundidade de mais de oito quilômetros. Ela operava com quase 150 pessoas, e sua produção diária hoje, lamentavelmente, pode ser vista das janelas dos aviões e dos helicópteros, totalmente perdida no mar.

Alega-se que essa terrível explosão foi ocasionada por uma falha humana. Notabilizadamente esse não é o momento certo de se tentar achar possíveis culpados. Esse é momento, sim, em que a "sangria" precisa ser estancada, que esse vazamento tem que ser, de um jeito ou de outro, detido urgentemente, para que a natureza não sofra mais do que já sofre cotidianamente.

Fatos como esse volta-e-meia se repetem. Quer seja no Alasca, na Bacia de Campos ou no Golfo do México, acidentes trágicos e de grandes dimensões são sempre catalogados, e depois acabam sendo pontuados na história como exemplos a não serem seguidos. Que falhas houveram isso é notório. Afinal de contas nem mesmo fechar a "boca" daquilo que um dia o homem descobriu como sendo um avanço tecnológico e uma satisfatória solução para o progresso da sociedade, os "entendidos" técnicos não conseguem fechar.

Então que este fato sirva mesmo de lição para que a prepotente e orgulhosa nação do dólar, do inglês, da liberdade e do poder, baixe um pouco a crista, aprendendo a ser mais humilde e menos soberba. Pois quando - voltando ligeiramente no tempo - as "cortinas de ferro" do Comunismo foram abertas viu-se claramente que de Superpotência a Rússia não tinha era nada, que sua economia era fraca, que seu povo vivia na miséria, que seus armamentos eram sucateados e que sua infra-estrutura e política eram de quinta categoria... Então, agora, após constatar enormes falhas no 11 de Setembro, no sistema de imigração, na fragilidade da economia (com diversas quedas da bolsa), na violência e mortes nas escolas, nas arrogantes e inverídicas acusações contra o Iraque, na petulante invasão no Afeganistão e na malfadada e escandalosa eleição Presidencial anterior (quando suspeitas de fraldes eleitoreiras foram levantadas, mas logo abafadas), culminando com essa terrível CATÁSTROFE AMBIENTAL - fora tantos outros erros de politicagem - enfim, para mim, fica claro que se os Estados Unidos ainda posam de Superpotência, ou de grande potência mundial, isso só se deve pela incompetência alheia.
No dia em que alguma outra nação, seja ela qual for, praticar melhor sua meta de censo comum, sua política interna, cuidar de sua população igualitariamente e objetivar projetos concretos e de crescimento humanitário pacífico e de bem-estar - evitando desmandos e escândalos -, então certamente esta tal nação tomará o pódio mais alto e reinará absoluta.

SHALOM ALEICHEM.

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